Instrumento cirúrgico
Instrumento cirúrgico é uma ferramenta ou dispositivo especialmente concebido para a realização de ações específicas de realização de efeitos desejados durante uma cirurgia ou operação, tais como modificar um tecido biológico, ou para visualizá-lo. Ao longo do tempo, vários tipos diferentes de instrumentos cirúrgicos e ferramentas têm sido inventadas. Alguns instrumentos cirúrgicos são projetados para uso em cirurgia geral, enquanto outros são concebidos para um procedimento específico. Assim, a nomenclatura dos instrumentos cirúrgicos segue determinados padrões, tais como a descrição das medidas que realiza (por exemplo, bisturi), o nome de seu inventor (por exemplo, a pinça de Kocher), ou um composto científica relacionado ao tipo de cirurgia. HistóricoOs instrumentos cirúrgicos foram fabricadas desde tempos pré-históricos, como para a realização de rodada craniotomies foram descobertas em muitos sítios Neolíticos. Acredita-se que eles foram utilizados por xamãs para libertar espíritos maus e aliviar cefaleias e traumas. Cirurgiões e médicos na Índia têm utilizado sofisticados instrumentos cirúrgicos desde tempos imemoriais. Sushruta (circa 500 aC) foi provavelmente o mais importante cirurgião na História Antiga, muitas vezes conhecido como o "pai da cirurgia". Em seu texto Sushruta Samhita descreveu mais de 120 instrumentos cirúrgicos, 300 procedimentos cirúrgicos e classificou em 8 categorias cirúrgicas em seres humanos. Na Antiguidade, cirurgiões e médicos na Grécia e em Roma desenvolveram engenhosos instrumentos a partir de bronze, ferro e prata, como bisturis, curetas, pinças, fórceps, sondas, etc. Eles ainda estão muito bem preservados, em vários museus médicos de todo o mundo. A maior parte destes instrumentos continuou a ser utilizado em tempos medievais, embora com uma melhor produção técnica. Avanço medievalUm dos principais responsáveis pela evolução da instrumentação cirúrgica foi Abulcasis al-Zahrawi, conhecido no Ocidente como Abulcasis, e considerado o "pai da moderna cirurgia". Galen de Pergamum, um dos filósofos, cirurgiões, médicos e médicos filólogos mais lembrando do mundo antigo, solicitou que o seus instrumentos cirúrgicos deveriam ser feitos de minério de ferro encontrado apenas em uma pedreira, no reino da Nórica celta. Instrumentos de DiéreseNesse tempo cirúrgico ocorre a abertura de tecidos do corpo. As principais manobras realizadas neste tempo são a incisão, secção, divulsão, punção, dilatação e serração. Bisturi de lâmina Os bisturis são utilizados para incisões ou dissecações de estruturas. Os cabos mais usados são os de números 3,4 e 7; [1] Lâminas 9 a 17 são acoplados ao cabo número 3. Lâminas 20 a 25 são acoplados ao cabo número 4. Lâminas 10 a 17 são acoplados ao cabo número 7. Bisturi elétrico Tesoura de Metzenbaum A tesoura de Metzebaum leva o nome de seu inventor, o Dr. Myrion Metzenbaum. (1876-1944).Indicada para diérese mais delicada, a tesoura cirúrgica Metzenbaum possui área de corte menor que o tamanho da haste, sendo mais leve e fina com pontas rombas. Mais usada pelos cirurgiões do que a tesoura de Mayo, ela é considerada menos traumática e pode ser encontrada com lâminas curvas e retas. [1] Tesoura de Mayo A tesoura Mayo foi criada por médicos cirurgiões da Clínica Mayo e leva o nome dos irmãos William James Mayo (1861-1939) e Charles Horace Mayo (1865-1939) fundadores da Clínica. É uma tesoura mais robusta e pesada em comparação a outras, pode ser encontrada com pontas finas, rombas ou romba-fina e nas formas curva ou reta. É utilizada pelos cirurgiões em tecidos mais espessos e densos. [1] Serras Cisalhas Costótomo Pinças goivas Trocartes Agulhas de punção Ruginas Instrumentos de HemostasiaInstrumentos para controle ou interrupção do fluxo sanguíneo, de caráter temporário ou definitivo e preventiva ou corretiva. Pinças hemostáticas curvas Pinças hemostáticas retas Pinça de Mixter É uma pinça hemostática longa e curva, de ponta angulada, utilizada para pedículos vasculares em profundidade. Apresenta serrilhado transversal delicado na metade superior da garra, sua ponta é de extrema utilidade no auxílio da dissecção de vasos e para passar fios para ligadura em torno deles. Por conta disso, é usada para trabalhar pedículos hepáticos, renais e pulmonares. Pode ser encontrada nos tamanhos com 18 a 35 cm de comprimento, sendo também conhecidas como pinça em “J”, também disponível em versão baby, com 14 cm de comprimento. [1] Pinça Kelly A pinça hemostática Kelly é utilizada em vários procedimentos cirúrgicos para travar os vasos sanguíneos e promover a hemostasia. A pinça de Kelly possui ranhuras transversais em apenas 2/3 da sua extensão da parte prensora, sendo ótima para intervenções que pedem boa fixação. Podendo alternar, conforme o fabricante, seu tamanho varia de 14 cm a 16 cm nas suas versões retas e curvas. [1] Pinça Halstead/Crile Em quase tudo é semelhante à pinça de Kelly. A diferença é que suas ranhuras são em toda sua parte prensora, fazendo com que também seja utilizada lateralmente no pinçamento de pedículos. Outra vantagem de suas ranhuras é o fato dela não deslizar e fixar-se bem às estruturas que compõem o pedículo. Essa pinça possui um tamanho que varia entre 14 cm e 16 cm, tanto nas versões retas ou curvas. [1] Pinça Rochester Esta pinça tem a função de promover a hemostasia através da compressão dos vasos, utilizada para pressionar segmentos maiores de tecidos. Apresenta serrilhado grosseiro em sentido horizontal em toda a extensão de seus ramos preensores, que são mais longos e largos. Podem ser retas ou curvas, pinça longa disponível em diversos tamanhos. [1] Pinças intestinais Eletrocautério Pinça de Satinsky É uma pinça vascular atraumática, utilizada na hemostasia temporária de grandes vasos. [1] Pinça de Potts Pinça de Cooley Pinça de Bulldog Instrumentos de SínteseInstrumentos utilizados para reconstituição anatômica e/ou funcional. Porta-agulhas Utilizadas para realizar reconstrução de órgãos e planos anatômicos. Possui ponta especialmente desenvolvida para prender agulhas de sutura e execução de nós. Os porta-agulhas mais utilizados são: Mayo-Hegar e Mathieu. [1] Pinças Instrumental de apreensão de diferentes tamanhos utilizados para expor as bordas da ferida a ser suturada, segura a agulha e auxilia na execução da técnica. Possui ranhuras laterais finas para uso universal. O mais utilizado em cirurgias de pele é a pinça Adson. [1] Agulhas Fios Grampos Grampeadores mecânicos AfastadoresInstrumentos para afastar tecidos para melhor visualização do plano anatômico. São classificados como estáticos e dinâmicos. [1] Afastador de Deaver Afastador de Farabeauf Afastador de Finochietto Afastador de Gosset Afastador de Haberer Válvula de Doyen Disposição dos instrumentos na mesa cirúrgicaA ordem de disposição dos instrumentais cirúrgicos, deve indicar que o instrumental cirúrgico é organizado na mesa conforme uma determinada sequência. Essa ordem leva em consideração os instrumentos atraumáticos e, depois, os mais traumáticos, entre as diferentes classificações e dentro de uma mesma categoria. As pinças anatômicas são consideradas menos traumáticas que as pinças den-te-de-rato, por exemplo; já as pinças hemostáticas Halsted (mosquito) são menos traumáticas que as pinças Kelly, e assim sucessivamente. Apesar deste esquema ser o mais utilizado, ele não é o único. Existem outras formas de organização do material cirúrgico dentro de cada classificação, o que depende do tipo de cirurgia e da preferência do cirurgião. Um ponto a ser destacado é que o material é distribuído sempre da direita para a esquerda, primeiro o curvo e, depois, o reto. A ponta do material sempre estará voltada para a parte superior da mesa, e a curvatura, voltada para a superfície da mesa, de modo que o da direita fique sobre o da esquerda. Na ausência de um instrumentador, a ponta do material deverá estar voltada para a parte inferior da mesa. Como dito anteriormente, os instrumentos deverão estar orga-nizados na ordem em que serão utilizados durante o procedimento cirúrgico: instrumentos de diérese, hemostasia, preensão, separação e síntese. [1] ReferênciasBibliografia
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