Giovannini (Coronel Fabriciano)
Giovannini é um bairro do município brasileiro de Coronel Fabriciano, no interior do estado de Minas Gerais. Localiza-se no distrito Senador Melo Viana, estando situado no Setor 4.[2] De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 3 020 habitantes, cujo valor representava 2,9% do total do município e estava distribuído em uma área de 0,5 km². A área do atual bairro era ocupada pela Fazenda Giovannini, administrada pela Arquidiocese de Mariana e pelo paulista Alberto Giovannini. Na década de 1950, o terreno foi loteado e o bairro foi oficialmente criado, sendo o nome uma homenagem ao paulista, que colaborou em várias construções do núcleo residencial, como a Escola Estadual Alberto Giovannini e o primeiro terminal rodoviário de Coronel Fabriciano, a atual Rodoviária Velha. Nas décadas seguintes, ocorreu o desenvolvimento comercial e infraestrutural da localidade, tornando-se uma das regiões mais populosas do município. Ressaltam-se, dentre outros marcos presentes, a Igreja Bom Pastor, que se destaca pelo seu mosaico feito com cerâmica em sua fachada, e o Cemitério Municipal Senhor do Bonfim. Através da Avenida Magalhães Pinto, constitui a principal ligação entre o Centro de Fabriciano e o distrito Senador Melo Viana. HistóriaA área onde está situado o bairro Giovannini fora de posse da chamada Fazenda Giovannini. Parte das terras, da Avenida Governador José de Magalhães Pinto (então Avenida Dom Helvécio) até a região do Belvedere, era de responsabilidade de Alberto Giovannini, enquanto que o restante (da Magalhães Pinto à região do Júlia Kubitschek) pertencia à Arquidiocese de Mariana, por intermédio do pároco local, padre Rocha, também responsável pelas terras dos atuais bairros São Domingos, Recanto Verde e Bom Jesus, dentre outros.[3][4] Na década de 1950, o terreno foi loteado e assim transformado em bairro, cujo nome recebido constitui uma referência a Alberto Giovannini, nascido no município paulista de Queluz e presente em Coronel Fabriciano desde agosto de 1927, município onde veio a falecer a 25 de setembro de 1963.[3] Em Coronel Fabriciano, Alberto Giovannini atuou como empresário, comerciante, proprietário de terras e bancário, tendo inaugurado a primeira agência bancária da cidade — o Banco da Lavoura[3] — e doado terrenos para a construção do primeiro cemitério municipal, o Cemitério Municipal Senhor do Bonfim,[5] e da primeira escola estadual do município, inaugurada em 1969 e batizada de EE Alberto Giovannini. Também colaborou com as negociações da construção do primeiro terminal rodoviário de Fabriciano, local hoje conhecido como "Rodoviária Velha", onde se concentram lojas e apartamentos de classe baixa.[3] Em 1978, ocorreu o lançamento da pedra fundamental da Igreja Bom Pastor, construída em uma área que vinha sendo usada pela população para a realização de eventos. O desenvolvimento estrutural e demográfico associado ao comércio representativo fez com que o Giovannini se tornasse uma das regiões mais populosas da cidade.[1][3] Geografia e demografiaO bairro Giovannini possui área total de 0,5 km², limitando-se com os bairros Melo Viana, Santo Eloy, Belvedere (estes a norte), Alto Giovannini (oeste), Nazaré, Centro, Professores (sul), Bom Jesus, Vila Bom Jesus e Júlia Kubitschek (leste).[1][6] O Alto Giovannini se originou como uma extensão da ocupação original, porém é considerado como um bairro independente tanto pelo IBGE[7] como pelo sistema de geoprocessamento da administração municipal em 2020.[8] A malha urbana do Giovannini é banhada pelo ribeirão Caladão, que corta a cidade e recebe sujeira e poluição originada de residências e pequenas indústrias, oficinas ou matadouros de suas margens,[9] sendo que na época das chuvas são comuns enchentes nas áreas mais baixas do bairro.[10][11] Em 2010, a população do núcleo residencial foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 020 habitantes,[1] sendo comparável a cidades mineiras como Jaguaraçu, Rio Doce e Carmésia.[12] Dentre os bairros que Fabriciano se subdivide, o Giovannini ocupava a 11ª posição entre os mais populosos, englobando 2,9% da população municipal e 5,6% da população do distrito Senador Melo Viana, sendo a densidade demográfica de 5 492,91 habitantes por quilômetro quadrado.[1] Do total de habitantes, 1 421 eram homens (47,1% do total) e 1 599 mulheres (52,9%).[1] Também segundo o IBGE, no ano de 2010 havia no total 1 088 domicílios.[1] Apesar de seu interior constituir uma área predominantemente residencial e de estar situado entre o bairro Melo Viana e o Centro de Fabriciano, que são os principais núcleos comerciais do município, o Giovannini em si também concentra um considerável fluxo comercial, em especial às margens da Avenida Magalhães Pinto.[3][13][14] A Igreja Bom Pastor representa a sede da Comunidade Bom Pastor, cuja atuação pastoral católica também abrange os bairros vizinhos, estando subordinada à Paróquia Santo Antônio, jurisdicionada à Diocese de Itabira-Fabriciano.[3] Em relação a outros credos religiosos, o bairro abriga um templo das Testemunhas de Jeová e a sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia.[3][15] InfraestruturaSegundo dados da Secretaria Estadual de Educação (SEE), são algumas das instituições de ensino localizadas no Giovannini: o Centro Pedagógico Sítio do Pica-pau, que é privado e fornece a educação infantil e as séries iniciais do ensino fundamental (até o 5º ano); a Escola Estadual Professor Francisco Letro, que oferece do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; e a Escola Estadual Alberto Giovannini,[16] que é a primeira escola estadual do município e oferece o ensino médio.[3] Esta se posiciona entre as escolas com melhor desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em Coronel Fabriciano.[17] O serviço de abastecimento de água é feito pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), enquanto que o abastecimento de energia elétrica é de responsabilidade da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), sendo que 100% da população possui acesso à rede elétrica.[15] Há uma agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que está localizada na Avenida Magalhães Pinto.[18] O primeiro terminal rodoviário da cidade localizava-se no Giovannini, porém este foi substituído por outro, no Centro de Fabriciano.[15] A Magalhães Pinto liga o bairro à Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves e esta o conecta, posteriormente, às cidades vizinhas de Ipatinga e Timóteo.[19] O Trevo Pastor Pimentel, que é o entroncamento das avenidas Magalhães Pinto e Tancredo Neves, também divide o Giovannini do Centro fabricianense.[15] Há linhas de ônibus do transporte público municipal que atendem ao bairro, sendo que muitos dos trajetos que ligam a região central ao interior do distrito Senador Melo Viana utilizam a Avenida Magalhães Pinto para chegar aos seus destinos.[20] CulturaDentre os principais marcos do bairro, destaca-se a Igreja Bom Pastor, cuja fachada apresenta um mosaico feito em cerâmica retratando a figura de Jesus com um rebanho de ovelhas.[15] Também há o Cemitério Municipal Senhor do Bonfim, onde já foram enterrados cerca de 30 mil corpos em aproximadamente duas mil covas, sendo que grande parte delas possui acabamento de ardósia, granito e mármore.[21] A Avenida Magalhães Pinto concentra boa parte da vida noturna do município, com uma considerável presença de bares e restaurantes.[13] No bairro destacam-se ainda as atividades de lazer voltadas à população, que, muitas vezes, são organizadas pela Comunidade Bom Pastor ou nas escolas. A igreja celebra anualmente, em maio, a Festa do Bom Pastor, com procissões, missas e espetáculos em homenagem ao padroeiro que dá nome à igreja.[22] As escolas estaduais situadas na localidade também organizam eventos voltados à população, como campanhas de conscientização ambiental e palestras educativas,[23] e no feriado de Finados o Cemitério Municipal recebe milhares de visitas nos túmulos.[24] Semanalmente ainda é organizada a feira livre do bairro, que surgiu em meados da década de 70, inicialmente no Centro de Fabriciano. Anos depois foi transferida para o bairro dos Professores e o Nazaré, até chegar ao Giovannini.[3] Ver tambémReferências
Ligações externas
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