Faria
Faria é uma povoação portuguesa do Município de Barcelos sede da extinta Freguesia de Faria, freguesia que tinha 3,68 km² de área[1] e 550 habitantes (2011)[2], e, por isso, uma densidade populacional de 149,5 hab/km². A Freguesia de Faria foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Milhazes e Vilar de Figos, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Milhazes, Vilar de Figos e Faria com sede em Milhazes.[3] Faria (antiga Sancta Maria de Faria), localizada numa planície esta pequena localidade do Município de Barcelos e Distrito de Braga regista (segundo os dados estatísticos dos censos de 2011), uma população de 550 habitantes. Antigas terras dos Farias[4], é uma aldeia histórica que outrora fez parte da fascinante e trágica lenda da morte de Nuno Gonçalves, alcaide do Castelo de Faria, que corajosamente morreu pela defesa da pátria. População
Tecido empresarialOutrora foi motor de desenvolvimento, oportunidade de emprego e satisfação para as necessidades desta comunidade. Era caracterizado por um conjunto de micro e pequenas empresas nos mais diversos sectores de actividade, nomeadamente o têxtil, comércio de bens alimentares, serralharia, carpinteiros, marceneiros, agricultura, pecuária, panificação, turismo rural. A falta de investimento em infra-estruturas, modernização, formação dos empresários, fuga das novas gerações para outras localidades, a emigração em busca de novas oportunidades e a aposta na formação em novas áreas, contribuíram para o desaparecimento de um conjunto significativo de empresas, que consequentemente criou desemprego e levou a uma acentuada perda de oportunidades de investimento na localidade. Apesar de toda a conjuntura económico-social e todas as dificuldades que a ela estão associadas, são várias as empresas com espírito lutador e de resistência que continuam em laboração e a proporcionar emprego a várias pessoas, contribuindo assim para a riqueza da povoação e do país. A indústria transformadora (têxtil e panificação) e a agricultura, são os sectores que ainda hoje marcam mais presença e dão emprego ao maior número de pessoas. EducaçãoO facto de ser uma localidade com poucos habitantes, ser carente de infra-estruturas sociais, oportunidade de emprego e um enfraquecimento da presença do tecido empresarial ao longo das últimas décadas, tudo indicaria que também o nível de educação dos habitantes estaria ao mesmo nível, dado a educação ser um factor decisivo para o desenvolvimento de uma comunidade, mas curiosamente verifica-se exactamente o oposto. O analfabetismo roça os 0% e o número de licenciados é um dos maiores do concelho de Barcelos e o orgulho desta localidade. Medicina, Agronomia, Química, Ensino, Arquitectura, Mecânica, Enfermagem, são áreas tão distintas e tão importantes para a sociedade e que põe esta povoação no top. Também é notória a presença de pessoas com o ensino secundário concluído em áreas igualmente interessantes como a Informática, Ciências sociais, Gestão, Modelismo, etc. Um outro número interessante a destacar na área da educação deste povoado é o número crescente de pessoas a aderirem ao programa novas oportunidades e a todo um conjunto de formações extra curriculares. Existem dois espaços escolares: Infantário (onde se encontra também a sede de junta) e a escola E.B.1, que pertence à sede de agrupamento de Vila Sêca . A população escolar é muito diminuta, devido em grande parte aos poucos nascimentos existentes na localidade e a transferência para escolas mais próximas do emprego dos pais. O capital humano, é sem dúvida uma das áreas de maior interesse e importância para esta pequena aldeia. PatrimónioAntigas terras dos Farias (uma das famílias mais antigas de Portugal), Faria deve ser lembrada pela sua história e importância que outrora teve no panorama nacional. É sem dúvida uma terra histórica e intemporal, que outrora fez parte da fascinante e trágica lenda da morte do nosso tão bravo Nuno Gonçalves, Alcaide de Faria, que corajosamente morreu pela defesa da pátria. Apesar de todo o seu simbolismo e marco histórico, esta povoação não é detentora de um número significativo de património histórico associado às proezas heróicas e de identidade dos seus antepassados. Parte significativa do património desta localidade está relacionado com a religião cristã que desde os seus antepassados ainda prevalece como pilar na educação da sua população. O património de Faria é composto por: Igreja de Santa Maria de Faria, Capela de Stº. Amaro, Capela Stª Luísa e cruzeiro Portal da Quinta dos Pedregais. Eventos anuaisA 15 de Agosto de cada ano é realizada uma festa em honra de Nossa Senhora de Assunção. A festa é preparada segundo os costumes antigos dos quais fazem parte a celebração de uma missa, seguida de uma procissão, com o desfile de várias imagens de santos que a igreja de Santa Maria de Faria detém. Adaptada à realidade que se vive no concelho, são também preparadas algumas distracções para o divertimento e ajuntamento da população, através da presença e actuação de grupos músicas (ranchos folclóricos, bandas plásticas, etc), organização de actividades desportivas e o tão tradicional sorteio para a angariação de verbas. A algumas décadas atrás quem também marcava presença era o pequeno leilão que se organizava, dos quais os copos do vinho do porto faziam a delicia de quem nele participavam. “Cantar os Reis”, já virou tradição! Todos os anos um grupo de pessoas une-se para cantar porta a porta os reis e desejar assim as boas vindas ao ano novo. O grupo faz-se acompanhar por vários instrumentos e um saco para todos aqueles que querem retribuir os cantares. As “portas” são abertas a toda a população que queira participar, sendo os requisitos necessários a vontade de prosseguir com a tradição e o divertimento no seio do grupo. Associativismo
Esta associação conta actualmente com uma equipa feminina e da qual participa no torneio popular anual, organizado pela Câmara Municipal de Barcelos e uma “escolinha de futebol” para os mais jovens. Possui um recinto desportivo devidamente preparado para acolher todos os seus visitantes e o fomento da prática desportiva. É composto por um recinto de jogo com capacidade máxima de 7 jogadores para cada equipa, um bar, balneários individuais dos quais 1 para árbitros, sala de troféus e secretaria, casas de banho, quarto de arrumos, Iluminação e parque de estacionamento.
Este grupo está associado à Associação Cultural e recreativa Alcaides de Faria, beneficiando de ajudas de custo nomeadamente o de transporte. Actualmente enfrenta diversas dificuldades, sendo a mais forte e preocupante o sucessivo abandono dos vários elementos, sobretudo do núcleo duro do grupo.
Todos os anos este grupo procura reinventar o presépio através da incorporação de novas figuras típicas do presépio comum e através de réplicas do património da localidade, bem como dos seus usos e costumes. Procurando atrair novos curiosos e entusiastas, este grupo procura dar vida às personagens e às várias réplicas através de mecanismos que permitem criar movimento, recorrendo aos mais variados materiais e técnicas. O grupo dos amigos do presépio de Faria, conta actualmente com a ajuda de novos membros que se têm juntado em torno desta causa o que tem permitido que todos os anos a área do presépio seja maior. Em 2008 o presépio contava com mais de 200 peças, das quais 90 eram movimentadas, ocupando uma área de 70 m². A preparação começa em meados de Outubro e termina em inícios de Dezembro, podendo ser visitado até a segunda semana de Janeiro. As visitas tem tido um custo simbólico associado que se destinam a apoiar a paróquia. Referências
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