José Campos e Sousa
José Campos e Sousa (Lisboa, 25 de Maio de 1947) é um compositor e intérprete de música português. O seu pai (também chamado José Campos e Sousa) fez parte da comissão de organização da Causa Monárquica e teve uma incursão nas fileiras do Nacional-sindicalismo.[1] BiografiaComeçou a sua vida musical nos anos 60, influenciado pelas tendências da época: Beatles, Georges Brassens, Léo Ferré, Jacques Brel, Serge Reggiani, Charles Aznavour e também Bossa Nova. Foi membro fundador da Banda do Casaco. Em 1975 optou por uma carreira a solo, interpretando fundamentalmente temas compostos por si sobre textos de grandes poetas portugueses: Camões, Pessoa, António Sardinha, Torga, David Mourão Ferreira, Vasco Graça Moura, Rodrigo Emílio, Fernando Tavares Rodrigues, José Alberto Boavida, Diogo Pacheco de Amorim e António Tinoco entre outros. Com Dafne, Judi Brennan, João Henrique e Francisco Graça fez parte do grupo Fantástica Aventura que participou no Festival RTP da Canção de 1977 com A Flor e o Fruto, orquestrado por Celso de Carvalho.[2] "Cantiga de Algibeira", o seu primeiro disco a solo, contou com a produção de António Avelar de Pinho e Nuno Rodrigues, e foi editado pela editora Imavox. Em 1978 lançou o álbum "Josephine" que contou com a colaboração nas letras de António Avelar de Pinho. Também aparecem neste disco dois poemas de Fernando Pessoa e outro de Diogo P. Amor. Em 1980, os Fantástica Aventura, agora com Judi Brennan, José Campos e Sousa, Luís e Pamela Pinto Freitas, actuou só uma vez com esta formação, no Festival RTP da Canção,com "Ai, Ai, Tão, Tão", música de Luis Pinto de Freitas. Em 1983 lança novo álbum: "Ceia". Quatro dos poemas são de Rodrigo Emílio. Neste disco participam nomes como António Emiliano, Celso de Carvalho, Ramon Galarza, Armindo Neves, Pedro Caldeira Cabral e João Maló. Participa no Festival RTP da Canção de 1984 com o tema "Cidade Mar". Em 1985, por ocasião do cinquentenário da morte do poeta, editou “Em Pessoa”, em colaboração com Maria Germana Tânger e Luís Pavão, trabalho prefaciado por António Quadros. Os arranjos tiveram a assinatura de António Emiliano. Foi o autor e intérprete da banda sonora das séries de televisão "O Veneno do Sol" (1991) e “Catavento” (1992), sendo autor dos poemas da segunda. Foi também o autor da partitura musical da Missa em Fado “Quando o Fado é Oração”, interpretada pelo Grupo In Nomine, do qual foi membro fundador. O disco "Rodrigamente cantando" é uma homenagem ao grande poeta e amigo Rodrigo Emílio falecido pouco tempo antes. Em Dezembro de 2008 editou um CD comemorativo dos 120 anos de Pessoa – “Mensagem À Beira-Mágoa”. A música para a peça “Judite, Nome de Guerra”, de Almada Negreiros, levada à cena no Teatro São Luíz, em Lisboa, por ocasião do Festival Internacional de Teatro, tendo sido também um dos intérpretes. A partitura musical do espectáculo “Lágrima”, cantado pelo Grupo “In Nomine” no âmbito das celebrações dos 650 anos sobre a morte de Inês de Castro – “Ano Inesiano da Cultura”. A partitura musical do Hino dos Fuzileiros que faz parte do reportório oficial da Banda da Armada. Hoje a sua vida musical concentra-se em trabalhos temáticos sobre grandes poetas ou assuntos que lhe são especialmente caros: “Nossa Senhora na Poesia Portuguesa”, A Monarquia, “Portugal”, “O Amor”, “Lisboa”. A sua carreira a solo tem sempre presente a poesia de Fernando Pessoa, quer em espectáculos, quer na discografia. Um dos seus mais recentes projectos é a preparação de um trabalho sobre a tradução de Fernando Pessoa do poema “O Corvo”, de Edgar Allan Poe. No âmbito das comemorações dos 80 anos de David Mourão-Ferreira, levadas a cabo pela Câmara Municipal de Oeiras, produziu e interpretou um espectáculo dedicado ao poeta. Fez também parte do Coro de Música Polifónica Cappella Olisiponensis Basilicae Martyrum. A mezzosoprano polaca Joanna Dobrakovska interpreta uma Avé Maria da sua autoria integrada no espectáculo “Avé Marias de todo o mundo”. Discografia
Composições musicais
Autor de músicas integradas em CDs de
Hinos
Referências
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