José Júlio Gonçalves Coelho
José Júlio Gonçalves Coelho • OSE (Porto, 1866 - Gaia, 1927). Historiador, escritor, pintor, miniaturista exímio e arqueólogo, homem de múltiplos talentos, com importantes estudos publicados sobre a história da Cidade do Porto, sobre a Confraria de Santa Maria de Rocamador em Portugal e sobre Castelo da Vila da Feira. BiografiaLicenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi sub-delegado do Procurador Régio da primeira vara da comarca do Porto e Vice-cônsul de Portugal em Vigo.[1] Casou com Maria Celestina Alves Machado, filha do Conde de Alves Machado. O seu filho Fernando Manuel Alves Machado foi Secretário de Estado do Comércio durante o Estado Novo. Colaborou activamente em diversas publicações, dentro as quais destaque para: “Portugal Artístico”, “Ilustração Portuguesa”, “Comércio do Porto”[1] e o Tripeiro. Em 1885, com 19 anos, juntamente com Rocha Peixoto, Ricardo Severo, Fonseca Cardoso, Alexandre Braga, filho, Hamilton de Araújo, Guilherme Braga (filho), Augusto Nobre e Eduardo Arthayett fundou o Grémio "Oliveira Martins", que viria a ser o embrião da futura Sociedade Carlos Ribeiro, que editava a revista "Portugàlia", notável revista de estudos etnográficos, como até então não se havia feito no país. A revista veio mais tarde a contar com a colaboração de Adolfo Coelho, Albano Belino, Alberto Sampaio, António Augusto Gonçalves e outros notáveis, entre os quais se destacam os arqueólogos Martins Sarmento e Santos Rocha.[2] ![]() Em 1898 desenhou o selo postal de 50 reis, da Emissão comemorativa do 4º centenário do descobrimento do caminho marítimo para a Índia, representando «Uma janela manuelina deixando ver o galeão, com a legenda – Se mais mundo houvera lá chegara – em cima, dois medalhões com Vasco da Gama e Camões»[3] Em 1901, com apenas 35 anos, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada do Mérito Científico Literário e Artístico, da qual já tinha sido feito cavaleiro. Em 1903 publicou no "Comércio da Feira" um trabalho erudito sobre o Castelo da Feira, o que lhe valeu, em 1939 uma homenagem póstuma por parte da Comissão de Vigilância do Castelo. Em 1907 a Société Archéologique, Scientifique et Littéraire du Vendômois publicou um dos mais importantes trabalhos de Gonçalves Coelho - “Notre-Dame de Vendome et les armoiries de la ville de Porto: mémoire historique et archéologique” [4]- e em reconhecimento o bureau da sociedade concede-lhe a categoria de “Membre d'honneur à perpétuité”. Em 1912 foi publicada em França por iniciativa do abade de Cahors, Edmond Albe, Notre Dame de Rocamadour en Portugal (Son Culte, Hôpitaux et Hôtelleries) da autoria de Gonçalves Coelho e com prefácio do abade de Cahors, trabalho incontornável sobre o culto de Santa Maria de Rocamador em Portugal. Em 22 de Maio de 2007 a Câmara Municipal do Porto homenageou-o, dando o nome “ Praceta Gonçalves Coelho “ ao arruamento que principia na Rua de Mota Pinto na Freguesia de Ramalde.[5] Títulos Honoríficos e Condecorações
Obras Publicadas
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Referências
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