Giovanni Benelli
Giovanni Cardeal Benelli (Poggiole di Vernio, 12 de maio de 1921 - Florença, 26 de outubro de 1982)[1] foi um cardeal italiano, arcebispo de Florença e considerado como papabile no conclave de agosto de 1978. BiografiaNascido em Poggiole di Vernio, vinculado à diocese de Pistóia, foi batizado no dia seguinte ao seu nascimento, na Igreja de São Leonardo em San Quirico di Vernio[1]. Era o mais novo de cinco irmãos e seu tio, Guido Benelli, entrou para a Ordem dos Frades Menores, tendo morrido em santidade[1]. Deu entrada no Seminário Diocesano de Pistóia em 18 de outubro de 1931[1], onde iniciou seus estudos fundamentais. Em 23 de dezembro de 1939, recebe a tonsura clerical. Entre 1943 e 1947, estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma[1], concluindo seus estudos religiosos na Pontifícia Academia Eclesiástica, também em Roma[1]. Ordenado em 31 de outubro de 1943, na igreja paroquial de Poggiole di Vernio, por Giuseppe Debernardi, bispo de Pistoia, com dispensa por não ter ainda atingido a idade canônica[1]. Vida religiosaSacerdócioRealizou trabalhos pastorais na diocese de Roma, entre 1943 e 1950. Nomeado secretário particular de Giovanni Battista Montini em 1 de agosto de 1947, Benelli mais tarde foi elevado à categoria de Monsenhor em 16 de julho de 1950[1]. Ele serviu como secretário de nunciaturas para Irlanda (1950-1953) e França (1953-1960)[1]. Benelli foi então apontado para os seguintes cargos: auditor da nunciatura para o Brasil (1960-1962), conselheiro da Nunciatura Apostólica na Espanha (1962-1965), e observador permanente da Santa Sé para a UNESCO em Paris (1965-1966)[1]. EpiscopadoConsagrado arcebispo-titular de Tusuro e nomeado pró-núncio apostólico no Senegal e delegado apostólico para a África Ocidental em 11 de junho de 1966[1][2][3], sendo consagrado em 11 de setembro de 1966, em Roma, pelo cardeal Amleto Giovanni Cicognani, cardeal-bispo da suburbicária de Frascati e Cardeal Secretário de Estado, assistido por Pietro Sigismondi e por Mario Longo Dorni[1]. Foi nomeado Substituto da Secretaria de Estado em 29 de junho de 1967[1], cargo que exerceu até 1977. Transferido para a sede metropolitana de Florença em 3 de junho de 1977[1][2][3], foi proclamado cardeal no consistório realizado em 27 de junho de 1977[1][2][3]. CardinalatoFoi-lhe conferido o barrete cardinalício na mesma data do consistório[1], com o título de cardeal-padre de Santa Prisca[2][3]. Participou da IV Assembleia Ordinário do Sínodo Mundial dos Bispos. Com a morte do Papa Paulo VI, participou do conclave de agosto de 1978 como cardeal-eleitor. Por sua posição moderada, era considerado líder da ala menos conservadora da Igreja. Além dessa característica, tinha origem italiana, como os últimos Papas (desde 1522, com a eleição do Papa Adriano VI, não era eleito um Papa não-italiano), fatores que o tornaram um dos papabile. Entretanto, durante a eleição do novo Papa, Benelli apoiou o Patriarca de Veneza Albino Luciani, eleito Papa João Paulo I[4][5]. Participou ainda do conclave de outubro de 1978, quando Karol Wojtila foi eleito Papa João Paulo II. Participou da I Assembleia Plenária do Sagrado Colégio Cardinalício em 1979 e da V Assembleia Ordinário do Sínodo Mundial dos Bispos, em 1980[1]. Manteve-se como cardeal-arcebispo de Florença até 1982, quando sofreu um ataque cardíaco. Jaz hoje na Basílica di Santa Maria del Fiore, em Florença. Referências
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