Gandu
Gandu é um município brasileiro do estado da Bahia. Está situado na Região Geográfica Imediata de Ipiaú, dentro da Região Geográfica Intermediária de Vitória da Conquista. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 32 778 habitantes.[2] HistóriaOficialmente, em 1903, quem primeiro visitou essas matas foi o Coronel Barachisio Lisboa acompanhado do engenheiro Horácio Lafer e Mesquita, reivindicando-as para o município de Santarém (Ituberá). No dia 6 de maio daquele mesmo ano, tal reivindicação era afinal reconhecida pelo governo do estado da Bahia. E quando o pequeno veleiro aportava no cais de Santarém (Ituberá), levando notícia tão importante e esperada, o lar do velho Barachísio Lisbôa era enriquecido com o nascimento que tomou, em razão das alegrias do evento, o nome de Vitória Libânio, tal personagem era a esposa de Manoel Libânio Da Silva Filho " Maneca Libânio", a quem muito devem o comércio, a política e toda a sociedade ganduense. Logo depois, Joaquim Monteiro da Costa se fixou na Fazenda Paó. Na mesma, época migravam para esse território Manoel Cirilo de Carvalho e D. Rosalina Moura de Carvalho, formando a Fazenda Gavião na vila nova de Nova Ibiá e Salustiano Borges, donatário da fazenda Bom Jardim. Em abril de 1904, um negro cortês e de jeito nobre - Fulgêncio Alves da Palma iniciava na zona do Braço do Norte, o plantio da fazenda Jenipapo. Ainda no começo do século, precisamente no primeiro trimestre de 1907, visando investir na produção cacaueira, vindo da cidade de Areia, hoje Ubaíra, chegavam nestas matas José Amado Costa e Gregório Monteiro da Costa, mais conhecido este como Góes Monteiro, ambos lavradores em busca de solo fértil para a cultura do cacau. José Amado Costa se fixou nesta área, comprando uma fazenda e levantando casa em frente de um pé de pequi, onde nas noites frias da terra chuvosa e úmida, dormia um corujão onde construída a igreja matriz São José, sugerindo ao migrante o nome "Corujão" para a fazenda adquirida. Esta é a origem histórica desta cidade, que nasceu sob a sombra daquele majestoso pequi existente onde é hoje a praça São José. Quanto ao Gregório Monteiro da Costa irmão do principal desbravador, plantou mais adiante suas primeiras roças de cacau no lugar que tomou o nome de Paiol para ser convertido posteriormente, acreditamos que por corruptela de assalariados agrícolas, no designativo simples e atual de "Paó". Outra versão é a de que o nome decorreria dos trinos de um pássaro com semelhante som, ou da existência de muitos pássaros com essa nome sempre em revoada no local. Em 1919, Corujão já era um arraial de 37 palhoças e 15 casas de taipa. A construção de casas de taipas e palhoças para abrigar a população local, contribuiu para a formação do arraial "Corujão". O desenvolvimento desse arraial proporcionou o surgimento da vila nomeada de "Gandu", tomando o mesmo nome do rio Gandu que o banha e tem nascente na serra da "pedra-chata". Habitavam muitos jacarés guandus nesse rio e nas lagoas da época, por isso a inspiração do nome atual da cidade. Pois os dois rios que banham essa cidade eram "habitat" natural desses jacarés. E é por isso também que a bandeira ganduense tem como símbolo um jacaré. O vocábulo Gandu veio do tupi candua ou candu = (Caa = ‘mato’+ u = ‘rio’), (o ü que o luso atolado transformou em y = ‘rio’), isto é, “caaú”, eufonicamente “candu ou gandu” que significa ‘rio do mato’; Emancipação políticaEm 6 de Agosto de 1920, a vila pertencente a Ituberá, tornou-se distrito. Este foi crescendo com o trabalho do seu povo a ponto de levantar um movimento para sua emancipação política, tendo a frente grandes nomes da terra, liderados pelo deputado estadual Nelson David Ribeiro (nome dado ao hospital da cidade). Essa luta não foi em vão e, através do decreto estadual n°1008 de 28 de julho de 1958, no governo de Manoel Libânio da Silva, foi concretizada a emancipação política de Gandu, tornando-se distritos dessa cidade, os povoados de Nova Ibiá e Itamari, que pertenciam ao município de Ituberá. Em 1958, com o Decreto Estadual nº 1.008, de 28 de julho do mesmo ano, foi criado o município de Gandu, desmembrado, assim, de Ituberá e constituído dos distritos de Gandu (sede), Nova Ibiá e Itamari” (Hoje, Nova Ibiá e Itamari são municípios)". PolíticaA política na cidade sempre foi alvo de muitas disputas. Os governantes do município foram:
Geografia
LocalizaçãoA 290 km de Salvador (capital baiana) por via rodoviária e 140 km em linha reta. Gandu está situado às margens da principal rodovia federal: BR-101, que liga a capital do estado à região. Situa-se a 145 km de Itabuna e 160 km de Ilhéus. Limites
HidrografiaA hidrografia da cidade é formada pelos rios: Gandu, com nascente na Pedra Chata, Ganduzinho, Rio do Peixe, Rio Braço do Norte que se localizam na bacia do leste e por afluentes considerados riachos como Tabocas de Cima, Tesuora e Mineiro. A Sub-bacia do Rio Gandu (SBRG) é uma unidade territorial importante para Bacia do Recôncavo Sul. Abrange área de 238,522km², perímetro de 115,5 km e o comprimento do eixo da bacia de 27,186km. Seu Índice de Circularidade encontrado, 0,69, indica que a SBRG é circular e, em condições normais de precipitação, é suscetível a enchentes, quando a água sobe até a calha do rio, sem transbordamento para a planície de inundação. A densidade de rios é de 2,64, indicando baixa capacidade de gerar novos cursos de água. A SBRG possui uma densidade de drenagem de 1,47, sendo um valor mediano e indicam áreas com maior infiltração e estruturação dos canais menos definida.[8] Em cenário de índice pluviométrico excepcional, a SBRG tende à inundação, que é quando a água extrapola a calha principal, chegando a planície de inundação,[9] tendo apresentado diversos registros entre 1989 e 2021, sendo a inundação de dezembro de 2021 a mais violenta em 32 anos.[10] Na década de 1950, o Rio Gandu era habitado por jacarés guandus. A água era limpa e utilizada pelos habitantes da cidade. As águas do rio foram poluídas pela canalização dos esgotos, feira livre, mercado municipal e resíduos depositados pelas famílias que moram às suas margens. PaisagemA paisagem natural de Gandu é formada por morros, montes, serras, planície, campos, rios, lagos e riachos. Na cidade, há presença reduzida da Mata Atlântica e vegetação de pastagem. A área desenvolvida para o cultivo do cacau forma uma paisagem artificial. A cidade possui áreas elevadas como os bairros Bela Vista, Teotônio Calheira, Almir Ramos Carneiro e Emília Costa. Há também áreas planas como as Praças Simões Filho e Mário Andreazza e as Ruas Sidrack Souza e Landulfo Alves. VegetaçãoA vegetação é um reflexo da paisagem, marcando aspecto visual da cidade. A exuberância da área ganduense nas décadas de 1950 e 1960 era formada basicamente pela Mata Atlântica, onde existiam várias essências florestais, como Jacarandá, Peroba-rosa, Pau-d'arco, Piqui, Jequitibá, Putumuju, Maçaranduba, Vinhático, dentre outras. Grande parte da vegetação do município foi derrubada e queimada para implantação de pastagens e principalmente a cultura do cacau. Tendo como consequência uma forte alteração no ecossistema local. ComunicaçãoO município de Gandu, dispõe de rede telefônica ligada ao sistema DDD (discagem direta à distância) e sistema de telefonia celular. Existem uma agência dos Correios, uma receptora do sinal de televisão através da torre repetidora de TV mantidas pela prefeitura para vários canais: Rede Globo, Band, Record, Rede Vida e SBT, além de antenas parabólicas e TV por assinatura. Atualmente a cidade possui duas emissoras de rádio em funcionamento, a Rádio Gandu FM e a FM Vitória. Como organizações representativas na comunidade podemos citar: Loja Maçônica Virtude e Amor, OAB/BA - Subseção Gandu, APLB Sindicato, Sindicato dos Comerciários, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Delegacia do CRC - Conselho Regional de Contabilidade, Sindicato Rural Patronal - Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Motoristas de Gandu (SCRAVG), Cooperativa Agrícola de Gandu, (COOPAG), Cooperativa dos Produtores de Leite da Região de Gandu (COOLERG), Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), Associação do Desenvolvimento do Baixo Sul (ADEBASUL) e Associação dos Moto-Taxistas (AMOTOGAN emissora). ReligiãoCatólicos
Evangélicos
Espiritismo
Outros
Referências
Bibliografia
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