Isabel Parra
Isabel Parra (Santiago, 29 de setembro de 1939) é uma cantora chilena, filha de Violeta Parra e irmã de Ángel Parra. É considerada a grande voz feminina da Nueva Canción Chilena. BiografiaDurante a carreira atuou diversas vezes em dueto com o irmão Ángel e fez gravações em parceria com: Víctor Jara, o cubano Sílvio Rodríguez, o argentino León Gieco, e com os conjuntos chilenos Inti-Illimani, Los Jaivas e Los Blops. É diretora da Fundação Violeta Parra. Foi a primeira filha de Violeta Parra em seu casamento com o ferroviário Luís Cereceda. Sua primeira gravação foi "Los Parra de Chillán", em conjunto com a sua mãe e seu irmão Ángel, quando estavam em Paris (França). Atuou muitas vezes em dueto com seu irmão Ángel ("Isabel y Ángel Parra"), interpretando canções do folclore latinoamericano. No início da carreira, apresentava-se tocando o cuatro, instrumento de corda típico da Venezuela e foi incentivada por Víctor Jara a compor sua próprias canções. A partir de 1964, começou a administrar a "Peña de los Parra", onde se apresentaram músicos que integrariam o movimento que seria conhecido como "Nueva Canción Chilena" e a gravar pela Dicap. Dentre os que se apresentavam na "Peña de los Parra", podem-se destacar: Víctor Jara, Luís Advis, e os conjuntos: Inti Illimani e Quilapayún. Suas primeiras composições foram gravadas em 1968, em um disco que tinha, principalmente, musicalizações de Paco Ibañez para versos de Góngora e García Lorca. Esse disco contou com a participação de Júlio Villalobos (integrante de "Los Blops") no violão. Em 1969, gravou o disco "Cantando por amor". Em 1970, musicalizou versos de sua mãe que resultaram nas canções: "Lo que más quiero" e "Qué palabra te dijera", incluídos no disco "Violeta Parra". Em 1971:
Durante o governo de Salvador Allende:
Participou do disco "La población", de Víctor Jara; e de um disco gravado em Havana, juntamente com Sílvio Rodríguez, Sérgio Vitier e de outros músicos que participavam do Grupo de Experimentação Sonora do ICAIC. Em 1972, juntamente com Inti Illimani, participou da Cantata "Canto para una Semilla", composta por Luís Advis a partir das Décimas de Violeta Parra. Após o Golpe Militar de setembro de 1973, viveu principalmente em Paris durante o exílio. Nessa época:
Em 1981, encerrou seu contrato com a Dicap. Em 1983, lançou o disco: "Tu voluntad más fuerte que el destierro", como produção independente. Em 1984, recebeu permissão para ficar por 45 dias no Chile, com a condição de não cantar publicamente, e decidiu radicar-se em Buenos Aires, onde residiu por três anos, até que foi publicado um decreto que permitiu seu retorno ao Chile. Em 1985:
Na Argentina:
Em 1987, regressou ao Chile e realizou apresentações por várias cidades do país. Em 1992, transformou a "Peña de Carmen 340" na Fundação Violeta Parra. Em 1998, participou da gravação do disco "El encuentro", que teve como propósito fazer uma homenagem à Víctor Jara, gravado pela Alerce. Também participaram daquele disco: Jorge González, Lucho Barrios e Sílvio Rodríguez. No final de 1999, a Warner Chile publicou uma antologia, com um álbum duplo com canções interpretadas por Isabel, sendo algumas delas de autoria própria. Em 2000, lançou o disco "Colores", que contou com a colaboração de Sílvio Rodríguez em Cuba, de Horácio Salinas e Jorge Coulon, os dois últimos integrantes do Inti Illimani, além de suas filhas Tita e Milena. Entre 2003 e 2004, publicou o livro-disco "Ni toda la tierra entera" e o disco "Puras cuecas", que contou com a colaboração de seu irmão Ángel, e de seu tio Roberto Parra, além de integrantes do Quilapayún e do Inti Illimani. Em agosto de 2015, conseguiu inaugurar um museu em homenagem à sua mãe, Violeta Parra[1] [2]. Referências
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