Félix Caignet
Félix Benjamín Caignet Salomón (San Luis, 31 de março de 1892 – Havana, 25 de maio de 1976) foi um escritor, poeta, roteirista, jornalista, radialista, crítico de teatro, cantor, compositor e ator cubano, autor de radionovelas de grande sucesso, como O Direito de Nascer,[desambiguação necessária] exibida em vários países e com várias reedições ao longo do tempo.[1] BiografiaFilho de imigrantes franco-haitianos que cultivavam café e cana-de-açúcar, nasceu em Santa Rita de Burenes, povoado de San Luis, em Santiago de Cuba, cidade para onde mudou-se criança pois a família enfrentou problemas financeiros. Cresce nos subúrbios, ouvindo os populares contadores de casos, em sua maioria velhos negros descendentes de escravos, que lhe forneceram os elementos para as futuras novelas.[2] Trabalhou em diversos lugares e, autodidata, colabora em jornais escrevendo sobre espetáculos, logo se introduzindo no meio cultural.[2] Na década de 1930 inicia-se na emissora de rádio CMKC, num programa infantil matinal — "Buenas tardes, Muchachitos" (sic) — contando histórias inspiradas nas que ouvia em criança. Mais tarde apresenta outro programa infantil — "Chilín y Bebita" — desta feita um seriado, sendo Caignet um pioneiro em programas infantis na rádio cubana, tendo ainda cunho educativo.[2] Ali irradia uma canção infantil de 1932 do teatro Rialto, chamada "El ratoncito Miguel" — que era uma crítica ao ditador Gerardo Machado. O fato lhe rende uma prisão por 3 dias no Quartel de Moncada — sendo libertado pela intercessão dos pais das crianças que lhe eram afeiçoadas em razão do seu programa.[2] No ano seguinte começa a consagrada série Las Aventuras de Chan Li Po,[1] primeiro seriado policial do país, do qual a primeira fase do seriado chamou-se La serpiente roja", onde explora o suspense de modo a prender o espectador para o episódio seguinte, desenvolvendo a técnica de formar o hábito de os ouvintes acompanharem o enredo da história.[2] Escreve já definitivamente ao público adulto, com aventuras de Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, de 1941, ou O Ladrão de Bagdá, de 1946.[1] Em 1948 tem a estreia de El derecho de nacer, sua primeira radionovela e também em Cuba. O gênero havia sido criado por Luis Aragón, em 1939, sendo o pioneiro na América Latina, o que fez de Cuba o principal exportador deste produto aos demais países ibero-americanos.[2] ObrasDentre as obras escritas ou com participação contam-se:
Referências
Ligações externas
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