Fanatic Crisis
O grupo emergiu ao lado do subgênero Nagoya kei, mas distanciou-se do estilo com o passar dos anos.[2] Foram considerados um dos "quatro reis celestiais do visual kei" no final dos anos 90, ao lado de Shazna, Malice Mizer e La'cryma Christi.[3][4] O álbum One -one for all- foi considerado um dos melhores de 1989 a 1998 em uma edição da revista musical Band Yarouze.[5] Em 2019, três dos membros do Fanatic Crisis, sendo eles Ishizuki, Kazuya e Shun, se reuniram formando uma subunidade chamada Fantastic Circus (FANTASTIC◇CIRCUS) e estão ativos até hoje. Carreira1992–1995: Formação e primeiros anosEm Nagoya no ano de 1992, Fanatic Crisis foi formada pelo vocalista de apenas 15 anos Tsutomu Ishizuki, que fazia parte da banda J'axil, e o baixista Ryuiji e guitarrista Kazuya, que faziam parte do grupo Tenchuusatsu.[6][7] Inicialmente, Ishizuki tocava guitarra, mas se tornou vocalista aconselhado pelos outros membros.[8] Em 1993, apresentaram-se ao vivo pela primeira vez na casa de shows Nagoya Music Farm, em abril. Em dezembro, Shun entrou como segundo guitarrista e Tatsuya entrou como baterista. Em abril de 1994 o grupo lançou sua primeira fita demo, Karma, pela gravadora de Kaiki (ex. Silver~Rose, Rouage) Noir.[9] Com as mil cópias iniciais esgotadas, a demo foi reimpressa em meados das semanas seguintes.[7] Já em dezembro, o EP de estreia "Taiyō no Toriko" foi lançado, marcado um dos álbuns importantes para o subgênero emergente Nagoya kei.[2] No início de 1995, após uma turnê em conjunto com a banda Of-J, o baterista Tatsuya deixou o grupo por divergências musicais e foi substituído por Tohru, estabelecendo a formação oficial do Fanatic Crisis até sua dissolução.[6][8] Neste ano lançaram o vídeo "Truth" e o seu primeiro single "Memories in White". Além disso, três trabalhos em VHS foram distribuídos exclusivamente em shows.[10] Embarcaram na turnê nacional Making of Truth e lançaram um vídeo gravado no último show da turnê, que contou com um público de 4000 pessoas.[7] 1996–2005: Estreia major e ascensãoEm 7 de janeiro de 1996 o primeiro álbum completo foi lançado, intitulado Mask, e uma turnê em promoção ao álbum começou.[7] Mask iniciou a transição da banda de Nagoya kei para o som pop e suave.[2][3] O single de julho "Tsuki no Hana" conseguiu ser distribuído por uma gravadora major, a Bandai, e alcançou a 47ª posição na Oricon Singles Chart. Durante este ano também tiveram faixas incluídas nos álbuns de compilação com várias bandas Emergency Express 1996 e The End of the Century Rockers e, em novembro, foi lançado o EP Marble.[10] Na primavera de 1997, deixaram oficialmente de ser uma banda independente assinando com a For Life Records. Seu primeiro single major foi "Super Soul", disponível a partir de em agosto. 1998 foi marcado pelo pico de popularidade do Fanatic Crisis, com o single "Maybe true" e o 1° álbum major One -one for all- alcançando a 5ª posição nas paradas da Oricon, o maior ranking da história da banda.[1] Além disso, foi em janeiro que lançaram sua canção representativa "Hinotori", o primeiro trabalho a chegar no top 10 da parada.[8][6] Em fevereiro apresentaram o show Valentine Gig que comemorava o Dia de São Valentim e se repetiu em todos os anos restantes de sua carreira, seguido de diversas turnês nacionais. No primeiro dia de 1999, lançaram o single "Beauties -beauty eyes-/Jealousy" e logo depois o álbum The Lost Innocent. Mais tarde o EP Marble foi relançado, além de um álbum de fotos. No final do ano, dois singles estiveram a venda exclusivamente para pedidos por correio: "Side Eve", a partir de novembro, e "Side Adam", a partir de dezembro.[7][10] Em 2000, o álbum EAS e mais quatro singles foram lançados, além de várias turnês em promoção ao EAS ao longo do ano, chamadas Eas Syndrome. Em 2001, lançaram o álbum Pop, quatro singles e encerraram o ano com o álbum Beautiful World. As turnês incluíram shows exclusivos para membros do fã clube da banda, chamado Truth. Apesar de Fanatic Crisis ter lançado poucos trabalhos em 2002, como o single "Sputnik -Tabibitotachi-" em junho o álbum 5 em julho, foram reconhecidos pelas suas diversas e extensas turnês nacionais. Foi em dezembro que a banda saiu do Japão para fazer pequenos shows no Hawaii, acompanhado de um evento de aniversário de Kazuya. Quase exatamente um ano depois de 5, foi lançado o álbum Neverland. A Valentine Gig de 2003 dessa vez contou com seis concertos ao invés de um, vendendo a maioria dos ingressos, e um documentário sobre o evento foi lançado. Um concerto festivo no final do ano, Special Christmas Showcase, também teve os ingressos esgotados.[7][10] No ano seguinte, Fanatic Crisis, Hikawa Kiyoshi e Biriken formaram a unidade Cross Clover, lançando apenas um single: evergreen, destinando todos os lucros a caridade.[8] Lançaram o álbum Marvelous+ em julho, que acabou por ser o último.[11] Em 2005, com diversos álbuns de compilação sendo lançados, em março Fanatic Crisis anunciou o fim da carreira. Embarcaram em uma turnê de despedida e seu último show foi em 14 de maio, no Tokyo Bay NK Hall.[7] Os motivos dados foram encerramento do contrato com a gravadora e divergências de opinião entre os membros.[8] 2007–2018: Pós separaçãoDois anos após o fim do Fanatic Crisis, Ishizuki se tornou um designer de joias. Em 2012, ele voltou a indústria musical começando uma carreira solo.[12] Em 2011, Kazuya e Shun formaram o supergrupo The Micro Heads 4N's com ex membros do D'espairsRay.[13] Tohru se tornou produtor musical, também produzindo alguns trabalhos solo de Ishizuki.[14] Já Ryuji não aparece publicamente desde a separação da banda.[15] Fantastic Circus
Ishizuki, Kazuya e Shun se reuniram em 2019 para um show em 9 de novembro, formando uma subunidade nomeada Fantastic Circus. Eles preferiram não usar o nome original devido a ausência de dois membros, por consideração aos fãs.[18][19] Os membros suporte são Natchin e Levin, ex baixista do Siam Shade e ex baterista do La'cryma Christi, respectivamente.[20][16] Havia sido decidido que a reunião aconteceria apenas para este show, porém devido ao sucesso deste, o trio resolveu seguir em frente.[18] Em 14 de maio de 2022, exatos dezessete anos após o último show do Fanatic Crisis, o trio fez uma apresentação ao vivo no Hibiya Open-Air Concert Hall, comemorando os 30 anos desde a formação da banda, chamada -Tenseim-. Com o sucesso desse show, uma apresentação adicional foi realizada em 4 de setembro.[21][6] Logo depois, anunciaram um álbum de regravações TENSEISM BEST SINGLES [1997-2000], incluindo músicas representativas como "One -you are the one-" e "Hinotori", lançado em março de 2023. Além disso, mais shows foram marcados para maio de 2023.[16][17][22] Quase um ano depois, em 28 de fevereiro de 2024, eles lançaram o TENSEISM BEST SINGLES [2001-2004], dessa vez com todos os singles lançados de 2001 a 2004. Foi procedido por um show no Zepp Tóquio em 10 de março.[23] Em junho de 2024 Shun pausou suas atividades para cuidar de sua saúde mental.[24] Estilo musicalFanatic Crisis emergiu com o movimento Nagoya kei, ao lado de bandas como Kuroyume e Rouage.[25] De sua formação até Taiyō no Toriko (1994) eles incorporavam a estética gótica e a musicalidade post-punk do movimento, ainda que com certa sensibilidade pop.[2][26] O álbum Mask (1998) marca sua transição para uma musicalidade mais pop rock e soft kei.[2][3] Principalmente após sua ascensão em 1998, eles ficaram conhecidos pelos designs de moda pop, colorida e melodias pop cativantes.[27][6] Em uma entrevista como Fantastic Circus em 2022, Tsutomu Ishizuki contou sobre o que almejavam na época do Fanatic Crisis: "Não éramos uma banda com super habilidades técnicas ou musicalidade profunda. No entanto, o que eu buscava conscientemente era a originalidade". Kazuya completou: "A maioria das bandas usava roupas pretas, então usamos roupas brancas. Haviam várias músicas de duas batidas no visual kei daquela época. Portanto, deveríamos fazer música que seja horizontal e não vertical. [...] Pode-se afirmar que eu estava sempre apontando o oposto do que estava acontecendo ao meu redor".[28] Apesar de ser considerado um dos "quatro reis celestiais do visual kei", o grupo não gostava e evitava ser classificado como visual kei. Ishizuki contou em uma entrevista que o termo foi criado por adultos sugerindo que eles eram esnobes e fúteis, resumindo a banda à aparência. Na mesma entrevista, Kazuya contou que passou a apreciá-lo com o tempo.[29] Membros
Fantastic Circus
Discografia
Referências
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