A quarta temporada da série de televisão norte-americana Homeland estreou em 5 de outubro de 2014 no Showtime e terminou em 21 de dezembro de 2014, composta por 12 episódios.[1][2] É vagamente baseada na série de televisão israelenseHatufim, criada por Gideon Raff e desenvolvida para a televisão norte-americana por Howard Gordon e Alex Gansa.
Elenco
Principal
Claire Danes como Carrie Mathison, uma oficial de operações da CIA designada para o Centro Contraterrorista.
Chefe de estação em Cabul, Carrie recebe de Sandy Bachman o paradeiro de Haqqani, um terrorista procurado e autoriza um ataque de drone. Surge um vídeo mostrando que no local ocorria um casamento. Carrie vai para Islamabad, encontra Quinn e descobrem que Sandy é acusado como responsável pelo ataque. Eles são atacados por populares.
Carrie e Quinn retornam a Washington e Lockhart a retira de seu posto após o fracasso da missão. Maggie estimula Carrie a interagir com Frannie, mas ela está desconfortável. Quinn sai do controle e acaba preso. Um ex-agente revela os motivos de seu afastamento de Islamabad e Carrie consegue seu cargo de volta, agora no Paquistão.
Fara não consegue estabelecer contato com Aayan, sobrinho de Haqqani, e Carrie entra em ação. Ela consegue firmar uma relação com ele, prometendo proteção e dinheiro. Quinn assiste vídeos amadores da morte de Sandy e nota um suspeito em meio a multidão. Ele liga para Carrie, que pede ajuda em Islamabad por não ter agentes de confiança.
Aayan pede dinheiro a Carrie, mas não diz para que vai usar. Fara e Max seguem ele e descobrem que o dinheiro é para comprar remédios a Haqqani, que está vivo. O marido da embaixadora é chantageado por Tasneem, uma agente do ISI. Aayan volta para o escritório esperando ser levado a Londres. Carrie o seduz e eles passam a noite juntos.
Aayan resolve deixar o esconderijo, mas Carrie o convence a ficar. Saul vê Farhad no aeroporto e é atacado por outros dois homens. Carrie se abre para Aayan contando sobre sua filha e Brody. Fara e Quinn seguem um clérigo próximo a Haqqani. Dennis invade o apartamento de Carrie. Mais tarde, Aayan confessa a ela que seu tio está vivo.
Carrie entrega um passaporte a Aayan. O esconderijo é atacado e ela é levada, num plano para fazer Aayan buscar refúgio junto a Haqqani. Ele vai a um local isolado e espera pelo tio, que chega com Saul refém e revela ser uma armadilha da CIA. Haqqani agradece Aayan pelos remédios e atira na cabeça dele, deixando Carrie descontrolada.
Lockhart chega para negociar o retorno de Saul. Haqqani visita sua família com Saul servindo como "escudo humano". Tasneem pega pílulas numa farmácia e entrega a Dennis, que troca a clozapina de Carrie. Ela fica paranoica e tem alucinações, sendo presa e entregue numa casa onde encontra Brody, que revela ser o Coronel Khan da ISI.
Carrie acorda na casa de Khan sem lembranças da noite anterior. Haqqani anuncia uma lista de prisioneiros em troca de Saul. Khan nota Dennis e Tasneem conversando na embaixada. Saul foge e liga para Carrie, que tenta enviar uma equipe de extração sem sucesso. Ele cogita suicídio, mas ela diz que há uma saída e deixa o Talibã recapturá-lo.
Carrie interroga Dennis sobre sua ajuda ao ISI, mas ele nega envolvimento. Saul recusa a se mover durante a troca de prisioneiros, mas Carrie o convence. No caminho de volta, o comboio com eles é atacado. Lockhart envia guardas da embaixada para o local e Dennis revela que é uma distração. Haqqani invade a embaixada pelo túnel subterrâneo.
Carrie e Saul sobrevivem ao ataque, mas ficam cercados. Martha e Lockhart se escondem numa sala-cofre, levando dados dos informantes da CIA no Paquistão. Haqqani mata e faz funcionários da embaixada reféns. Tasneem impede que Khan envie ajuda para Carrie. Lockhart entrega os dados e Haqqani foge. Os EUA cortam relações com o Paquistão.
Quinn encontra Haqqani e constrói uma bomba. Carrie tenta impedi-lo, sem sucesso. Um vídeo da morte de Aayan atrai manifestantes para o esconderijo de Haqqani. Quinn se mistura na multidão e instala a bomba, mas desiste de detonar ao ver Carrie. Ela então tenta matar Haqqani, mas é impedida por Khan que aponta ele com Dar Adal no carro.
Carrie retorna para o funeral de seu pai e reencontra sua mãe. Quinn propõe ficar com ela e deixar a agência. Carrie busca respostas sobre a ausência de sua mãe. Ela decide ficar com Quinn, mas ele acredita que sua proposta foi recusada e parte para a Síria. Carrie confronta Dar Adal e descobre que Saul aceitou a oferta dele para voltar a CIA.
Produção
O Showtime renovou a série para a quarta temporada em 22 de outubro de 2013.[1] A produção e as filmagens começaram em junho de 2014 na Cidade do Cabo, África do Sul, representando o Oriente Médio e Islamabad.[14][15] Nazanin Boniadi foi promovida ao elenco regular, após desempenhar um papel recorrente na temporada anterior.[16]
Em junho de 2014, foram anunciados a escalação de Laila Robins, como membro do elenco regular da temporada, além de Corey Stoll, Suraj Sharma, Raza Jaffrey e Michael O'Keefe com papeis recorrentes.[17][18][19] Em julho de 2014, Mark Moses, Nimrat Kaur e Art Malik foram anunciados em papeis recorrentes e de convidado, respectivamente.[15]
Recepção
Críticas
No Metacritic, a temporada recebeu "críticas geralmente favoráveis", atingindo uma pontuação de 74 em 100 pontos, com base em 22 críticas.[20] O agregador de críticas Rotten Tomatoes concedeu 81% de aprovação dentre 46 avaliações. O consenso diz que "Homeland está de volta ao topo, com uma energia renovada e foco não visto desde sua primeira temporada".[21]
Verne Gay, da Newsday, deu à estreia da temporada uma nota "A+" e escreveu que o programa "parece tão fresco, importante e relevante quanto as notícias de ontem - ou as notícias de amanhã. Um começo inteligente e revigorante".[22] Mary McNamara, do Los Angeles Times também notou a melhora da série e escreveu: "Os primeiros episódios são fortes, se não tão destrutivos quanto a temporada inaugural".[23] O final da temporada foi bem recebido, com o Rotten Tomatoes dando ao episódio uma classificação de 100% baseada em 13 críticas, dizendo que "Subvertendo as expectativas, "Long Time Coming" faz um final inteligente, afiado e satisfatoriamente subjugado para uma excelente temporada de Homeland".[24]
Repercussão negativa
De acordo com uma reportagem do New York Post, diplomatas do Paquistão estavam irritados com a representação do país na quarta temporada. Nadeem Hotiana, porta-voz da Embaixada do Paquistão, disse: "Difamar um país que tem sido um parceiro próximo e aliado dos EUA é um desserviço não apenas aos interesses de segurança dos EUA, mas também ao povo dos EUA".[25] Uma fonte foi citada dizendo: "Islamabad é uma cidade tranquila e pitoresca com belas montanhas e vegetação exuberante. Em Homeland, é retratada como um buraco infernal e zona de guerra onde tiroteios e bombas explodem com cadáveres espalhados. Nada está mais longe da verdade".[25]
Os diplomatas notaram falhas na representação de Islamabad, incluindo a falta de vegetação, visto que a Cidade do Cabo foi usada para simular a capital paquistanesa.[25] Também houve insatisfação com o retrato do tratamento ao terrorismo no Paquistão: "Insinuações repetidas de que uma agência de inteligência do Paquistão é cúmplice na proteção dos terroristas às custas de civis paquistaneses inocentes não é apenas absurdo, mas também um insulto aos sacrifícios finais dos milhares de seguranças paquistaneses na guerra contra o terrorismo".[25] Um artigo de opinião escrito por Laura Durkay no The Washington Post, criticou a série por perpetuar estereótipos culturais e Islamofobia.[26]
Na 5.ª edição do Critics' Choice Television, a temporada recebeu duas indicações: melhor série dramática e melhor ator coadjuvante em série dramática (Mandy Patinkin).[31] Na 67.ª edição do Emmy do Primetime, a temporada recebeu indicações em 5 categorias dramáticas: melhor série, melhor atriz (Danes), melhor ator convidado (F. Murray Abraham), melhor direção (Lesli Linka Glatter, pelo episódio "From A to B and Back Again") e melhor mixagem de som em série de comédia ou drama (pelo episódio "Redux").[32]