José Eduardo Belmonte
José Eduardo Belmonte (São José dos Campos, 27 de julho de 1970[1]) é um premiado cineasta, diretor e roteirista brasileiro. Formado em cinema pela Universidade de Brasília (UNB), realizou mais de 30 projetos audiovisuais ao longo da carreira, entre videoclipes, curtas-metragens, longas-metragens e séries de televisão.[2] Desde 2016, cumpre a função de diretor artístico na TV Globo.[3] BiografiaInício de Carreira, Videoclipes e CurtasBelmonte nasceu em São José dos Campos, maior cidade do Vale do Paraíba Paulista, mas criou-se em Brasília, cidade que teve muita influência em seu trabalho.[1] Em 1988, aos dezoito anos, ingressou na UNB, onde teve como professores figuras importantes do cinema nacional, como Armando Bulcão e Nelson Pereira dos Santos. Foi convidado por Nelson a trabalhar no filme “A Terceira Margem do Rio”, onde acumulou diversas funções.[1] No início dos anos 90, começou a dirigir clipes de bandas nacionais no momento em que a MTV Brasil vivia seu auge no país. Neste período, colaborou principalmente com o conjunto musical Raimundos, para quem dirigiu diversos clipes, como “Nêga Jurema”, indicado ao prêmio da audiência no MTV Awards, e “Mulher de Fases”.[4] Em paralelo, realizou cinco curtas-metragens, com destaque para “5 Filmes Estrangeiros” (1997) - vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e do Especial do Júri no Festival de Gramado -, e “Tepê” (1999), que ganhou as mesmas categorias em ambos os festivais e ainda somou o Prêmio de Melhor Filme no Festival de Vitória.[1] Primeiros Longas e Grandes SucessosNos anos 2000, realizou seu primeiro longa-metragem, o drama “Subterrâneos” (2003), que abriu o Festival de Brasília e teve uma breve passagem pelo circuito comercial de cinemas.[5] Na sequência, veio “A Concepção” (2005), indicado ao prêmio de Melhor Filme e vencedor da categoria Melhor Montagem (assinada pelo próprio diretor, ao lado de Paulo Sacramento) no Festival de Brasília.[6] Em 2007, lançou “Meu Mundo em Perigo”. Em 2008, veio “Se Nada Mais der Certo”, o grande ponto de virada de sua carreira.[1] O longa percorreu os principais festivais do país e foi premiado no Festival do Rio, nas categorias Melhor Filme, Atriz e Roteiro (assinado por Belmonte); no Cine Ceará, nas categorias Melhor Filme e Melhor Ator; e ainda no Festival de Cinema Brasileiro de Paris (Prêmio do Júri). Em 2011, lançou a comédia “Billi Pig”. Na sequencia, estreou seu primeiro projeto de suspense, “O Gorila” (2012). O longa de ação policial “Alemão” veio em 2014, levando cerca de um milhão de espectadores aos cinemas. O filme foi posteriormente indicado ao Emmy Internacional como Melhor Filme/Minissérie de TV. Neste mesmo ano, lançou o documentário "Mobília em Casa - Móveis Coloniais de Acaju e a Cidade". Em seguida, assinou a direção-geral e quatro episódios da série dramática e fantasiosa “O Hipnotizador”, da HBO, exibida em toda a América Latina e em algumas cidades dos Estados Unidos. Em 2017, lançou a comédia romântica “Entre Idas e Vindas”. Trabalhos RecentesBelmonte exerce desde 2016 o cargo de diretor artístico da TV Globo,[1] onde esteve à frente de séries de sucesso, como a versão televisiva de “Alemão” (2016), “Carcereiros”, lançada em 2017 e adaptada posteriormente para o formato de longa-metragem, e “As Five” (2020). “Carcereiros” conquistou o MIP Drama Screenings do Festival de Cannes como Melhor Série Internacional de Drama.[7] Projetos AtuaisEm 2021, realizou o longa “O Auto da Boa Mentira”, uma antologia de contos do escritor pernambucano Ariano Suassuna que será adaptada para o formato de série e exibida pela TV Globo. O diretor tem três longas-metragens com lançamentos programados para o ano de 2022. “Alemão 2” inaugura a sequencia de estreias, seguido por “As Verdades” e “O Pastor e o Guerrilheiro”.[8][9][10] Ainda em produção, há o longa “Almost Deserted”,[11] que será rodado em Detroit, EUA, e um documentário sobre a trajetória da artista plástica Rita Wainer. Estilo e Pontos de VistaConsiderado dos mais produtivos cineastas de sua geração, Belmonte se notabilizou por abraçar gêneros diversos, além de manter uma proximidade forte com o elenco dos filmes que dirige.[12] Entusiasta do processo colaborativo que envolve a realização de um projeto, é conhecido pelo método único de trabalhar com atores batizado como “mala pequena”, uma técnica em que investiga a essência do roteiro, o signo do filme, de modo a trazer mais veracidade à história e dar mais liberdade aos atores nas cenas. Nos ensaios, instiga o ator a mergulhar, através de estímulos sensoriais, na história interior de seu personagem, com o objetivo de gerar nele um vasto repertório de sensações.[12][13][14] Curiosidades
FilmografiaCurtas-metragens
Longas-metragens
Séries
Prêmios e Indicações
Referências
Ligações externas |
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