Igreja São Francisco de Assis (São Paulo)
A Igreja de São Francisco de Assis é um templo da Igreja Católica localizado no Largo de São Francisco, no centro histórico de São Paulo, Brasil. É de propriedade da Ordem Franciscana dos Frades Menores, organização fundada por São Francisco de Assis em 1209, na Itália. Está ao lado da Igreja de São Francisco das Chagas e da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Originalmente, a igreja estava localizada ao lado do Convento de São Francisco e São Domingos, que, devido a um decreto assinado em 1827 por Dom Pedro I, deu lugar para a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Em 23 de abril de 1982, a Igreja de São Francisco de Assis foi oficialmente considerada um bem tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo, conforme publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo.[1] Significado histórico e culturalO Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo solicitou o tombamento da Igreja de São Francisco, de propriedade da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, em 4 de agosto de 1971.[2] Em 2 de setembro do mesmo ano, foi notificado ao Frei Edgard Weisst e ao Frei Walter Kempf, da Ordem Franciscana dos Frades Menores, que eram considerado proprietário da igreja, que o local estava sob processo de tombamento. Segundo o arquiteto Carlos Lemos, técnico responsável pelo processo de tombamento da igreja, um dos argumentos era o de que, se outras igrejas como a da Praça do Patriarca e a de São Gonçalo, ambas que passaram por reconstruções, foram tombadas, não haveria motivos para que a Igreja de São Francisco de Assis também não o fosse. Além disso, considerava-se que a igreja possuía um papel importante no que se refere à antiga São Paulo de Piratininga e que era a único ‘’exemplar arquitetônico‘’ datado do século 18 que existia na cidade. A nave central e as construções paralelas eram originais do ano de 1647, quando foi inaugurada a igreja.[2] Em 20 de junho de 1978, membros do CONDEPHAAT realizaram uma vistoria na igreja a fim de determinar se as reformas realizadas no local teriam prejudicado sua arquitetura original. Segundo a arquiteta Vera Maria de Barros Ferraz, responsável pela vistoria, ficou constatado que a igreja permanecia em perfeito estado de conservação.[2] Em 14 de outubro de 1981, Ruy Ohtake, então presidente do CONDEPHAAT, aprovou um parecer favorável ao tombamento da Igreja de São Francisco. Este foi finalizado em 19 de abril de 1982, quando o então secretário extraordinário da cultura do estado de São Paulo, Antônio Henrique da Cunha Bueno, publicou uma resolução oficializando o processo. Esta foi publicada quatro dias depois no Diário Oficial.[2] HistóriaSete franciscanos chegaram a São Paulo em 1640 por meio de uma caravana. Eles se instalaram em uma casa onde atualmente está localizada a Praça do Patriarca, no Centro Histórico de São Paulo. O terreno que atualmente corresponde ao Largo de São Francisco foi doado pela Câmara Municipal de São Paulo, em 1642, aos frades franciscanos. [3] As informações referentes à história da igreja foram disponibilizadas, em 2 de janeiro de 1988, pelo setor de História da Secretaria de Estado da Cultura, que, nesta data, encaminhou um parecer favorável ao tombamento da Igreja de São Francisco. Neste documento, é citado um inventário em que se afirma que a Igreja de São Francisco já estava pronta no ano de 1643. O Convento de São Francisco e São Domingos, no entanto, foi inaugurado apenas quatro anos depois.[2] As obras obedeciam às normas vigentes na época para construções monásticas coletivas. Entre os anos de 1828 e 1858, a igreja foi administrada pela Ordem Terceira de São Francisco. Em 1858, o prédio foi tomado pela Irmandade de São Benedito. Os franciscanos só recuperariam a igreja em 1908. A Igreja de São Francisco pertencia ao triângulo central dos principais estabelecimentos religiosos de São Paulo, do qual faziam parte, além de São Francisco, Carmo e São Bento. [2] Características arquitetônicasAs principais características arquitetônicas, segundo o CONDEPHAAT, são: taipa de pilão, pedra-ferro nos arcos internos e externos, telhas capa e canal e paredes em alvenaria de tijolos. A igreja foi reformada em 1744, ano em que as características externas atuais, que fazem parte do estilo barroco, tomaram forma.[4] Antes disso, a igreja tinha características jesuíticas, que eram consideradas padrão para as igrejas da província. Em 1880, o edifício foi reconstruído devido a um incêndio, que provocou destruição. Depois deste, só sobraram as paredes da edificação e a imagem de São Francisco de Assis, que permanece na igreja até os dias de hoje. [5] Galeria
Ver também
Referências
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