Incendies
Incendies (bra: Incêndios[2][3]; prt: Incendies - A Mulher Que Canta[4][5]) é um filme canado[5]-francês[5] de 2010, do gênero drama, dirigido por Denis Villeneuve,[5] com roteiro de Valérie Beaugrand-Champagne e do próprio diretor baseado na peça teatral Incendies, de Wajdi Mouawad.[2] Enredo1º Capítulo - Les Jumeax – “Os gêmeos” Nawal Marwan falece em razão de um surto psicótico e deixa claras orientações testamentárias aos seus filhos gêmeos: Jeanne e Simon. Primeiramente, Nawal exige que não tenha um funeral convencional: Deveria ser enterrada nua, de “costas para o mundo”, sem caixão e sem lápide. Jeanne e Simon recebem uma missão. Jeanne deveria entregar uma carta ao seu pai, cuja a identidade lhe era desconhecida, pois acreditava que seu pai havia morrido na em uma guerra na cidade de “Daresh”. Simon deveria entregar uma carta ao seu irmão, cujo o paradeiro, existência e identidade eram igualmente desconhecidas. Após a entrega dos envelopes com as cartas, os gêmeos receberiam uma nova carta a eles destinada e poderiam construir uma lápide. Simon reluta, mas Jeanne decide ir à cidade de Daresh no Oriente Médio, lugar em que Nawal viveu parte da vida. A viagem tinha como objetivo não apenas entregar a carta ao seu pai desconhecido, como também, compreender as misteriosas raízes do passado da vida de sua mãe. Seguindo os aconselhamentos de Niv Cohen, seu orientador profissional, Jeanne começa sua busca procurando por Said Haidar, professor da Universidade de Daresh, onde Nawal estudou francês. 2º Capítulo – Nawal Por meio de flashbacks, o passado de Nawal Marwan é lentamente revelado. A princípio, Nawal vivia na Aldeia de “Der Om” em “Fouad”. Grávida de seu namorado Wahab, Nawal tenta fugir, mas Wahab é alvejado por seus irmãos sob argumento de ter desonrado sua família. A vida de Nawal é poupada graças às suplicadas da sua avó. A avó promete cuidar de Nawal grávida, mas explica que a criança deverá ser entregue a um orfanato logo após o nascimento, a fim de evitar um escândalo. Para que Nawal pudesse identificar o filho no futuro, a avó tatua três pontos pretos no calcanhar do bebê, que, para o sofrimento de Nawal, é entregue à parteira logo após nascer. 3º Capítulo – Daresh Em Daresh, Jeanne procura por Said Haidar. Ao mostrar a foto de sua mãe, Said não a reconhece. Na Universidade de Daresh, Jeanne conversa com Najat, antigo funcionário da Universidade. Najat não reconhece Nawal pela foto, mas ao observar detalhes conclui que a fotografia foi tirada em “Kfar Ryat”, uma prisão no sul. Em flashbacks, descobre-se que, após a perda do filho, Nawal mudou-se para Daresh e de fato estudou na Universidade de Daresh, a pedido da avó, vivendo com seu tio Charbel e outros membros da família. Em meio a uma guerra civil entre Muçulmanos e Cristãos, Nawal se alia aos jovens ativistas que se opunham ao partido de direita cristã cujos membros eram chamados de “nacionalistas”. Com a eclosão da guerra, Nawal decide procurar o filho nos orfanatos próximos. Nawal toma um ônibus para o sul. Ao chegar no orfanato, decide partir para “Kfar Khout” onde os meninos órfãos eram levados após os 3 anos, mesmo sabendo que o orfanato havia sido atacado no dia anterior. Em Kfar Khout, o orfanato estava totalmente bombardeado, sem vestígios de seu filho. Um peregrino a informa de que os aldeões haviam se refugiado no “Campo de Deressa” e talvez estes, pudessem informar o paradeiro das crianças. Nawal toma mais um ônibus em destino à Deressa, contudo, o ônibus é baleado por soldados católicos. Prestes a incendiarem o ônibus, a fim de matar todos os muçulmanos que ainda conseguiram sobreviver, Nawal se salva afirmando ser católica ao mostrar seu colar com um crucifixo. Todos os outros passageiros são mortos incinerados. 4º Capítulo – Le Sud – “O Sul” Procurando por informações sobre Nawal, no Sul, Jeanne procura por Souha, mulher que, aparentemente, possuía certo conhecimento sob o passado Nawal. Na casa de mulheres refugiadas em que Souha vivia, Jeanne é informada de que não seria bem-vinda, por ser filha de Nawal. Jeanne é aconselhada a continuar procurando por seu pai, mas omitir a identidade de sua mãe, por não ser bem quista na região. 5º Capítulo – Deressa Após o incêndio do ônibus, em Deressa, Nawal encontra o campo destruído. Sem chances de encontrar seu filho naquele lugar, Nawal se alia a representantes muçulmanos e planejam uma vingança contra Chamseddine, líder do partido cristão. Nawal se infiltra na casa de Chamseddine se fazendo como professora de francês de uma das crianças que viviam na residência. Na data combinada, Nawal atira publicamente em Chamseddine, sem medo de retaliações. Nawal é levada para o presídio político de “Kfar Ryat”. Na atualidade, Jeanne visita o presídio “Kfar Ryat”. Seguindo conselhos de um guia turístico, Jeanne segue para encontrar Fahim Harrsa, carcereiro da prisão durante o tempo em que Nawal esteve presa. Fahim explica à Jeanne que Nawal assassinou o líder da milícia cristã (Chamseddine) e que sofreu duramente às consequências de seus atos. Passou quinze anos presa sendo torturada e estuprada por um homem chamado Abou Tarek. Nawal recebeu o apelido de “mulher que canta”, por cantar exaustivamente durante o cárcere. Psicologicamente desgastada, Jeanne liga para Simon e implora para que ele fosse ajudá-la. Simon vai juntamente com Jean, o tabelião, a princípio, apenas para buscar Jeanne. 6º Capítulo - La femme qui chante – “A mulher que canta” Na prisão, Nawal engravida do torturador e estuprador Abou Tarek. Reluta em realizar o parto, mas acaba por aceitar seu destino. Nawal faz um acordo com os carcereiros: fugiria para o Canadá com os filhos logo após o nascimento. Nawal teve os filhos gêmeos: Jeanne e Simon. Na atualidade, com a chegada de Simon, os irmãos vão ao Hospital Americano encontrar a senhora Maika, enfermeira que fez o parto de Nawal na prisão. Maika revela que a Jeanne e Simon que Nawal deu à luz a gêmeos, ou seja, o irmão perdido era bem mais velho que Jeanne e Simon e os gêmeos eram frutos de um estupro sofrido por Nawal. 7º Capítulo – Nihad Jean, o tabelião, por consideração a Nawal que foi sua secretária por muitos anos, contratada Maddad para conduzir investigações profissionais. Sobre o pai, Abou Tarek, não houve vastas conclusões. Sobre o irmão, revela aos gêmeos que o mesmo foi entregue recém-nascido à Flham, uma parteira, e levado ao orfanato de Kfar Khout em maio de 1970. A criança recebeu o nome de Nihad de Maio. Por exclusão e coincidências, apenas Nihad poderia ser a criança desaparecida. Maddad sugere que os irmãos busquem pelos responsáveis pela destruição do orfanato, a fim de localizar o paradeiro das crianças órfãs. Simon e Jean visitam um vilarejo em Deressa do qual provavelmente Nihad viveu, mas aparentemente ninguém o conheceu. Simon se desilude da investigação, até que recebe a visita de dois misteriosos homens dispostos a lhe fornecer informações que procurava. Com a garantia de Maddad, Simon aceita se encontrar com o homem que lhe ofereceria as respostas sobre Nawal. 8º Capítulo – Chamseddine Simon, vendado, se encontra com um homem chamado Wallat Chamseddine em um hotel. Após uma breve explicação das suas motivações, um antigo soldado cristão, que conviveu diretamente com Nihad, confessa a verdadeira história de Nihad a Simon, revelando algo perturbador. Nihad foi poupado do massacre no orfanato de Kfar Khout, foi recrutado e treinado pelos soldados cristãos. Nihad desejava ser um mártir para que sua foto fosse amplamente divulgada e sua mãe a encontrasse. A medida que o tempo se passava, Nihad se tornava cada vez mais violento. Em certo momento, sua conquista como atirador de elite lhe levou a trabalhar no presídio de Kfar Ryat, como torturador. Nesta época, trocou seu nome para Abou Tarek, ou seja, o filho perdido de Nawal cresceu e se tornou o seu algoz, a engravidando. Nihad era pai e irmão de Jeanne e Simon. Simon revela a verdade perturbadora à Jeanne, praticamente findando o mistério que os cercava. Enfim é revelado o momento de colapso de Nawal: Em um clube com Jeanne, Nawal vê os calcanhares tatuados do filho, saí da piscina, mas ao olhar para o homem, descobre ser Abou Tarek. Desde esse momento, ficou em estado semivegetativo, até morrer. É revelado que Nihad vivia no Canadá sob nova identidade: Nihad Harmanni. Simon e Jeanne retornam ao Canadá e entregam os envelopes a Nihad. O envelope destinado ao pai, dado por Jeanne, era um manifesto de ódio e repulsa e um claro desejo de que a verdade fosse divulgada. O envelope destinado ao irmão, dado por Simon, era uma carta de carinho, do qual Nawal revela que ama Nihad como seu filho e sempre o procurou. Simon e Jeanne recebem uma carta final, da qual Nawal se despede e declara o amor incondicional aos seus filhos. Enfim, o longa é finalizado com Nihad, envergonhado e consumido pelo remorso, observando o túmulo de Nawal, já com sua lápide. Elenco
RecepçãoNo agregador de críticas Rotten Tomatoes, que categoriza as opiniões apenas como positivas ou negativas, o filme tem um índice de aprovação de 93% calculado com base em 121 comentários dos críticos que é seguido do consenso: "É confuso, longo demais e um toque melodramático, mas essas falhas empalidecem diante da atuação impressionante de Incendies e do impacto emocional devastador."[7] Já no agregador Metacritic, com base em 42 opiniões de críticos que escrevem em maioria para a imprensa tradicional, o filme tem uma média aritmética ponderada de 80 entre 100, com a indicação de "revisões geralmente favoráveis".[8] Referências
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