Ernesto Vítor Wagner
Ernesto Vítor Wagner, ou Ernst Viktor Wagner em Alemão (Zeulenroda, Vogtlandkreis, Reuss-Greiz, 1818/1826 - Lisboa, 1/2 de Maio de 1903), foi um músico e industrial alemão, que se deslocou para Portugal.[1][2] BiografiaFilho de Johann Daniel Wagner (c. 1788 - c. 1853)[3] e de sua mulher Henriette ... (c. 1793 - c. 1863),[4] Alemães,[2] era parente do grande Mestre Richard Wagner.[5] Até 1840, trabalhou em casa de seus pais, enquanto aprendia Música e o ofício de carpinteiro. Nesse ano, e não obstante a sua pouca idade, empreendeu uma longa viagem. Vindo a Portugal em 1845, de tal modo se entusiasmou com o momento político que então se vivia, que se alistou num dos Batalhões Nacionais que, no ano seguinte, participaram na Guerra Civil da Revolução da Maria da Fonte e da Patuleia.[1] Marceneiro e músico de grande qualidade, fundou, de sociedade com Carlos Augusto Habel, fabricante de pianos, em 1848, montou uma fábrica destes instrumentos, a primeira portuguesa, que, mais tarde, lhe veio a pertencer exclusivamente. Foi Mestre de trompa de D. Luís I de Portugal, então ainda Infante, que muito se lhe afeiçoou, sendo, em 1849, nomeado Músico da Real Câmara e, em 1861, mediante concurso, tornou-se Professor do Conservatório Real de Lisboa, leccionando a cadeira de instrumentos metálicos.[1][2] A sua marcada vocação para a Música tornou-o um notável executante de trompa, bem como de quase todos os instrumentos de metal. Descendente duma família de artistas, foi um dos mais entusiásticos propagandistas em Portugal da Música Clássica. Como construtor de instrumentos, produziu excelentes pianos e violoncelos.[1] Na sua época foi o único reparador de instrumentos de cordas que existiu em Portugal.[2] Existe um quadro de Ernesto Vítor Wagner na sua fábrica de instrumentos da autoria de Laura Sauvinet Bandeira.[1] Casamento e descendênciaCasou c. 1850 com Leopoldina Carolina Neuparth (Lisboa, Mártires, c. 1828 / c. 20 de Abril de 1831 - c. 1901),[6] filha de Eduardo Neuparth e de sua segunda mulher Margarida Boehmler, Judeus Asquenazes Alemães, da qual teve sete filhos e filhas:
Referências
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