Incêndio do Santika ClubO incêndio do Santika Club, uma discoteca/boate de Watthana, bairro de Banguecoque, capital da Tailândia, ocorreu em 1 de janeiro de 2009. 61 pessoas morreram (66 pessoas segundo relatos tailandeses) e pelo menos 210 ficaram feridas (222 pessoas segundo relatos tailandeses).[1][2] O incêndio ocorreu logo após a comemoração do ano novo na Tailândia,[3] às 00h35 horário local.[4] 35 estrangeiros da Austrália, Bélgica, Canadá,[5] França, Finlândia, Japão, Nepal, Holanda, Singapura, Coreia do Sul, Suíça, Reino Unido e dos Estados Unidos ficaram entre os feridos.[1][3][4][6] CausasNão foi anunciado nenhuma causa oficial do incêndio pelos investigadores. Muitas testemunhas oculares disseram que o incêndio foi causado por fogos de artifício que estavam estocados no sótão da boate, ou por faíscas que eram regularmente espalhadas pelo estabelecimento como parte do espetáculo.[1] Outras fontes sugerem que a causa do incêndio foi um curto circuito.[6] Uma testemunha ocular disse que não havia artefatos pirotécnicos no local.[2] Outra testemunha ocular disse ter visto chamas no telhado da boate enquanto via a queima de fogos do ano novo. Gravações de vídeo, incluindo a câmera que gravou a contagem regressiva para o ano novo, registraram apenas faíscas integrantes ao espetáculo. Além disso, o incêndio só foi visto 10 minutos após a meia-noite. A hipótese mais aceita sobre a causa do incêndio é a que o fogo teria começado no forro do estabelecimento, ou mesmo no telhado, e que o incêndio tomou grandes proporções sem que fosse notado. Devido ao clima tropical e úmido e à estrutura frágil da construção, vários materiais inflamáveis, incluindo plásticos, foram utilizados como material para isolar o estabelecimento de chuvas. Cerca de mil pessoas estavam na boate quando o incêndio começou, e as mortes ocorreram devido à inalação de fumaça e por queimaduras, bem como por estampidos.[2] Médicos disseram mais tarde que os fumos liberados por plástico em chamas poderiam ter causado muitos desmaios após alguns meros minutos. A boate tinha apenas uma única saída de emergência principal. Havia outra saída de emergência para funcionários, desconhecido do público.[7] Além disso, havia uma terceira saída de emergência no terceiro andar, que estava fechado devido ao receio de furtos.[8] Após o incêndioOs feridos foram levados para 19 hospitais,[9] sendo que a maioria foi levada para o Hospital Banguecoque.[6][9] Somente 29 dos 61 corpos foram identificados imediatamente, sendo que 28 eram tailandeses e um era singapuriano.[7] Os outros corpos foram ensacados e levados para um estacionamento em frente à boate logo após o incêndio.[1] Alguns corpos carbonizados foram identificados apenas uma semana após o incêndio.[1] Pongsak Kasemsan, uma autoridade tailandesa designada para a investigação preliminar do desastre, disse que os primeiros resultados foram concluídos em 4 de janeiro.[1] Uma inspeção preliminar do sistema de segurança do clube constatou falhas graves, e que "estava abaixo do padrão", segundo a polícia.[10] Mais tarde, foi revelado que a boate tinha apenas um extintor de incêndio. Além disso, o alvará de funcionamento da boate estava registrado como "comércio de alimentos" e, que pela lei tailandesa, deveria fechar à meia-noite.[8] O primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, visitou o local do incêndio e disse mais tarde que "A questão é: porque deixaram alguém entrar com fogos de artifício dentro da boate para lançá-los no interior do estabelecimento?".[1] ResponsabilidadesO proprietário do Santika Club está para ser responsabilizado pelo desastre, juntamente com outros doze diretores da boate. O proprietário já tinha sido responsabilizado anteriormente por permitir a entrada de menores de idade na boate, quando o corpo de um estudante de 17 anos foi descoberto no meio das ruínas do clube. Ele pode ainda ser responsabilizado por outras negligências que resultaram em morte.[11] Referências
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