Helen Wills Moody
Helen Newington Wills Roark (Centerville, 6 de outubro de 1905 - Carmel, 1 de janeiro de 1998)[1][2] foi uma tenista norte-americana, expoente feminina que se tornou a primeira grande campeã do tênis mundial, vencendo 19 vezes torneios de Grand Slam em simples e 31 vezes no total, além de ter ganho 2 medalhas de ouro olímpicas nos jogos de Paris 1924. Também foi escritora e artista plástica.[2] BiografiaNascida em Centerville, foi criada em Point of Timber, próximo de Byron.[2] Cursou a Universidade da Califórnia em Berkeley, formando-se em 1925 em artes plásticas, como membro da sociedade Phi Beta Kappa.[2] Casou-se em primeiras núpcias com Frederick Moody em dezembro de 1929, quando já estava estabelecida como uma grande tenista.[2] O casamento terminou em 1937, quando divorciaram-se.[2] Em outubro de 1939, casou-se em segundas núpcias com Aidan Roark.[2] Não teve filhos.[2] O senador democrata pela Califórnia James D. Phelan era grande amigo de Wills e a convidou para passar uma temporada em sua propriedade, a Villa Montalvo, perto de Saratoga. Por hobbie, escreveu duas obras em poesia, "The Awakening" e "The Narrow Street", que foram apresentados em um festival literário apoiado por Phelan, em 1926, onde foi laureada. O próprio Phelan escreveu um poema em ode à Wills.[3] Em 1928, Phelan encomendou a Haig Patigian que criasse uma obra em homenagem a Wills. No mesmo ano, Patigian criou um busto de Wills, que foi doado por Phelan para o M. H. de Young Memorial Museum. Com a sua morte em 1930, Phelan deixou para Wills a quantia de USD$ 20 mil, como "reconhecimento da sua conquista do campeonato de tênis para a Califórnia".[4] Wills conheceu o pintor Diego Rivera e sua esposa Frida Kahlo no estúdio em San Francisco de seu amigo Ralph Stackpole em 1930. Rivera usou Wills como uma das modelos para a obra Allegory of California, para a sede social do clube da San Francisco Stock Exchange. Entretanto, não permitiram que ali tivesse qualquer pessoa viva representada, assim, Rivera providenciou algumas alterações, de forma a esconder os traços de Wills. Escreveu um guia sobre tênis em 1928 (Tennis), sua autobiografia (Fifteen-Thirty: The Story of a Tennis Player) em 1937 e a novela de mistério Death Serves an Ace, com Robert Murphy, em 1939.[2] Também foi articulista para vários jornais. Durante sua vida, pintou vários quadros e ilustrou seu livro Tennis, tendo várias de suas obras expostas em várias galerias de Nova Iorque. Jogaria tênis até os oitenta anos. Antes de falecer, em 1998, doou USD$ 10 milhões para a Universidade da Califórnia em Berkeley para a criação de um Instituto de Neurociência, que se transformou no Helen Wills Neuroscience Institute, criado em 1999, que atualmente tem 40 pesquisadores e 36 docentes. CarreiraWills era tida como introvertida e tímida em quadra, raramente demonstrando emoções, ignorando suas oponentes e não tomando conhecimento da torcida.[5] Ganhou ao longo da carreira um total de 31 torneios Grand Slam de tênis (em simples, duplas femininas e duplas mistas), sendo oito Torneio de Wimbledon,[6] sete US Championships[7] e quatro Aberto da França em simples.[8] Chegou a sua primeira final de um torneio Grand Slam em 1922, aos 16 anos, perdendo o US Championships para Molla Bjurstedt Mallory. No ano seguinte, bateu a mesma Bjurstedt Mallory, conquistando seu primeiro torneio. Em 1924, participa do torneio olímpico em Paris e conquista duas medalhas de ouro, em simples e em duplas, ao lado de Hazel Wightman.[1][2] Em 1926, teve uma crise de apendicite durante o Aberto da França,[2] o que lhe prejudicou o ano, sendo este o único ano em que não disputou ao menos uma final de Grand Slam. Encontrou a Suzanne Lenglen apenas uma vez na carreira, na final do torneio de Carlton Club em Cannes, tendo entre os espectadores o Rei Gustavo V da Suécia, em partida muito disputada que teve, ao final, a vitória de Lenglen.[2] Ela foi membro do time americano na Wightman Cup, precursora da Fed Cup, em 1923, 1924, 1925, 1927, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932 e 1938. Entre 1927 e 1932, não perdeu sequer um set jogado, ganhando nesse período 5 Torneios de Wimbledon, 4 US Championships e 4 Abertos da França.[6] No total, nos gramados de Wimbledon disputou 51 partidas, obtendo 50 vitórias.[1] Em janeiro de 1933, disputou e venceu uma partida exibição contra Phil Neer, jogador n.º 8 do ranking masculino da USTA.[2] É, ainda hoje, considerada uma das mais completas e vitoriosas tenistas de todos os tempos. Teve seu nome incluso no International Tennis Hall of Fame em 1959.[1] Torneios de Grand SlamCampeã em simples (19)
Finais em simples (3)
Campeã em duplas feminina (9)
Finais em duplas femininas (1)
Campeã em duplas mistas (3)
Finais em duplas mistas (4)
Referências
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