Frederico Corriente
Frederico Corriente, forma aportuguesada e abreviada de Federico Corriente Córdoba (Granada, 14 de novembro de 1940 — 16 de junho de 2020) foi um arabista, lexicógrafo e académico espanhol. BiografiaFrederico Corriente era licenciado em Filologia Semítica pela Universidade Complutense de Madrid, em 1963. Fez o doutoramento em Filologia semítica pela mesma universidade em 1971 e exerceu a docência de línguas semíticas, nomeadamente, do árabe clássico, da dialectologia e literatura árabes em diversas universidades de países árabes (Egipto e Marrocos), dos Estados Unidos e da Espanha (Complutense e Saragoça).[1] Morreu no dia 16 de junho de 2020.[2] PercursoFoi director do Centro Cultural Espanhol del Cariz (1962-65); professor de espanhol, de linguística semítica e hebraico na Universidade Muhammad V de Rabat (1965-68); professor de linguística árabe na Universidade Dropsie de Filadélfia (EE.UU.) (1968-70); investigador científico de Semítica no Instituto Arias Montano do Conselho Superior de Investigação Científica (C.S.I.C.) e catedrático de estudos árabes e islâmicos na Universidade de Saragoça (1976-86 e a partir de 1991) e na Complutense de Madrid (1986-91). DistinçõesFoi membro da Academia de Língua Árabe do Cairo. Em 1995, recebeu o prémio do Ministério da Cultura da República Árabe do Egipto pela melhor edição de textos árabes, a edição do Divã de Ibn Quzman.[3] Em 2014, foi nomeado doutor honoris causa pela Universidade da Laguna e, desde 6 de Abril de 2107, ocupa a cátedra K da Academia Real da Língua Espanhola, deixada vacante pelo falecimento de Ana María Matute.[4] ObrasEntre a suas obras na área da docência destacam-se o Diccionario español-árabe (Madrid: IHAC, 1970), com numerosas reimpressões, entre as quais a do Cairo (Maktab, Uzirs, 1996) e a de Barcelona (Herder, 1991), actualizado com a colaboração de Ignacio Ferrando, o Diccionario de arabismos, o Nuevo diccionario español-árabe, o Diccionario avanzado árabe e a Introducción a la gramática y textos árabes. No domínio da investigação destaca-se A grammatical Sketch of the Spanish-Arabic dialect bundley e a Gramática, métrica y texto del cancionero hispanoárabe de Abén Quzmán.
A sua obra abrange igualmente traduções de literatura árabe antiga, medieval e contemporânea, trabalhos de filologia semítica, literatura apócrifa etíope e temas de dialectologia árabe, especialmente a andalusina e a sua relação com as línguas românicas peninsulares.
Também publicou El cancionero hispanoárabe de Ibn Quzman Madrid: Ed. Nacional, 1984 (segunda edição em Madrid: Hiperión, 1989 e a terceira, corrigida e completada, em 1996; Árabe andalusí y lenguas romances Madrid, M.A.P.F.R.E., 1992; Introducción a la gramática comparada del semítico meridional Madrid, C.S.I.C., 1996; A dictionary of Andalusi Arabic, Leiden, Brill, 1977; e Poesía dialectal árabe y romance en Alandalús, Madrid, Gredos, 1998.[3]
Referências
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