Inhapuambuçu Nota: Este artigo é sobre a aldeia indígena localizada onde hoje se situa a cidade de São Paulo. Para o vilarejo colonial, veja São Paulo dos Campos de Piratininga. Inhapuambuçu (em tupi antigo: i(nh)apu'ãm-busú, ou, y(nh)apu'ãm-busú, significando "grande cume" ou "grande ponto do rio", respectivamente) nome utilizado para se referir a uma aldeia indígena que se situava na região correspondente ao Centro Histórico da cidade de São Paulo antes da chegada dos colonizadores portugueses. Além de designar a aldeia, o nome também se referia a um morro elevado[1]. A aldeia era liderada pelo morubixaba Tibiriçá e veio a abrigar, a partir de 1554, o Colégio de São Paulo.[2] EtimologiaInhapuambuçu, segundo Augusto Bicalho, vem do tupi antigo i(nh)apu'ãm-busú, significando "o grande cume" ou y(nh)apu'ãm-busú, significando "o grande ponto do rio, nome que faz referência a um morro alto que se pode avistar de longas distâncias.[3] Piratininga, por sua vez, significa algo como "peixe secando" ou "peixe a secar", através da junção do substantivo pi'ra, que significa "peixe" e (mo)tininga, o gerúndio de forma aferética do verbo (mo)tining, que corresponde ao verbo "secar" na língua portuguesa.[5] O termo, além de se referir à aldeia indígena, também era utilizado para se referir ao rio Tamanduateí, que banhava as proximidades do lugar.[6] HistóriaA aldeia de Inhampuambuçu, ou Piratininga, era, a que tudo indica, um dos mais importantes assentamentos tupiniquins da Capitania de São Vicente. Devido à falta de registros escritos antes da colonização, é muito difícil precisar quando a aldeia foi fundada. O que se sabe é que ela, por volta de 1532, era chefiada pelo morubixaba Tibiriçá - depois batizado como Martim Afonso. - e que havia acolhido, já há alguns anos, o português João Ramalho. Em 1554, foi fundado, pelas mãos dos padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, junto da aldeia, o Colégio de São Paulo. Alguns anos depois, em 1557, a aldeia, assim como Jurubatuba, mais ao sul, já estava em processo de fragmentação.[7] A partir de 1560, a vila de Santo André da Borda do Campo, fundada alguns anos antes por João Ramalho, foi transferida, por ordem do para as imediações da aldeia, que se tornou o núcleo da povoação da vila de São Paulo dos Campos de Piratininga.[8] Referências
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