Colaborou com a criação do jornal batizado de O Clarim, posteriormente denominado O Clarim da Alvorada (ou Clarim d’Alvorada). Lá, ela foi redatora, entre 1924 e 1932, e sobressaiu como jornalista na imprensa negra brasileira, sendo uma de suas principais lideranças intelectuais.[6][7][8][1][2][9][10]
Utilizava o pseudônimo "Nice" e era vista como representante de todas as mulheres negras brasileiras.[7]
Segundo o jornal Jornegro, Eunice Cunha deveria ser tomada como exemplo e importante símbolo da mulher negra, que colaborava na desconstrução dos estereótipos (como os de funcionárias domésticas ou de objetos sexuais).[11][6]
Embora ainda não se denominasse feminista, ficou conhecida por sua luta pela igualdade de gênero e racial. Denunciou o racismo e ainda o destrato contra jovens negras trabalhadoras domésticas.[7][6]
Num momento em que a mulher, no Brasil, ainda não tinha direito de voto e ainda lutava por mínimos direitos sociais, Eunice antecipava visões do feminismo contemporâneo e incitava que mulheres negras buscassem espaços na educação moderna. Via a luta por ascensão social, como forma de romper com o sistema escravista.[3][8][9][10][7]
Seu chamado à educação das mulheres negras constituiu determinante abertura de canais seguros para as militantes que vieram depois.[6]