Ibrahim Traoré Nota: Para futebolista guineano, veja Ibrahima Traoré.
Ibrahim Traoré (Burquina Fasso, c. 1988) é um oficial militar burquinense. Traoré é o líder interino de Burquina Fasso desde o golpe de Estado de 30 de setembro de 2022 que derrubou o presidente Paul-Henri Sandaogo Damiba.[6] BiografiaIbrahim Traoré nasceu em 14 de março de 1988, em Kéra, Bondokuy na Província de Mouhoun.[1][2][3] Estudou geologia na Universidade de Ouagadougou,[1] onde fez parte da Associação de Estudantes Muçulmanos,[7][8] e na marxista Association nationale des étudiants du Burkina (ANEB). Neste último, ele ascendeu a delegado e ficou conhecido por defender seus colegas em disputas..[1] Ele se formou na universidade com honras.[7] Carreira militarEle se juntou ao exército de Burquina Fasso em 2010 e foi promovido a capitão em 2020.[8] Sua associação com as forças especiais "Cobra", uma unidade antiterrorista fundada em 2019, é contestada. De acordo com várias fontes, como BBC, Al Jazeera e Die Tageszeitung, ele fez parte da unidade.[9][10] No entanto, a revista de notícias Jeune Afrique afirmou que ele não estava associado com a unidade "Cobra" e, em vez disso, serviu em um regimento de artilharia.[5] Traoré fazia parte do grupo de oficiais do exército que apoiou o golpe de Estado de Burquina Fasso em janeiro de 2022 e levou ao poder a junta militar Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração.[11] Ele serviu como chefe de uma unidade militar em Kaya, uma cidade no norte de Burquina Fassso, como parte da unidade "Cobra" ou de uma unidade de artilharia.[4] Ele foi um dos muitos oficiais mais jovens que lutaram contra os rebeldes na linha de frente durante a insurgência jihadista em Burquina Fasso.[12][10] Muitos apoiadores do golpe de janeiro ficaram insatisfeitos com o desempenho de Paul-Henri Sandaogo Damiba, o líder da junta, em relação à sua incapacidade de conter a insurgência jihadista. Traoré alegou mais tarde que ele e outros oficiais haviam tentado fazer com que Damiba "se reorientasse" para a rebelião, mas acabou optando por derrubá-lo pois "suas ambições estavam se desviando do que nos propusemos fazer".[13] Além disso, houve atrasos no pagamento das tropa da "Cobra". Quando os golpistas lançaram o golpe em 30 de setembro, Traoré ocupava o posto de capitão e tinha 34 anos. A operação foi realizada com apoio da unidade "Cobra".[14] Traoré declarou-se o novo chefe do Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração.[12][15] PresidênciaComo presidente, Traoré manteve um controle rígido sobre sua comunicação e cuidadosamente tentou se apresentar como um líder de guerra adequado, possivelmente para evitar a má imagem pública de seus antecessores. Sua presidência também viu um aumento da propaganda pró-governo na mídia tradicional e nas redes sociais de Burquina Fasso. Politicamente, a jornalista do Le Monde Sophie Douce descreveu Traoré como influenciado pelo marxismo e pelo pan-africanismo.[1] Em fevereiro de 2023, o governo de Traoré expulsou as forças francesas que auxiliavam no combate à insurgência local de Burquina Fasso.[16] Ele posteriormente declarou que "Nós realmente queremos olhar para outros horizontes, porque queremos parcerias ganha-ganha", apoiando a diversificação das parcerias internacionais de Burquina Fasso. Pouco depois, o governo de Traoré expressou apoio a uma federação com o Mali e ambos convidaram a Guiné. Todos os três países estão sob liderança militar e, se se tornassem uma união, seriam o maior país governado por uma junta militar.[17] Para substituir o apoio militar francês, Traoré estreitou laços com a Turquia e a Rússia.[1] Referências
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