Irenismo
Irenismo na teologia Cristã refere-se à tentativas de unificar os sistemas apologéticos cristãos utilizando a razão como um atributo essencial. A palavra deriva do grego ειρήνη (eirene) significando paz. É um conceito relacionado à teologia natural, e oposto ao polemicismo da argumentação animosa, e tem suas raízes nos ideais do pacifismo. Aqueles que se afiliam ao irenismo identificam a importância da unidade na igreja Cristã, e declaram o laço comum entre todos os cristãos em Cristo. Erasmo e sua influênciaDesidério Erasmo (conhecido como Erasmo de Roterdão) foi um cristão humanista e reformador, no sentido de apontar abusos clericais, honrar a piedade interior, considerar a razão como significante na teologia e também de outras formas. Ele também promoveu a noção de que a Cristandade deve permanecer sob uma única igreja, tanto teologicamente quanto literalmente, sob o corpo da Igreja Católica. Desde seu tempo, o irenismo foi postulado removendo conflitos entre diferentes credos Cristãos através da mediação e da amalgamação das diferenças teológicas. Erasmo escreveu extensivamente sobre tópicos relacionados geralmente com a paz, e uma abordagem irênica é parte da textura de seu pensamento, tanto em teologia quanto em relação a política:
Certas contribuições irênicas importantes de Erasmo ajudaram a aprofundar a consideração humanista de temas sobre conciliação e paz religiosa; estes incluíram a Inquisitio de fide (1524), arguindo contra a opinião papal que Martin Luther foi um herege, e De sarcienda ecclesiae concordia (1533). Erasmo tinha associados próximos compartilhando sua visão (Julius von Pflug, Christoph von Stadion, e Jakob Ziegler), e foi seguido no lado Católico por George Cassander e Georg Witzel.[2][3][4] A influência de Erasmo foi, contudo, limitada pela exclusão virtual de seus trabalhos de países como a França, desde 1525, até pelo menos à abertura, embora eles tenha aparecido em numerosas formas e traduções. James Hutton fala da "repetitiva maneira na qual a propaganda de paz de Erasmo alcançou o público Francês."[5] Franciscus Junius publicou em 1593 Le paisible Chrestien arguindo sobre tolerância religiosa. Ele se referia a Felipe II da Espanha, usando argumentos tirados do estadista político Francês Michel de l´Hôpital e reformador Sebastian Castellion.[6] Século XVII: Católicos e ProtestantesMovimentos irênicos foram influentes no século XVII, e o irenismo, por exemplo na forma dos esforços de Gottfried Leibniz para reunir os Católicos e Protestantes, é em algumas maneiras um precursor aos movimentos ecumênicos modernos. O Examen pacifique de la doctrine des Huguenots de 1589, por Henry Constable provou-se influente, por exemplo em Christopher Potter e William Forbes. Richard Montagu admirou Cassander e Andreas Fricius.[7] O Syllabus aliquot synodorum de 1628 foi uma bibliografia de literatura de concordância religiosa, compilada por Jean Hotman, Marquis de Villers-St-Paul décadas antes, e foi impresso por Hugo Grotius usando o pseudônimo "Theodosius Irenaeus," com um prefácio por Matthias Bernegger.[8] Era suficientemente típico, contudo, para moderados e até escritores irenistas no lado Católico acreditarem neste período que seus argumentos eram utilizados contra o próprio Catolicismo. O estilo de argumentação desenvolvido na Inglaterra por Thomas Bell e particularmente Thomas Morton. Ele levou a Thomas James mining Marcantonio de Dominis e Paolo Sarpi, e fez esforços para trazer Witzel para a tradição Protestante; aos argumentos do Galicanismo terem sido bem recebidos mas também tratados como particularmente insidiosos; e um irenista como Francis a Sancta Clara sendo atacado fortemente por Calvinistas firmes. Os escritores protestantes que eram convencidos em suas abordagens irênicas aos Católicos incluem William Covell e Thomas Dove.[9] Século XVII: Divisões ProtestantesJames I da Inglaterra acreditava que a tradução da Bíblia que ele encomendou poderia causar alguma reconciliação entre as facções religiosas Inglesas Protestantes, e provar um irenicon.[10] O termo grego ἐιρηνικόν (eirenikon) ou proposta de paz é também visto como irenicum em sua versão latina. Uma literatura irenica se desenvolveu, relacionada a divisões dentro do protestantismo, particularmente nos vinte anos após a Paz de Vestfália. Exemplo, marcados por título, são:
Avaliação do início do irenismo modernoAnthony Milton Escreveu:
É sob esta luz que ele comenta sobre a sucessão dos irenistas: Erasmo, Cassander, Jacob Acontius, Grotius, e depois John Dury, o qual gastou muito tempo em uma proposta reconciliação entre luteranos e calvinistas. Uso modernoIrenista se tornou um adjetivo comumente utilizado para designar uma concepção idealista e pacifista, tal como a teoria da paz democrática. Falso irenismo é uma expressão utilizada em certos documentos da Igreja Católica do século XX para criticar tentativas de ecumenismo que permitiriam a distorção ou nublagem da doutrina Católica. Documentos utilizando o termo incluem a encíclica Humani Generis, promulgada pelo Papa Pio XII em 1950, e o decreto Unitatis Redintegratio, 1964 do Concílio Vaticano II. Notas
Outras Leituras
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