Innocenti
Innocenti (Pronúncia italiana: [innoˈtʃɛnti]) foi uma indústria italiana, originalmente fundada por Ferdinando Innocenti em 1920. A empresa produziu Lambretas e automóveis, muitos destes da British Leyland. A empresa foi descontinuada em 1996, 6 anos após a compra pela Fiat. HistóriaApós a Segunda Guerra Mundial, a companhia ficou famosa por suas Lambretas, como a LI125, LI150, TV175, TV200, SX125, SX150, SX200, GP125, GP150 e GP200. De 1961 a 1976, a Innocenti fabricou sob licença da British Motor Corporation (Mais tarde British Leyland Motor Corporation) o Mini, com motores de 848 cc, 998 cc e 1.275 cc, seguido por outros modelos, incluindo o Regent (Austin Allegro), com motores de até 1.485 cc. Esta fase da empresa é comumente chamada de Leyland Innocenti. O Innocenti Spyder (1961-70) era uma versão do Austin-Healey MKII Sprite, desenhado pela Ghia. O carro era produzido pela OSI, próxima a Milão. Em 1972, a BMC adquiriu o controle da companhia. Em 1972, os terrenos, imóveis e equipamentos da empresa foram comprados pela British Leyland em um acordo de aproximadamente £3 milhões.[1] A BL tinha altas expectativas para a sua subsidiária recentemente adquirida quando, segundo o que eles reportaram à imprensa britânica, as vendas da Innocenti na Itália estavam atrás apenas da Fiat e a frente da Volkswagen e da Renault:[1] havia expectativas de aumentar a produção anual de 56.452 em 1971 para 100.000. Entretanto, o pico da produção sob a BLMC foi de 62.834 em 1972, apesar de as exportações terem crescido de apenas 1 carro em 1971 para mais de 17.000 em 1974. [2] Demonstrando suas ambições, a empresa britânica colocou como o diretor-gerente um dos seus executivos sêniores britânicos mais jovens, o ex-controlador financeiro Geoffrey Robinson.[1] Três anos depois, a BLMC ficou sem dinheiro e foi nacionalizada pelo governo britânico. Em fevereiro de 1975, a companhia passou para Alejandro de Tomaso e foi reorganizada pelo Grupo De Tomaso sob o nome de Nuova Innocenti. Benelli possuia ações e a British Leyland manteve 5% com a De Tomaso possuindo 44% com auxílio de um plano de resgate da GEPI, uma agência pública italiana que fornecia investimentos para corporações com dificuldades financeiras.[3] A administração era de total responsabilidade da De Tomaso, mas, e também depois em 1976, a GEPI e a De Tomaso combinaram seus 95% da Innocenti (além de toda a Maserati) em uma nova holding. [4] Porém, com a perda do Mini, o Austin I5 e o Regent, as vendas estavam em queda livre. A produção foi reduzida quase que pela metade em 1975 e caiu para aproximadamente um quinto dos níveis de 1974 em 1976. Após essa crise, o novo Mini, estilizado pela Bertone começou a vender melhor e a produção subiu para estáveis 40.000 ao ano no final dos anos 70.[2] Os primeiros modelos tinham uma carroceria de 5 lugares desenhada pela Bertone e estavam disponíveis com os motores Leyland de 998 cc e 1.275 cc. As exportações, que eram compostas majoritariamente pelas concessionárias locais da British Leyland, começaram a diminuir no início da década de 1980 porque a BL não queria competição interna do Innocenti Mini. As vendas à França (o maior mercado exportador da Innocenti) pararam em 1980, e as vendas alemãs em 1982. [5] Na mesma época, o acordo com os motores Leyland acabou e a produção logo despencou para pouco mais de 20.000. Tendo perdido o seu fornecimento de motores assim como toda a sua rede de concessionárias de exportação, a Innocenti encontrou-se sem um produto e meios de vendê-lo. Contudo, a japonesa Daihatsu estava precisando uma parceira na Europa. Além de fornecer o conjunto mecânico, a Daihatsu deu à Innocenti acesso à sua florescente rede de concessionárias, entrando primeiramente nos mercados da França, Bélgica e Suíça. Já a Daihatsu ganhou acesso ao mercado italiano, e meios de entrar em outros mercados que possuiam fortes barreiras para carros japoneses. O fato de a Innocenti, assim como a Daihatsu, ser uma empresa focada em carros pequenos apenas fez a união mais fácil.[6] Isso era tão verdade que, a partir do ano-modelo 1983, o Innocenti foi completamente reprojetado, agora usando o motor de 993 cc de três cilindros do Daihatsu Charade e uma suspensão inteiramente nova. A aparência, no entanto, não mudou, mesmo sendo, essencialmente, um novo carro.[6] A De Tomaso desenvolveu uma versão Turbinada do motor que foi usada tanto por modelos Innocenti quanto Daihatsu.[7] Além de fabricar seus próprios veículos, a De Tomaso, também utilizou as fábricas da Innocenti para produzir as carrocerias e a montagem final do Maserati Biturbo,[7] Quattroporte e do Chrysler TC by Maserati. Com a produção em queda, e os preços dos produtos similares da Fiat aumentando, a Innocenti tentou manter-se relevante adicionando mais equipamentos em seus veículos.[8] A Innocenti continuou produzindo seus próprios veículos até o começo de 1993. Desde 1990, quando foi adquirida pela Fiat, a Innocenti também vendeu o Yugo Koral e os modelos brasileiros Fiat Elba e Uno Mille no mercado italiano.[9] A marca foi descontinuada quando a venda destes modelos rebatizados terminaram em 1996.[10] Relançamento em 2018A Lambretta foi relançada novamente na exposição de motos de MIlão EICMA, em novembro de 2017.[11] Depois da compra da marca Lambretta pela Innocenti SA, agora um consórcio suíço, um novo modelo de motoneta, o V-special, foi lançado, disponível com motores de 50cc, 125cc e 200cc, e projetado para atender aos padrões Euro 4. A moto foi projetada na Áustria pela empresa austríaca Kiska, mas é produzida na Ásia. Houve exportações para a Austrália, Filipinas, Europa, Estados Unidos e Reino Unido.[12] A companhia planeja reintroduzir modelos clássicos no futuro.[13][14] A Lambretta está desenvolvendo plantas de produção na Índia, em conjunto com a Lohia Auto de Noida e o Grupo Bird de Nova Deli. Há planos de lançar uma motoneta elétrica em 2020.[15] Referências
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