Grada Kilomba
Grada Kilomba (Lisboa, 1968) é uma escritora, psicóloga, teórica e artista interdisciplinar portuguesa reconhecida pelo seu trabalho que tem como foco o exame da memória, trauma, género, racismo e pós-colonialismo e está traduzido em várias línguas, publicado e encenado internacionalmente.[1] [2] PercursoCom raízes em São Tomé e Príncipe e Angola, reside desde 2008 em Berlim (Alemanha) e a experiência de crescer, estudar e trabalhar em Portugal, um país com fortes traços colonialistas, marca profundamente o seu trabalho.[2] Conhecida principalmente pelo espaço híbrido que o seu trabalho cria, onde as fronteiras entre as linguagens académicas e artísticas se confinam. A multidisciplinaridade da sua obra expande-se desde à escrita, à leitura encenada dos seus textos, assim como instalações de video e performance, criando o que ela chama de “Performing Knowledge”.[3] Leciona em várias universidades internacionais e recentemente na Universidade de Humboldt, em Berlim, nas áreas de Estudos de Género e Estudos Pós coloniais.[4] As suas obras têm sido apresentadas em várias instituições artísticas renomadas da América, África e Europa, nomeadamente no Art Basel, The Power Plant em Toronto, Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, no Maxim Gorki Theater (Berlim), na Ballhaus Naunynstrasse (Berlim), na Universidade do Rio de Janeiro, e na Universidade de Acra (Gana), entre outros.[5] A Pinacoteca de São Paulo apresentou a primeira exposição individual de Grada Kilomba no Brasil, titulada "Grada Kilomba : Desobediências poéticas" com curadoria assinada por Valéria Piccoli. A exposição provoca a reflexão sobre a coleção de arte dos séculos XIX e XX do próprio museu, e por extensão toda História da Arte, criticando sobretudo suas raízes eurocêntricas e segredadoras.[6] Em 2021, no MAAT, inaugurou a sua primeira instalação de grande escala, O Barco/The Boat, composta por 140 blocos numa extensão de 32 metros de comprimento, localizada junto ao rio Tejo.[7] Em 2024, esta instalação foi exposta pela primeira vez no Brasil, em Inhotim.[8] Em 2022, foi escolhida para fazer parte da equipa de curadoria da 35.ª edição da Bienal de São Paulo, juntamente com Manuel Borja-Villel, Diane Lima e Hélio Menezes. O título da sua proposta é As Coreografias do Impossível.[9] ReconhecimentosEm abril de 2023, o ISPA atribuiu a Grada Kilomba o título de Doutora Honoris Causa.[10] Obras
Referências
Ligações Externas |
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