João Taylor
João Taylor (Greenwich, 22 de novembro de 1796 — Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1855) foi um militar, oficial das marinhas inglesas e brasileiras. BiografiaFilho de Natanael e Catarina Taylor, João (John) Taylor nasceu em Greenwich, atual grande Londres, em 22 de Novembro de 1796. Foi brilhante oficial da marinha britânica e um dos mais bravos servidores do Brasil até os últimos dias de sua carreira. Em homenagem a sua memória existe a Rua Taylor, entre os bairros da Lapa e da Glória, no Rio de Janeiro, e também a Rua Luiza Taylor Silva, no bairro Mauá de São Caetano do Sul. MarinhaMarinha Real BritânicaEm 1805, na Batalha de Trafalgar, serviu no navio-almirante HMS Victory, sob comando de Horatio Nelson.[1] Era oficial da marinha inglesa quando por ocasião da proclamação da Independência do Brasil, se achava no porto do Rio de Janeiro. Armada Imperial BrasileiraTendo sido organizada a esquadra nacional, desertou da Marinha Real Britânica,[2] sendo admitido ao posto de capitão-de-fragata na Armada Imperial Brasileira. Quando seu pai soube dessa deserção, indignado, deserdou-o, enviando apenas um xelim, "para comprar uma corda e com ela se enforcar". Sob o comando de Lord Cochrane, tomou parte na Guerra da Independência do Brasil. Como capitão de mar e guerra da Armada Brasileira, comandou a fragata Niterói. Em Julho de 1823, a Armada Portuguesa, retirando-se para Portugal, foi perseguida pela Armada Brasileira e depois, somente pela Niterói.[3] Nesta ação solitária, a Niterói perseguiu a esquadra portuguesa através do Atol das Rocas, Cabo Verde, Açores, chegando ao estuário do Tejo próximo a Lisboa,[3] surpreendendo os portugueses.[4] Durante tal ação, que durou quase um ano,[4] Taylor capturou 19 navios portugueses (4 no retorno ao Brasil).[3] Após o retorno, em conversa com o imperador Pedro I, teceu elogios a seu grumete Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré e Patrono da Marinha do Brasil.[3] Foi comandante de divisão nacional e imperial surta em Pernambuco, encarregado de combater os rebeldes da Confederação do Equador. Durante o bloqueio a Recife, escreveu uma carta ou proclamação em 1º de abril de 1824 aos habitantes de Pernambuco, reproduzida na página 416 da obra «Frei Joaquim do Amor Divino Caneca»,[5] Coleção Formadores do Brasil. Tinha ordens de fazer empossar na presidência da província Francisco Pais Barreto e prender Manuel de Carvalho Pais de Andrade. Naquele mesmo ano, naturalizou-se brasileiro.[6] Por questões políticas demitiu-se do serviço da Armada, sendo mais tarde reintegrado ao posto de capitão-de-mar-e-guerra e graduado em chefe de divisão em 1º de dezembro de 1825. Posteriormente foi ajudante de ordens e encarregado do quartel-general da Marinha e depois comandante dos navios desarmados surtos no porto do Rio de Janeiro. Promovido a chefe de esquadra em 14 de março e a vice-almirante por decreto imperial de 7 de dezembro de 1851. Era condecorado com várias medalhas militares. Ver tambémReferências
Bibliografia
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