Febre das trincheiras
Febre das trincheiras, "febre de cinco dias" ou "febris quintana" é uma doença causada pela bactéria Bartonella quintana (antigamente considerado uma Rickettsia) e transmitida pelo piolho humano (Pediculus humanus) ou por lesões de pele. Foi associada a trincheiras, porque ocorreram terríveis pandemias na primeira e segunda guerra mundial.[1] CausasA bactéria gram-negativa intracelular Bartonella quintana é transmitida pelo piolho corporal humano (Pediculus humanus), pela pulga dos cães e gatos (Ctenocephalides felis)[2] ou por contato com lesões de pele infectadas. A bactéria invade hemácias e células endoteliais onde fica temporariamente protegida do sistema imune. Quando começa a multiplicar-se no interior das células endoteliais, citocinas pró-inflamatórias são ativados, suprimindo a apoptose, aumenta a proliferação vascular. [3] Sinais e sintomasApós 7 a 48 dias de incubação e tem sintomas muito variados que podem incluir[4]:
Complicações
EpidemiologiaComo é transmitida por piolhos, geralmente associada com guerras, fome, desnutrição, pobreza, alcoolismo, abuso de drogas e falta de higiene. Em pessoas saudáveis pode parecer apenas uma febre persistente com dor, mas em pessoas imunodeprimidas pode causar sérios problemas cardiovasculares e levar meses para curar.[5] TratamentoNormalmente é tratado com antibióticos do grupo das tetraciclinas. Em casos sem complicações pode-se usar doxiciclina 100 mg por via oral duas vezes por dia durante 28 dias e gentamicina a 3 mg/kg/dia por via intravenosa durante 14 dias. Macrólidos e ceftriaxona também são eficazes. O cloranfenicol é um medicamento alternativo recomendado em circunstâncias que tornam o uso de derivados de tetraciclina indesejáveis, tais como mau funcionamento do fígado, insuficiência renal, em crianças menores de nove anos e em mulheres grávidas. Eritromicina 500 mg por via oral 4 vezes por dia durante 3 meses é a recomendação quando há angiomatose bacilar ou linfadenopatia crônica.[6] Referências
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