Garça-real-comum
A Ardea cinerea, comummente conhecida como garça-real-comum [2], é uma ave pernalta ciconiforme, da família dos Ardeídeos, que marca presença em território português.[3] Nomes comunsÉ também comummente conhecida como garça-real [4][5][6](nome que partilha com a espécie Pilherodius pileatus, no Brasil)[7][8] e garça-cinzenta[3][9], ou ainda galangundo[10] em Angola. EtimologiaQuanto ao nome científico desta espécie:
DescriçãoÉ uma ave pernalta, que se destaca pelo seu longo e alvadio pescoço e pela coloração cinzenta-clara da sua plumagem dorsal e das asas.[4] Na época de acasalamento pode assumir cambiantes de coloração amarela-acinzentada ou alaranjada.[5] A cabeça é esbranquiçada com uma lista negra supraocular que se estende até às penas nucais, rematando nuns penachos compridos e escuros, nos indivíduos adultos.[3] Os olhos soem de sobressair pela íris amarela.[5] Apresenta pernas altas e compridas e bico longo, pouco afilado, tendencialmente rectilíneo de coloração amarelo-alaranjada.[3] As patas, por seu turno, são compridas e avermelhadas. Pode medir de comprimento até cerca de 1 metro, comportando uma envergadura de 179 a 195 cm e peso de 1,6 a 2 kg.[5] Pode viver cerca de 25 anos.[5] Os espécimes juvenis apresentam cores mais claras, dorso cinzento-acastanhado e ventre branco raiado de negro e não possuem penacho. Atingem a maturidade aos dois anos de idade. Distinção com outras espéciesA garça-cinzenta pode confundir-se com a Ardea purpurea, distinguindo-se daquela mercê da ausência de tons castanhos ou arruivados na sua plumagem.[4] Quando em voo, a garça-cinzenta retrai o pescoço em 'S'[3], característica esta que a distingue da Ciconia ciconia.[4] DistribuiçãoÉ a garça mais abundante e difundida no continente europeu.[5] Marca presença em todo o território português continental, tanto no litoral como no interior.[4] PortugalA garça-cinzenta encontra-se em Portugal ao longo de todo o ano, sendo certo que, porém, costuma ser mais numerosa fora da época de nidificação.[5] Geralmente marca presença em espaços hrigrófitos e zonas húmidas, mormente nos grandes estuários e lagoas costeiras, junto a margens pouco inclinadas e pouco obstruídas por vegetação densa.[4] Aquando da época de nidificação, esta espécie escasseia mais, coarctando a sua distribuição geográfica.[4] Há algumas colónias assinaladas e protegidas no Alentejo, especialmente nos distritos de Évora e Portalegre[5], sendo certo que também são amplamente conhecidos espaços de nidificação noutros pontos do território nacional.[4] As garças-reais-comuns, quando não nidificam em Portugal, podem ser vistas nas zonas de invernada ao longo do período da Primavera.[4] HabitatPrivilegia um vasto leque de zonas húmidas, como as zonas costeiras, lagoas costeiras, estuários, barragens e albufeiras, rios e ribeiras[3], junto a margens pouco inclinadas e pouco obstruídas por vegetação densa.[4] Tem nas árvores das orlas dos rios o espaço predileto para a nidificação, sendo comum uma mesma árvore abarcar diversos ninhos.[5] Apesar de considerada uma ave aquática, não despreza as zonas agrícolas, recentemente aradas, onde anda à cata de répteis, anfíbios e mesmo pequenos mamíferos.[5] Muitas vezes partilha o habitat das cegonhas. AlimentaçãoÉ nas zonas húmidas onde habita que encontra o seu alimento, especialmente pequenos peixes, crustáceos, insectos e répteis, mas não despreza batráquios, pequenos mamíferos ou moluscos terrestres e aquáticos.[5] Digere bem as espinhas mas regurgita os pelos dos roedores na forma de bolas. No que repeita às suas tácticas de caça, a garça-real serve-se das suas reacções rápidas e dinâmicas para capturar as presas.[5] Ao pescar, posiciona-se junto à margem, de atalaia ao menor movimento dos peixes.[5] Assim que avista algum, proclina-se para diante, esticando o pescoço e arpoando-o subitamente com o bico.[5] Normalmente engole os peixes inteiros, se bem que, os maiores, devora-os em terra.[5] ReproduçãoReproduz-se de Fevereiro a Julho. Costumam escolher as árvores das orlas dos rios como espaço para a nidificação, sendo comum uma mesma árvore abarcar colónias de garças-reais.[5] O seu ninho é chato, em forma de plataforma, semelhante ao das cegonhas. A fêmea põe de 3 a 6 ovos muito claros. Os ovos são cobertos alternadamente pelos dois progenitores durante 25 a 28 dias. Os jovens começam a voar ao fim de 50 dias e abandonam o território dos pais ao fim de 8 a 9 semanas. TaxonomiaExistem 4 subespécies:
Referências
Ligações externas
|
Portal di Ensiklopedia Dunia