João Maria BalenJoão Maria Bento Balen (Caxias do Sul, 1º abril de 1887 Ver nota [1] — Porto Alegre, 18 de janeiro de 1978) foi um clérigo católico, professor, jornalista e historiador brasileiro. Seu sobrenome aparece muitas vezes grafado Balem ou Balém. Era filho de Francisco e Maria Angela Balen. Ingressou no Seminário São José de Pareci e concluiu o curso secundário em 1905. No ano seguinte dirigiu-se a Porto Alegre para complementar estudos religiosos no Seminário Maior.[2] Formou-se em Teologia e Direito Canônico na Universidade Gregoriana de Roma e ordenou-se sacerdote em 1911.[3] Em 1916 foi eleito cônego teologal da Catedral de Caxias do Sul.[4] Exerceu considerável influência política na cidade em um período de grandes disputas.[5] Depois radicou-se em Porto Alegre. Ali deu aulas no Colégio Americano,[6] foi vigário da Igreja de Nossa Senhora da Glória, capelão do Convento do Carmo e das Irmandades de São Miguel e Almas, da Madre de Deus e do Espírito Santo, sub-secretário da Arquidiocese e membro do Tribunal Matrimonial Eclesiástico.[7] Foi diretor das obras da nova Catedral Metropolitana e exerceu a função de cura da Sé.[4] Em 1947 foi nomeado arcediago do Capítulo Metropolitano.[7] Deixou importante contribuição para a historiografia do estado através dos livros A Primeira Paróquia de Porto Alegre, Jurisdição Eclesiástica sobre o Rio Grande do Sul, História do Catolicismo no Rio Grande do Sul, A Catedral de Porto Alegre, A Fundação de Porto Alegre e A Paróquia de São José de Taquara no centenário da colonização açoriana do Rio Grande do Sul (1752-1952).[3][2] Colaborou no artigo "A Igreja Católica no Rio Grande do Sul até 1912" escrito para a Enciclopédia Rio-Grandense,[8] escreveu um ensaio sobre a contribuição dos sacerdotes e congregações para o desenvolvimento social, educativo e cultural das colônias italianas do estado, para o álbum oficial Cinquantenario della Colonizzazione Italiana nel Rio Grande del Sud, 1875-1925,[9] o artigo "O desenvolvimento religioso no Rio Grande do Sul" para os Anais do Seminário de Estudos Gaúchos e publicou inúmeros outros artigos na imprensa, tratando da história da Igreja no Rio Grande do Sul, biografando clérigos ilustres e fazendo a crítica dos costumes.[7] Também deixou trabalho relevante compilando os registros de chegada dos primeiros colonizadores de Caxias do Sul, material depois aproveitado por Mário Gardelin e Rovílio Costa em suas publicações sobre o povoamento da região colonial.[10][11] Foi historiador oficial da Arquidiocese,[12] membro perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e redator dos jornais Atualidade e O Regional.[7] Recebeu muitos elogios e homenagens no seu jubileu sacerdotal em 1961, quando foram assinalados os relevantes serviços que prestara ao longo de sua carreira.[7][13] Referências
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