Palácio do Ingá
O Palácio Nilo Peçanha, popularmente conhecido como Palácio do Ingá, é um prédio que abriga o Museu de História e Arte do Rio de Janeiro (Museu do Ingá). Localiza-se na Rua Presidente Pedreira, 78, no bairro do Ingá, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, no Brasil. Entre 1903 e 1975, foi a sede do poder executivo do estado do Rio de Janeiro. Do Palacete Sande ao Palácio do IngáO Palácio do Ingá, denominação da sede do governo estadual, funcionou, em tempos distintos, em dois locais vizinhos no bairro do Ingá. O primeiro numa propriedade do Barão de São Gonçalo que, atualmente, abriga o Colégio Estadual Aurelino Leal, e que foi sede do Governo até a transferência da capital para Petrópolis em 1894. O segundo, quando a capital retornou a Niterói (início do século XX), foi uma propriedade adquirida de um rico industrial português. Tal edifício era chamado de Palacete Sande. O Palacete Sande foi construído por volta de 1860, para servir de residência ao médico José Martins Rocha. O palácio, em estilo neoclássico, foi local de importantes reuniões políticas do Partido Liberal do estado, chefiado na época pelo próprio morador. A casa foi vendida em 1896 ao Visconde de Sande, José Francisco Correia, futuro Conde de Agrolongo, que a reformou, adquirindo móveis e objetos decorativos condizentes com sua situação de próspero industrial. O Palacete Sande, como ficou conhecido, foi o palco de recepções que atraíam a elite da sociedade fluminense. O conde retornou a Portugal e o palacete foi comprado em 1903 pelo governador eleito Nilo Procópio Peçanha, para servir de sede do Governo fluminense, uma vez que a capital do Estado retornara a Niterói. Reformada, passou a se chamar Palácio do Ingá, nome do antigo palácio. Décadas depois, esse edifício foi oficialmente nomeado Palácio Nilo Peçanha, em homenagem ao ex-governador do estado Nilo Peçanha. Permaneceu como sede do Governo estadual até a fusão dos Estados do Rio de Janeiro e Guanabara em 1975, quando Niterói deixou de ser capital, passando este título para a cidade do Rio de Janeiro. Com isso, o Palácio foi convertido em museu em 1977. O último governador a morar no palácio fora Raimundo Padilha, que foi, também, último governador do antigo Estado do Rio de Janeiro. Uso atual do palácioDevido à fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, a capital do antigo Estado do Rio de Janeiro foi transferida para a cidade do Rio de Janeiro em 1975, perdendo, assim, o palácio, sua finalidade política. Em 1977, foi criado, através de um decreto, o Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro, que mais tarde se fundiu ao Museu de Artes e Tradições Populares, passando a ser denominado Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro. Ver tambémReferênciasLigações externas |