José Francisco Correia

José Francisco Correia
José Francisco Correia
Nascimento 14 de fevereiro de 1853
Sande
Morte 15 de abril de 1929 (76 anos)
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação fotógrafo, filantropista, empresário

José Francisco Correia, primeiro e único visconde de Sande e conde de Agrolongo (São Lourenço de Sande, 14 de Fevereiro de 1853Lisboa, 15 de Abril de 1929), foi um industrial, filantropo, mecenas e fotógrafo luso-brasileiro.

Biografia

Nasceu em concelho de Guimarães e com dez anos de idade parte para o Brasil, estabelecendo-se em Niterói. Com dezoito anos cria a sua própria indústria, no ramo de tabacos, a Fábrica de Fumos Veado. O seu sucesso foi imediato.

A fábrica acabaria por ser absorvida no início do século XX pela Companhia Souza Cruz.

Era a riqueza, a fama e o reconhecimento público pelo impulso que dava na economia nacional brasileira. O que lhe valeu a visita à sua fábrica do então presidente Campos Sales.

O industrial financiou a construção de várias escolas e asilos para a velhice no Estado do Rio de Janeiro.

Dedicou-se à fotografia, tornando-se um dos pioneiros da fotografia amadora no país e um dos raros autores oitocentistas a realizar fotografias de nus no Brasil. Torna-se o responsável pela difusão em massa das imagens fotográficas no Brasil, ao oferecer como brinde dos produtos de sua empresa, a Fábrica de Fumos Veado, uma coleção de fotografias estereoscópicas com o respectivo aparelho visor.

Quando se retira para Portugal, em 1903, o seu palacete é comprado pelo então presidente do estado do Rio de Janeiro, Nilo Peçanha, e transformado na sede do governo estadual, mantendo essa função durante 71 anos, o Palácio do Ingá. Hoje o palacete alberga o Museu de história e arte do Rio de Janeiro.

Brasão do Conde de Agrolongo

Em Portugal o Conde de Agrolongo apoia e funda de raiz muitos estabelecimentos entre escolas, igrejas, asilos e outra ajuda beneficente. Em Braga funda o Asilo Conde de Agrolongo.

Recebeu várias condecorações como a Cruz de Mérito Industrial, que lhe foi atribuída pelo rei D. Carlos, e o grau de Cavaleiro de São Gregório Magno, atribuido pelo Papa Leão XIII. Em 20 de Dezembro de 1900 foi agraciado com o título de visconde de Sande e em 23 de Janeiro de 1904 com o de conde de Agrolongo.

Morreu em Lisboa, na Praça de Camões, no dia 15 de Abril de 1929. Está sepultado no Convento do Salvador em Braga.

Bibliografia

  • António da Costa Lopes: Agrolongo: O topónimo e o Conde benemérito, Lar Conde de Agrolongo, Braga 2008.
  • Conde Agrolongo no Museu das Migrações e Comunidades (Fafe)
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