Jessie Street
Jessie Mary Grey Street (nascida Lillingston, mais tarde Lady Street; 18 de abril de 1889 – 2 de julho de 1970) foi uma sufragista australiana e uma extensa militante pela paz e pelos direitos humanos. Como a única mulher representante da Austrália na fundação das Nações Unidas na Conferência de São Francisco em 1945, Jessie foi a primeira representante mulher da Austrália nas Nações Unidas. Ela era conhecida como Lady Street devido a seu marido, Sir Kenneth Whistler Street. Ela foi apelidada de "Red Jessie" ("Jessie Vermelha") por seus detratores na mídia de direita por seus esforços de promover a diplomacia com a União Soviética e aliviar as tensões durante a Guerra Fria. Mesmo assim, Jessie permaneceu uma fervorosa defensora da causa progressista até sua morte, particularmente os direitos da mulher e dos aborígenes australianos.[1] Ela impulsionou a formação da Organização dos Direitos Aborígenes, que levou ao referendo realizado em 1967 [en].[2] HistóriaJessie Mary Grey Lillingston nasceu em 18 de abril de 1889 em Ranchi, Bihar, Índia, filha mais velha de Charles Alfred Gordon Lillingston[3] e sua esposa Mabel Harriet Ogilvie, filha do político e empresário australiano Edward David Stuart Ogilvie, MLC.[4] Ao se casar com o Chefe de Justiça Sir Kenneth Whistler Street, Jessie passou a fazer parte da dinastia Street da Austrália. Seu sogro passou a ser então o Chefe de Justiça Sir Philip Whistler Street, e ela, por sua vez, daria à luz ao futuro Chefe de Justiça Sir Laurence Whistler Street. AtivismoJessie foi uma figura importante na vida política australiana e internacional por mais de 50 anos, desde a luta pelo sufrágio feminino na Inglaterra até a remoção da discriminação constitucional da Austrália contra o povo aborígene em 1967. Jessie foi a primeira e única mulher representante da Austrália durante o estabelecimento das Nações Unidas, onde desempenhou um papel fundamental, ao lado de personalidades como Eleanor Roosevelt, assegurando que gênero fosse incluído ao lado de raça e religião como uma cláusula de não-discriminação na Carta das Nações Unidas.[5] Ela fez duas propostas para entrar na Câmara dos Representantes da Austrália como membro do Partido Trabalhista Australiano. Na eleição federal de 1943, ela concorreu contra o escolhido do Partido da Austrália Unida, Eric Harrison, pelo assento dos subúrbios orientais de Wentworth, e quase o derrotou em meio ao massivo movimento trabalhista daquele ano. Ela chegou a liderar na primeira contagem, e foi somente a preferência do conservador independente Bill Wentworth que permitiu que Harrison ganhasse. Sua tentativa foi o mais próximo que um candidato do Partido Trabalhista já chegou de vencer a potência do Partido Liberal em Wentworth. Jessie teve uma revanche contra Harrison em 1946 e perdeu por uma margem maior dessa vez. Jessie é reconhecida tanto na Austrália quanto internacionalmente por seu ativismo em direitos humanos, justiça social e paz. O Centro Jessie Street, o Fundo Jessie Street, a Biblioteca Nacional das Mulheres Jessie Street e os Jardins Jessie Street existem em sua homenagem.[6] Referências
Bibliografia
Leitura adicional
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