Estação Ferroviária de Alhandra
A Estação Ferroviária de Alhandra é uma interface da Linha do Norte, que serve a vila de Alhandra, no município de Vila Franca de Xira, em Portugal. DescriçãoLocalização e acessosEsta interface tem acesso pela Avenida Afonso Albuquerque, em Alhandra.[4] InfraestruturaEsta interface apresenta seis vias de circulação (identificadas como I+IA, II, III, IIA+D2+D3, IV, V, e R1+R2+R3), com comprimentos entre 1135 e 291 m de extensão, sendo as duas primeiras (I+IA e II) acessíveis por plataformas de 136 e 145 m de comprimento, respetivamente, ambas com 90 cm de altura; existem ainda seis vias secundárias (identificadas como IIIA, VI, VII, VIII, IX, G1, e G2) com comprimentos entre 42 a 260 m; com exceção da via VII, todas estas vias estão eletrificadas em toda a sua extensão. [3] Parte desta configuração é gerida pel empresa cimenteira Cimpor,[5][1] nomeadamente enquando Alhandra - (Ramal Cimpor), centrado ao PK 25+17; tem tipologia «Linhas de Carga/Desc. Privado»[3] (Ramal de Estação) e código dep. 31211, e insere-se na via ao PK 26+104.[1] ServiçosEm dados de 2023, esta estação é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipo urbano dos serviços chamados “Linha de Sintra” e “Linha da Azambuja”, que circulam entre Santa Apolónia, Alcântara-Terra, ou Sintra e Azambuja, Castanheira do Ribatejo, ou Alverca, com 75 circulações diárias em cada sentido aos dias úteis e 19 aos fins de semana.[6] HistóriaVer artigo principal: História da Linha do Norte
AntecedentesEm meados do Século XIX, as localidades do concelho de Vila Franca de Xira tinham grandes problemas de acessibilidade, devido a uma rede viária pouco desenvolvida, sendo o principal meio de comunicação a navegação fluvial, utilizando o Rio Tejo.[7] Em 1845, uma empresa britânica apresentou uma proposta para a construção de várias linhas férreas, incluindo uma desde esta localidade ao Porto, pelas Caldas da Rainha, Leiria e Coimbra.[8] No entanto, todos os planos para caminhos de ferro em território nacional foram abandonados devido à instabilidade política a partir de 1846.[8] Inauguração e primeiros anosEsta interface situa-se no lanço entre Lisboa e Carregado da Linha do Norte, que foi inaugurado em 28 de Outubro de 1856.[9][10] A instalação do caminho de ferro teve um grande impacto social e económico nas zonas ribeirinhas do concelho de Vila Franca de Xira, incluindo Alhandra, ao facilitar o transporte de pessoas e mercadorias, estimulando dessa forma as actividades industriais.[11] Quando se iniciou a construção das oficinas dos caminhos de ferro em Santa Apolónia, muitos dos operários vinham das povoações ao longo do Tejo, e durante algum tempo tornou-se um fenómeno habitual a deslocação diária de dezenas de pessoas até esta estação, onde apanhavam os primeiros comboios até Braço de Prata e depois o “comboio operário” até Santa Apolónia, fazendo o percurso inverso no fim do dia.[11] A via foi duplicada entre Olivais e o Carregado em 15 de Abril de 1890.[12] Década de 1910Em 1913, esta estação era servida por uma carreira de diligências até Arruda dos Vinhos e Monfalim.[13] Década de 1950Em 1955, esta estação tinha quatro ramais particulares de mercadorias.[14] Em 28 de Abril de 1957, foi electrificado o lanço entre Lisboa e o Carregado.[15] ModernizaçãoNos finais dos anos 80, a empresa Caminhos de Ferro Portugueses lançou um programa de modernização das suas linhas férreas, incluindo a Linha do Norte.[16] Neste sentido, em 1990 lançou os concurso para vários empreendimentos, como a instalação de equipamentos de sinalização electrónica do tipo ESTW L 90 no lanço entre esta estação e Braço de Prata, em plena via e nas estações.[17] Em 1996, o projecto de ressinalização até esta estação já estava em curso, prevendo-se que depois seria prolongado aos restantes lanços da Linha do Norte.[18] Século XXIEm Janeiro de 2011, apresentava três vias de circulação, com 573, 251 e 304 m de comprimento, e duas plataformas com 136 e 188 m de extensão, e 90 cm de altura,[19] valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais,[3] bem como mais dois ramais de estação, Alhandra Macol/Iberol e Alhandra Moagem,[1] entretanto[quando?] extintos. Referências literáriasNa sua obra A Capital, Eça de Queirós faz uma descrição da Estação de Alhandra:
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas |