Fernando Enes Ulrich
Fernando Enes Ulrich (Lisboa, Mártires, 29 de Agosto de 1884 - Lisboa, São Paulo, 1 de Agosto de 1950) foi um engenheiro militar, empresário e político português. FamíliaFilho de João Henrique Ulrich, Jr. e de sua mulher Maria Cristina de Orta Enes, neta materna do 1.º Visconde de Orta.[1][2] Fernando Enes Ulrich provinha duma família ligada ao comércio bancário e à arquitectura, os Ulrich, família do Norte de Hamburgo, que se tinham estabelecido em Portugal em meados do século XVIII. Após o terramoto de 1755, a família cooperou activamente na reconstrução de Lisboa, a convite do Marquês de Pombal, prosseguindo os seus negócios no ramo financeiro. Mais tarde, os Ulrich ligaram-se por laços familiares aos Mellos, herdeiros de Alfredo da Silva.[3] BiografiaCarreira militarAssentou Praça em 1901, como voluntário, e inscreveu-se no Curso de Engenharia Militar da Escola Politécnica de Lisboa, passando em 1903 à Escola de Alunos da Escola do Exército, sendo graduado em Primeiro-Sargento e depois em Primeiro-Sargento-Cadete, sendo promovido a Alferes em 1907, ano em que concluiu o Curso de Engenharia Militar da Escola do Exército, e a Tenente em 1908. Foi Oficial de Engenharia do Exército[4] até 1910. Com a Implantação da República Portuguesa a 5 de Outubro de 1910, pediu a demissão do Exército, que lhe foi concedida.[5] Carreira empresarialAdministrador de Empresas e Banqueiro, foi Administrador da Companhia de Seguros Império, da Tabaqueira, da Empresa Nacional de Aparelhagem Elétrica e da Companhia Nacional de Produtos Coloniais. Entre 1916 e 1919 foi Vice-Secretário da Assembleia Geral do Banco de Portugal, sendo seu Secretário entre 1920 e 1929. De 1931 a 1950 foi Administrador do Banco de Portugal,[6][2] em cuja qualidade integrou a Câmara Corporativa na I Legislatura.[5] Carreira política e administrativaFoi Presidente do Conselho Geral do Grémio Nacional dos Bancos e Casas Bancárias, regressando à Câmara Corporativa como Representante dos Estabelecimentos de Crédito, Vogal da Comissão Técnica de Cooperação Económica Europeia e Procurador à Câmara Corporativa[6][2][7] por designação do Conselho Corporativo. Na I Legislatura, entre 1935 e 1938, fez parte da XII Secção - Crédito e Seguros, tendo subscrito ou relatado um total de cinco pareceres: 3/I - Reconstituição Económica, 4/I - Reforma do Crédito, como Relator, 21/I - Seguros de Vida dos Funcionários Públicos, 38/I - Aquisição e Construção de Embarcações Destinadas à Pesca e 71/I - Acidentes de Trabalho. Na IV Legislatura, de 1945 a 1949, e na V Legislatura, de 1949 a 1953, fez parte da XIII Secção - Crédito e Previdência, mas não subscreveu ou relatou qualquer parecer.[5] Casamento e descendênciaCasou primeira vez em Lisboa a 7 de Fevereiro de 1909 com D. Maria do Carmo José de Melo (1889 - 1918), filha de D. José de Melo, filho do 8.º Conde e 3.º Marquês de Sabugosa e 10.º Conde de São Lourenço e 10.º Alferes-Mor do Reino, e de sua mulher D. Antónia José de Jesus Maria Francisca Xavier de Mendoça Rolim de Moura Barreto, filha do 3.º Conde da Azambuja, da qual teve quatro filhas e um filho.[8]
Casou segunda vez em Lisboa, Santa Isabel, a 7 de Outubro de 1922 com D. Maria Luísa da Ascensão José de Melo (Lisboa, Santa Isabel, 19 de Maio de 1898 - ?), filha do 2.º Conde do Cartaxo, da qual teve dois filhos e três filhas.[8]
Referências
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