Filippo Tommaso Marinetti
Filippo Tommaso Marinetti (Alexandria, 22 de dezembro de 1876 – Bellagio, 2 de dezembro de 1944) foi um escritor, poeta, editor, ideólogo, jornalista e ativista político italiano. Foi o fundador do movimento futurista, cujo manifesto foi publicado no jornal parisiense Le Figaro, em 20 de fevereiro de 1909. BiografiaItaliano nascido na cidade egípcia de Alexandria, em 1876, era filho de Enrico Marinetti, um advogado de Piemonte e Amalia Grolli, filha de um professor de literatura de Milão.[1] Seu amor pela literatura surgiu ainda na escola. Sua mãe era uma ávida leitora de poesia e introduziu o filho aos clássicos italianos e europeus. Aos 17 anos, criou uma revista na escola, chamada Papyrus,[2] mas ele foi ameaçado de expulsão pelos jesuítas por ter publicado Émile Zola na revista.[1] Concluiu os estudos no Egito e depois seguiu para Paris, onde estudou na Sorbonne, formando-se em 1894. Em seguida, formou-se em direito pela Universidade de Pavia, em 1899.[3][4] Filippo decidiu não trabalhar como advogado para poder se concentrar na literatura. Inicialmente, praticou com vários gêneros, sempre assinando como "Filippo Tommaso Marinetti".[1][3] CarreiraSuas primeiras obras foram poemas que escreveu para revistas literárias e, mais tarde. para sua própria revista - Poesia. Publicou no jornal Le Figaro (1909), de Paris, um famoso manifesto em que mostrou sua oposição às fórmulas tradicionais e acadêmicas, expondo a necessidade de abandonar as velhas fórmulas e criar uma arte livre e anárquica, capaz de expressar o dinamismo e a energia da moderna sociedade industrial, que é considerado o texto fundador do movimento futurista. Este não foi o único movimento italiano de vanguarda, tendo sido no entanto o mais radical de todos, por pregar ruidosamente a antitradição. Indicava que as artes demolissem o passado e tudo o mais que significasse tradição, e celebrassem a velocidade, a era mecânica, a eletricidade, o dinamismo, a guerra.[5] Manifesto FuturistaJuntaram-se a Marinetti, Umberto Boccioni, Luigi Russolo e Carlo Carrà, autores do Manifesto dos pintores futuristas (1910), no mesmo ano em que Boccioni redigiria o Manifesto técnico da pintura futurista. Com a Grande Guerra (1914-1918), o futurismo quase morreu juntamente com seus artistas mortos em combate, como Boccioni, ou vencidos pelo renascimento tradicionalista.[1][3] O manifesto foi lido e debatido por toda a Europa, mas seus primeiros trabalhos futuristas não obtiveram sucesso.[6] Alguns jovens artistas tentaram reavivá-lo depois da guerra, mas sem sucesso. No entanto, sua influência sobre os movimentos modernos que se seguiram foi importante e duradoura.[1][3] Envolvimento na guerraMarinetti radicou-se definitivamente na Itália e glorificou a Primeira Guerra Mundial como o mais belo poema futurista. Alistou-se no exército italiano, defendeu a intervenção italiana na guerra e ingressou no Partido Nacional Fascista (1919). Politicamente foi um ativo militante fascista e chegou a afirmar que a ideologia do partido representava uma extensão natural das idéias futuristas.[1][3] Entre obras teatrais, romances e textos ideológicos de sua autoria citam-se Le Roi bombance (1909), Mafarka le futuriste (1910), Guerra sola igiene del mondo (1915), Futurismo e fascismo (1924).[1][3] CasamentoDepois de um breve namoro, Filippo casou-se com Benedetta Cappa (1897–1977), em 1923, escritora e pintora, pupila de Giacomo Balla. Nascida em Roma, ela se juntou aos futuristas em 1917. Os dois se conheceriam no ano seguinte, mudando-se para Roma e decidindo se casar apenas para evitar problemas legais enquanto faziam uma jornada de palestras pelo Brasil. O casal teve três filhas: Vittoria, Ala e Luce.[7] MorteFilippo faleceu em 2 de novembro de 1944, em Bellagio, devido a um infarto, enquanto trabalhava em uma nova coletânea de poesias.[1][3] Referências
Bibliografia
Ligações externas
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