A história bancária ou história do sistema bancário começou por volta de 2000 a.C. na Assíria, Índia e Suméria com mercadores globais que davam empréstimos de grãos a fazendeiros e comerciantes que transportavam mercadorias entre cidades. Mais tarde, na Grécia Antiga e durante o Império Romano, credores estabelecidos em templos davam empréstimos, enquanto aceitavam depósitos e realizavam a troca de dinheiro. A arqueologia desse período na China e Índia antigas também mostra evidências de empréstimos de dinheiro.
O desenvolvimento do sistema bancário se espalhou do norte da Itália por todo o Sacro Império Romano, e nos séculos XV e XVI para o norte da Europa. Isso foi seguido por uma série de inovações importantes que ocorreram em Amsterdã durante a República dos Países Baixos no século XVII, e em Londres desde o século XVIII. Durante o século XX, os desenvolvimentos em telecomunicações e computação causaram grandes mudanças nas operações dos bancos e permitiram que os bancos aumentassem drasticamente em tamanho e distribuição geográfica. A crise financeira de 2007–2008 causou muitas falências bancárias, incluindo alguns dos maiores bancos do mundo, e provocou muito debate sobre a regulamentação bancária.
A mudança da dependência da caça e coleta de alimentos para práticas agrícolas, iniciada em algum momento depois de 12 mil a.C., resultou em maior estabilidade das relações econômicas. Tais mudanças começaram há aproximadamente 10 mil anos no Crescente Fértil, há cerca de 9.500 anos no norte da China, há cerca de 5.500 anos no México e há aproximadamente 4.500 anos nas partes orientais dos Estados Unidos.[4][5][6]
Objetos usados para manutenção de registros, as bullae ou tokens, foram recuperados em escavações no Oriente Próximo, datados de um período que começou em 8000 a.C. e terminou em 1500 a.C., como registros da contabilidade de produtos agrícolas. A partir do final do quarto milênio, símbolos mnemônicos passaram a ser usados por membros de templos e palácios para registrar estoques de produtos. Tipos de registros contábeis para trocas comerciais de pagamentos começaram a ser feitos por volta de 3200 a.C. O Código de Hamurabi, escrito em uma tábua de argila por volta de 1700 a.C., descreve a regulamentação da atividade bancária nessa civilização; embora ainda rudimentar, o sistema bancário estava suficientemente desenvolvido para justificar leis que governavam as operações bancárias.[nt 1] Mais tarde, durante o Império Aquemênida (depois de 646 a.C.),[7] mais evidências são encontradas de práticas bancárias na região da Mesopotâmia.[8][9][10][11][12][13][14][15]
Estrutura
Por volta do quinto milênio a.C. foram desenvolvidos na Suméria assentamentos, como Eridu, em torno de um templo central. Nesse período, as pessoas começaram a construir e viver em cidades, fornecendo uma estrutura para a construção de instituições e estabelecimentos. Tell Brak e Uruque foram dois primeiros assentamentos urbanos.[11][16][17][18][19]
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↑A palavra "banco" reflete as origens dos serviços bancários nos templos. De acordo com a famosa passagem do Novo Testamento, quando Jesus expulsou os cambistas do templo em Jerusalém, ele derrubou suas mesas (Mateus 21:12). Na Grécia, os banqueiros eram conhecidos como trapezitai, um nome derivado das mesas onde se sentavam.
Citações
↑Hoggson, N. F. (1926) Banking Through the Ages, Nova Iorque, Dodd, Mead & Company.
↑Goldthwaite, R. A. Banks, Places and Entrepreneurs in Renaissance Florence, (1995)
↑Fagan, Brian M. (2002). World prehistory: a brief introduction. [S.l.]: Prentice Hall
↑Ur, Jason A. 2007 Early Mesopotamian urbanism: a new view from the North. Antiquity 81(313): 585–600. – [1] Retrieved 1 July 2012
Leitura adicional
Andreades, Andreas Michael. History of the Bank of England (Routledge, 2013)
Cameron, Rondo. Banking in the Early Stages of Industrialization: A Study in Comparative Economic History (1967)
Cameron, Rondo et al. International Banking 1870–1914 (1992)
Cassis, Youssef; Grossman, Richard S.; Schenk, Catherine R., eds. (2016). The Oxford Handbook of Banking and Financial History. New York: Oxford University Press. ISBN978-0-19-965862-6
Feis, Herbert. Europe the World's Banker, 1870–1914 (1930) online
Ferguson, Niall. The House of Rothschild: Volume 2: The World's Banker: 1849-1999 (2000)
Grossman, Richard S. Unsettled Account: The Evolution of Banking in the Industrialized World Since 1800 (Princeton University Press; 2010) 384 pages. Considers how crises, bailouts, mergers, and regulations have shaped the history of banking in Western Europe, the United States, Canada, Japan, and Australia.
Klebaner, Benjamin J. American commercial banking: A history (Twayne, 1990). online
Kobrak, Christopher, and Wilkins, Mira, eds. History and Financial Crisis: Lessons from the 20th Century (Routledge, 2014)
Komai, Alejandro, and Gary Richardson. "A history of financial regulation in the USA from the beginning until today: 1789 to 2011." in Handbook of Financial Data and Risk Information I (2014): 385+.
Lane, Nicholas. "The Fathers of English Banking." History Today (Mar 1953) 3#3 pp 190–199
Meltzer, Allan H. A History of the Federal Reserve (2 vol. U of Chicago Press, 2010) on U.S.
Michie, Ranald C. British Banking: Continuity and Change from 1694 to the Present (Oxford UP, 2016) 334 pp. online review
Murphy, Sharon Ann. Other People's Money: How Banking Worked in the Early American Republic (2017) online review
Neal, Larry. "How it all began: the monetary and financial architecture of Europe during the first global capital markets, 1648–1815." Financial History Review (2000) 7#2 pp: 117–140.