Seu avô paterno era Mohammad Naseem, um rico advogado e membro do Partido do Congresso, e seu avô materno foi Abbas Tyabji, que chegou à ocupar o cargo de Chefe de Justiça do Supremo Tribunal do estado principesco de Vadodara, além de ser um notório seguidor do ativista Mahatma Gandhi.[7][8]
Habib casou-se com Sayera Habib (nascida Siddiqui), que ocupou o cargo de professora de Economia na Aligarh Muslim University (AMU).[9][10] O casal possui uma filha, a bioquímica Saman Habib.[11][12]
Carreira acadêmica
Habib completou sua graduação e pós-graduação no curso de História da Aligarh Muslim University (AMU) nos anos de 1951 e 1953, respectivamente.[13] Destacou-se como o melhor aluno da sala em ambos os programas de estudo.[13] Depois de obter seu mestrado, ele começou a atuar como professor na AMU. Posteriormente em 1956, ele realizou seu doutorado na New College Oxford, instituição vinculada à Universidade de Oxford, na Inglaterra.[13][3]
Após retornar de Oxford, Habib ingressou na AMU como membro efetivo do corpo docente; atuou como professor de história na AMU entre os anos de 1969 à 1991, onde atualmente é professor emérito da instituição.[14] No ano de 1991, proferiu a Radhakrishnan Lecture na universidade de Oxford.[15][16]
Habib foi eleito membro correspondente da Royal Historical Society no ano de 1997, academia de historiadores localizada em Londres.[14][17]
Entre suas principais áreas de estudos ao longo de uma carreira de mais de setenta anos estão assuntos como geografia histórica da Índia Antiga, a história da tecnologia indiana, história econômica medieval e o colonialismo e seu impacto na historiografia da Índia.[18]
O economista indiano Amiya Kumar Bagchi descreve Habib como "um dos dois historiadores marxistas mais proeminentes da Índia hoje e, ao mesmo tempo, um dos maiores historiadores marxistas vivos da Índia."[19]
O autor vem defendendo o secularismo. Foi um dos líderes dos historiadores no Congresso de História da Índia de 1998 que propuseram uma resolução contra a "Aafronização" da história - políticas de direita que implementam uma agenda nacionalista hindu nos livros escolares.[20][21]
Por seu posicionamento no congresso, Habib entrou em uma forte conflito com o Ministério da Educação indiano e o Partido do Povo Indiano (BJP), partido que esteve adiante do país entre anos de 1998 até 2004.[22] O historiador afirmou que o Ministério da Educação e o Partido do Povo Indiano estavam "inventando datas e adequando os fatos para incorporar à interpretação histórica do partido no imaginário popular."[22] Em contraponto à Habib, Murli Manohar Joshi - Ministro de Ciências e Tecnologia da Índia na gestão da BJP - lançou um livro buscando refutar o historiador.[23]
Irfan Habib foi acusado pelo arqueologista K. K. Muhammed de vender falsos conhecimentos sobre o Templo Ram Mandir, desconsiderando completamente as evidências arqueológicas de importantes estruturas anteriores de adoração e valor devocional para os hindus.[24][25]
Em dezembro de 2019, o governador de Querala, Arif Mohammad Khan acusou Irfan Habib de interromper seu discurso na sessão do Congresso de História da Índia realizada na Kannur University.[26] Arif classificou Habib como 'intolerante' e 'antidemocrático'.[27]
The Agrarian System of Mughal India 1556–1707. Primeira publicação em 1963 pela Asia Publishing House. Segunda, aumentada revisada, edição publicada em 1999 pela Oxford University Press.[3]
An Atlas of the Mughal Empire: Political and Economic Maps With Detailed Notes, Bibliography, and Index. Oxford University Press, 1982.[32]
Essays in Indian History – Towards a Marxist Perception. Tulika Books, 1995.[33]
The Economic History of Medieval India: A Survey. Tulika Books, 2001.[34]
Medieval India: The Study of a Civilization. National Book Trust, 2008.[35]
People's History of India – Part 1: Prehistory. Aligarh Historians Society e Tulika Books, 2001.
People's History of India Part 2 : The Indus Civilization. Aligarh Historians Society e Tulika Books, 2002.
A People's History of India Vol. 3 : The Vedic Age. (Coautoria com Vijay Kumar Thakur) Aligarh Historians Society e Tulika Books, 2003.
A People's History of India – Vol 4 : Mauryan India. (Coautoria com Vivekanand Jha) Aligarh Historians Society e Tulika Books, 2004.
A People's History of India – Vol 28 : Indian Economy, 1858–1914. Aligarh Historians Society e Tulika Books, 2006.
The National Movement: Studies in Ideology & History, 2011.[36]
Livros editados e organizados
The Cambridge Economic History of India – Volume I: 1200–1750 (coedição com Tapan Raychaudhuri).[37]
UNESCO History of Civilizations of Central Asia, Vol 5 : Development in contrast: from the sixteenth to the mid-nineteenth century. (coedição com Chahryar Adle and K M Baikapov).[38]
UNESCO History of Humanity, Vol 4: From the seventh to the sixteenth century. (Com vários coeditores).
UNESCO History of Humanity, Vol 5: From the sixteenth to the eighteenth century. (Com vários coeditores).
A Shared Heritage, the Growth of Civilizations in India and Iran, Tulika Books, 2002.[39]
Sikh History from Persian Sources, UBS Publishers, 2001.[40]
Akbar and His India, Oxford University Press, 1997. (coedição com Sheldon Dick).[41]
India – Studies in the History of an Idea, Munshiram Manoharlal Publishers, 2005.
State & Diplomacy under Tipu Sultan: documents and essays, Tulika Publishers, 2002.[42]
Confronting Colonialism :Resistance and Modernization Under Haidar Ali & Tipu Sultan, Anthem Press, 2002.[43]
Medieval India 1: Researches in the History of India 1200–1750. Edited por Irfan Habib. Delhi: Oxford University Press, 1992.[44]
A World to Win – Essays on the Communist Manifest (coedição Aijaz Ahmed com Prakash Karat).[45]
Referências
↑Narayan, T. (23 de abril de 2007). «Prof Irfan Habib». Outlook India. Consultado em 7 de novembro de 2021