Eu Sou MediterrâneoEu Sou Mediterrâneo: um espectáculo sobre a banalidade do mal é um espectáculo da companhia Vidas de A a Z. Estreado em Junho de 2016[1] , propõe lançar uma plataforma de discussão em torno da actual crise europeia de refugiados, das repercussões dos conflitos armados e da ameaça do terrorismo, evidenciando os atentados aos Direitos Humanos.[2][3][4] A PeçaO espectáculo Eu Sou Mediterrâneo: Um espectáculo sobre a banalidade do mal foi construído a partir de registos históricos, jornalísticos e testemunhos verídicos. Baseado em histórias reais, o texto de autoria de Sílvia Raposo e Mónica Gomes, bebe de literatura portuguesa e estrangeira, partindo dos conceitos de «violência» e «banalidade do mal» no pensamento de Hannah Arendt.[5][6][7][8] Eu Sou Mediterrâneo: Um espectáculo sobre a banalidade do mal, procura colocar em cena a relação entre guerra, política, violência e poder, propondo um diálogo entre arte e política. Colocando em confronto os argumentos expostos em Orientalismo (1978), de Edward Said, e O Choque de Civilizações (1993), de Samuel Huntington, o projecto parte da concepção de uma ideia da Barbárie como um lugar afastado da civilização para onde é enviado tudo aquilo que não compreendemos e desconhecemos e coloca em evidência a criação de um Médio Oriente como uma fábrica de onde saem os ataques da Barbárie contra o Mundo Civilizado, criticando uma mundividência que se baseia na divisão civilizacional entre um Ocidente civilizado e um Islão bárbaro.[9][10][11][12] A este nível, o espectáculo assume-se enquanto um manifesto artivista, tal como é possível ler na sinopse da peça:
O espectáculo integra a programação das Festas de Lisboa 2016,[17] tendo como parceiros o Turismo de Lisboa, a ADHHU (Associação de Defesa dos Direitos Humanos), a Associação Solidariedade Imigrante e a Associação Amizade Portugal-Sahara Ocidental, e passará por variadas salas de espectáculo, nomeadamente, Teatro Turim, de 2 a 12 de Junho de 2016. [18], Auditório Carlos Paredes, Boutique da Cultura, Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva, entre outros [19][20] O EnredoUm líder jihadista com acessos de cólera, um campo de concentração com uma fachada em cor-de-rosa, escassez de munições e de cabeças para decapitar, o fecho das instalações de guerra por não cumprimento das regras de higiene e segurança, falta de jornalistas e uma estátua viva completam o cenário de Al-Portughali, um jovem soldado português que se junta ao Estado Islâmico, mas rapidamente se arrepende e deserta. Neste cenário de guerra, o que gritará mais alto: a ideologia ou o coração? Verdades serão verdades? A questão permanece: Quando será que um cadáver se torna um cadáver histórico? Um espectáculo que adapta A Guerra de 1908, de Raúl Solnado, à realidade mundial contemporânea com a escalada do terrorismo[21]. ProduçãoO espectáculo conta com encenação de Mónica Gomes, coreografia de Margarida Camacho, direcção de figurinos de Lena Raposo e cenografia de Mónica Gomes e Lena Raposo.[22][23][24] ElencoMónica Gomes reuniu para esta peça uma equipa de actores, bailarinos e cantores[25][26]:
Números Dança1. Indus, interpretado por Margarida Camacho, Mónica Gomes e Liane Bravo. 2. Louca, solo interpretado por Anabela Pires Referências
Ver tambémLigações externas |
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