Jorge Botelho Moniz
Jorge Augusto Alves Dias Botelho Moniz (Lisboa, 29 de novembro de 1898 — Lisboa, 29 de julho de 1961) foi um oficial do Exército Português, grande proprietário agrícola, empresário e gestor de empresas, que se destacou no campo político como deputado ao Congresso da República e como deputado na Assembleia Nacional e procurador na Câmara Corporativa do Estado Novo.[1][2] BiografiaNasceu em Lisboa, filho de José Carlos Botelho Moniz, militar, e de sua mulher Maria Carlota Alves Dias. Foi irmão do oficial general do Exército Português e político Júlio Carlos Alves Dias Botelho Moniz.[3] Concluiu o curso militar da Escola do Exército, cedo abandonou a carreira militar, dedicando-se às suas empresas e à política. Entra na política aos 18 anos de idade, com a sua participação no golpe de Sidónio Pais de 5 de dezembro de 1917. Revela-se um sidonista convicto, apoiante ativo de Sidónio Pais e das soluções autoritárias por este defendidas.[1] Em 1918, com apenas 19 anos de idade, foi eleito deputado do Partido Nacional Republicano pelo círculo eleitoral de Aljustrel. Apesar do assassinato de Sidónio Pais em dezembro de 1918, manteve-se politicamente ativo. Em 1919 combateu a revolta monárquica de Monsanto, revelando-se, apesar do seu pendor conservador, foi um republicano convicto.[1] Foi militante do Partido Republicano Nacionalista, chefiado por Álvaro de Castro e Cunha Leal. Em 1926 acompanhou Cunha Leal na fundação da União Liberal Republicana. Nesse mesmo ano apoiou, com o seu irmão Júlio Botelho Moniz, o golpe de 28 de maio de 1926 e a instauração da Ditadura Militar. Durante a Ditadura Militar (1926-1933) participou no combate às revoltas contra a nova situação e defendeu ativamente a colaboração de Portugal com as forças franquistas na Guerra Civil de Espanha. Apoiou ativamente os franquistas à frente de uma força de voluntários portugueses. Após a instauração do regime corporativo do Estado Novo, foi um entusiasta da fundação da Legião Portuguesa e exerceu as funções de deputado à Assembleia Nacional na IV legislatura (1945-1949), na V legislatura (1949-1953) e na VI legislatura (1953-1957). No campo profissional, foi diretor comercial da Federação dos Sindicatos Agrícolas do Centro de Portugal (1920-1924) e foi administrador da Companhia União Fabril dos Azotos, em cuja representação integrou a Comissão Reguladora de Produtos Químicos e Farmacêuticos e presidiu à Comissão de Adubos da AIP, e em cuja qualidade integrou a Câmara Corporativa na VII Legislatura (1957-1961) em representação da indústria de produção de produtos azotados. Foi presidente da assembleia geral de A Tabaqueira.[1] Foi um dos fundadores do Rádio Clube Português (1931) e administrador da RTP (1957).[1] Referências
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