Grande Prêmio da Alemanha de 1970
Resultados do Grande Prêmio da Alemanha de Fórmula 1 realizado em Hockenheim em 2 de agosto de 1970.[1] Oitava etapa da temporada, foi vencida pelo austríaco Jochen Rindt, da Lotus-Ford, com Jacky Ickx em segundo pela Ferrari e Denny Hulme em terceiro pela McLaren-Ford.[2][nota 1] ResumoEstreia de HockenheimPalco de vinte e nove edições do Grande Prêmio da Alemanha, o circuito de Nürburgring não sediará a edição de 1970 porque os organizadores da etapa germânica não realizaram a tempo as modificações em prol da segurança no local, conforme denunciava a Grand Prix Drivers' Association e por isso escolheram a pista de Hockenheim, próxima à cidade homônima, para a disputa da oitava etapa do mundial de Fórmula 1. O novo circuito, registre-se, foi reformado desde a morte de Jim Clark numa prova de Fórmula 2 em 1968.[3][4][5][nota 2] Exceto pela aposentadoria de Dan Gurney, substituído na McLaren pelo britânico Peter Gethin, o grid germânico era similar ao da prova anterior, na Grã-Bretanha. Dentre as equipes a Frank Williams Racing Cars foi limada do Grande Prêmio da Alemanha porque a De Tomaso de Brian Redman não atingiu o tempo necessário para classificar-se, dentre outros carros.[3] Após duelar com Jochen Rindt nos treinos, o belga Jacky Ickx superou o rival e obteve a quinquagésima pole position na história da Ferrari[6] deixando o piloto da Lotus atrás de si enquanto Clay Regazzoni (Ferrari), Jo Siffert (March), Henri Pescarolo (Matra) e Chris Amon (March) vinham a seguir com o campeão mundial, Jackie Stewart, apenas em sétimo com sua March/Tyrrell.[3] Última vitória de RindtJacky Ickx soube aproveitar a pole position e manteve o primeiro lugar sob uma perseguição feroz de Jochen Rindt durante seis voltas quando seu rival o ultrapassou, mas o ferrarista retomou a liderança no décimo giro, mas graças ao vácuo proporcionado pelas longas retas do circuito de Hockenheim, Rindt retornou à ponta na volta dezoito. Salvo alguma intrusão por parte de Clay Regazzoni (líder por duas voltas), o embate entre Ickx e Rindt foi a tônica do fim de semana e ao todo a liderança mudou de posição em onze oportunidades, com os rivais em questão alternando-se entre a primeira e a segunda posição no grid.[7] Na trigésima volta, a Ferrari de Clay Regazzoni rodou e saiu da pista deixando o terceiro lugar para Chris Amon, mas este sucumbiu a uma quebra de motor quatro giros mais tarde. Igual destino teve John Surtees ao herdar tão volátil posição. Dentre os coadjuvantes da prova cabe ressaltar o desempenho de Emerson Fittipaldi, pois embora fosse o terceiro piloto da equipe de Colin Chapman, o brasileiro guiava com esmero redobrado ao volante de um obsoleto Lotus 49. Décimo terceiro piloto no grid de largada, ele soube aproveitar os momentos de ultrapassagem e as quebras de seus adversários para ganhar terreno e chegou à zona de pontuação quando o câmbio da Matra de Henri Pescarolo falhou na quadragésima sexta volta. A quebra dos motores de John Surtees (agora piloto de sua própria equipe) e Jo Siffert (BRM) permitiram a Fittipaldi chegar na quarta posição igualando o resultado de Chico Landi (então piloto da Maserati) no Grande Prêmio da Argentina de 1956.[8][nota 3] Enquanto isso o duelo pela vitória seguia acirrado e nisso Jacky Ickx assumiu a liderança na volta 48, mas Jochen Rindt deu o troco na passagem seguinte. Num esforço final Ickx marcou a melhor volta da prova no último giro a fim de superar Rindt, mas o austríaco da Lotus resistiu e conquistou aquela que seria a última vitória de sua carreira[7] e durante a cerimônia de premiação ele cumprimentou Ickx em reconhecimento à dura e leal disputa que tiveram, num dia onde Denny Hulme levou sua McLaren à terceira posição, assumida a quatro voltas do fim com a quebra de John Surtees. Conforme já assinalado, Emerson Fittipaldi foi o quarto colocado e marcou os primeiros pontos de sua carreira e para o deleite dos alemães Rolf Stommelen ficou em quinto lugar com sua Brabham e Henri Pescarolo ainda levou sua Matra à sexta posição.[7] Jochen Rindt saboreou a vitória em Hockenheim de maneira singular, pois embora tivesse nacionalidade austríaca, nasceu na cidade alemã de Mainz, situada à margem esquerda do Rio Reno. Lembranças à parte, Rindt liderava o mundial de pilotos com 45 pontos e a Lotus era a melhor entre os construtores com 50 pontos. Classificação da prova
Tabela do campeonato após a corrida
Notas
Referências
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