Giorgio Grassi (Milão, 27 de outubro de 1935) é um dos arquitetos ilalianos modernos mais importantes da atualidade, pelo impacto da sua obra construída e, pelo conjunto de reflexões em torno da historicidade na arquitetura, a escrita. Fez parte da Escola Italiana Racionalista, movimento conhecido como a La Tendenza e que surgiu na década de sessenta do século passado e que teve, entre os seus integrantes, Carlo Aymonino e Aldo Rossi. Influenciada por Ludwig Hilberseimer, Heinrich Tessenow e Adolf Loos, a arquitetura de Grassi é a mais severamente racional do grupo: a sua produção prática é de pura simplicidade, de grande clareza formal, de uma honestidade sem bajulação e de uma grande retórica; geralmente a sua obra refere-se a arquétipos históricos sobre a forma e o espaço e possui um grande sentido de integração com o espaço urbano e o contexto em que se insere. Por estas razões, Grassi é considerado um não-conformista e um crítico da arquitetura convencional e tradicional.
Grassi nasceu na cidade de Milão, em Itália. Estudou arquitetura na universidade Politécnica de Milão, finalizando o curso em 1960.[1] Trabalhou para a famosa revista Casabella-continuità durante três anos, desde 1964 até 1967, e foi professor em várias universidades, onde se destaca o seu trabalho de docência, desde 1965, no Politécnico de Mião.[2] Grassi notabilizou-se pelos seus escritos, sendo The Logical Construction of Architecture (1967),[1]Architecture as a Craft (1979) os seus textos mais notáveis e com maior impacto. Com Aldo Rossi, Grassi defendeu que a arquitetura tinha que olhar para dentro de si como uma metodologia autónoma, separada dos acontecimentos políticos, económicos, sociais e tecnológicos.[1]
Descrita como severamente racional, a arquitetura de Grassi também incorpora uma sensibilidade à arquitetura clássica e neo-clássica (Alberti, Schinkel), mas é, ao mesmo tempo profundamente influenciado pelo movimento moderno, especialmente na Alemanha e na Áustria. As intervenções de Grassi são caraterizadas pelo uso de tijolos expostos na maioria dos seus edifícios, bem como janelas quadradas. Manfredo Tafuri também influenciou Grassi, bem como todo o movimento La Tendenza.
Projetos
1960 Casa abbinate a Capo Migliarese presso Bordighera
1997 Ricostruzione del castello di Valkof a Nimega
1997 Adeguamento del presbiterio della cattedrale di Pisa
1999 Edificio pubblico in piazza Garibaldi a Treviglio
2000 Chiesa parrocchiale dei Santi Patroni Martiri di Selva Candida a Roma
2000 Riabilitazione e completamento del castello di Deutschlandsberg
2000 Restituzione e riabilitazione del teatro romano di Brescia
2001 Unità residenziale sul Wittenburgervaart ad Amsterdam
2004 Nuova sede della cassa di risparmio di Firenze
2004 Due case unifamiliari nel quartiere «Am Horn» a Weimar
2007 Riqualificazione urbanistica del complesso ospedaliero universitario di Santa Chiara, prospiciente la Piazza dei Miracoli Pisa
Obra escrita
La costruzione logica dell'architettura, Marsilio, Padova 1967 (rist. Franco Angeli, Milano 2008)
Normativa architettonica e regolamenti edilizia, C.L.U.A, Pescara 1975
L'architettura come mestiere e altri scritti, Franco Angeli, Milano 1980
Giorgio Grassi e il progetto per la casa dello studente di Chieti, C.L.U.A, Pescara 1980
Giorgio Grassi. Progetto per il Teatro Romano di Sagunto, C.L.U.A., Pescara 1987
Architettura lingua morta, Electa, Milano 1988
Giorgio Grassi. Progetti per la città antica, Federico Motta, Milano 1995
Antichi maestri, Unicopli, Milano 1999
Giorgio Grassi. Scritti scelti, Franco Angeli, Milano 2000
Teatro romano di Brescia. Progetto di restituzione e di riabilitazione, Electa, Milano 2003
Leon Battista Alberti e l'architettura romana, Franco Angeli, Milano 2006
Una vita da architetto, Franco Angeli, Milano 2008
Bibliografia
Grassi, Giorgio. 1988. Architettura, lingua morta = Architecture, dead language. Quaderni di Lotus, 9. Milano: Electa.
Grassi, Giorgio, Pilar Insausti, and Tito Llopis. 1994. Giorgio Grassi: obras y proyectos 1962-1993 : [exposición] 28 enero-20 marzo 1994. [Milan]: Electa.