Enzima artificial![]() Enzima artificial (mimetização enzimática) consiste em uma molécula orgânica ou íon sintético, os quais apresentam a capacidade de recriar a função de uma enzima natural. Essas estruturas artificiais são, em maioria, pequenos complexos moleculares que simulam as propriedades espectroscópicas ou a reatividade de uma enzima natural.
Enzimas NaturaisFuncionamentoEnzimas são proteínas que atuam como catalisadores em sistemas biológicos (biocatálise). A catálise consiste em acelerar a velocidade com que a reação química ocorre por meio do desenvolvimento de uma nova rota, com menor energia de ativação, para a reação em que o catalisador está acelerando. Em relação a biossistemas, a função de catalisador é desempenhado pela enzima, ou seja, os diferentes tipos de enzimas atuam nos seres vivos acelerando a velocidade em que ocorrem algumas reações vitais para a manutenção da vida orgânica. Em reações catalisadas por enzimas, o reagente é conhecido como substrato, e o intermediário formado entre o substrato e a enzima é conhecido como complexo. Quanto a estrutura da enzima, a região da enzima onde ocorre a interação com o substrato é conhecido como sítio ativo ![]() TiposAs enzimas desempenham grande papel para a sustentação dos organismos vivos, sendo elas responsáveis por acelerar os processos bioquímicos responsáveis pela manutenção de um ser vivo. As enzimas são caracterizadas em 7 diferentes grupos de acordo com o tipo de substrato padrão que elas possuem. Sendo esses grupos:
Nanoenzimas ArtificiasAs nanoenzimas são nanomateriais que possuem a capacidade de atuar como uma enzima artificial. Essas nanoenzimas possuem diversas aplicações, tais como terapia para tratamento de tumores, degradação de poluentes, detecção de ions e moléculas, entre outras funções. HistóriaO termo "nanoenzima" foi proposto em 2004 por Pasquato, Scrimin [1] para descrever a ação catalítica desempenhada por uma nanoestrutura em uma reação de transfosforilação,[2] a partir desse momento nanoenzima passou a ser a terminologia geral para descrever qualquer nanoestrutura que possui a capacidade de similar a ação de uma enzima. No entanto, desde o final do século XX já vinham sendo descobertas diversas nanoestruturas que atuavam como catalisadores em biossistemas. Em 2016, pesquisadores da Universidade de Nanjing (Nanquim - China) publicaram um livro com uma compilação das estruturas que até então eram conhecidas por atuar como uma enzima artificial.[3] Após essa publicação diversas novas nanoestruturas vêm sendo desenvolvidas com o proposito de atuarem como biocatalisadores. TiposExistem diversos tipos de nanoenzimas, e não existe uma nomenclatura consolidada que englobe todas as nanoenzimas conhecidas. Contudo, para efeito de organização, essas nanoestruturas podem ser catalogadas de acordo com o esqueleto base da nanopartícula. Derivados de CarbonoO Carbono (C) é o elemento base para o desenvolvimento da vida como é conhecida. Devido a sua estrutura química, existem diversas estruturas moleculares possíveis de se obter a base do carbono, e dentre elas estão as nanoestruturas de carbono (grafeno, nanotubo, fulereno, etc.). As nanoestruturas de carbono, são estudadas com diversos objetivos diferentes, e dentre eles estão as possíveis aplicações dessas estruturas como nanoenzimas. Um exemplo de nanoenzima baseada em carbono, é uma nanoestrutura derivada do fulereno que atua como antioxidante[4]. Derivados de FerroO Ferro (Fe) é um metal de transição indispensável para a manutenção da vida humana e está na base do desenvolvimento de diversas tecnologias e materiais do nosso cotidiano. As nanopartículas de ferro são, em maioria, derivadas de óxidos de ferro e em maioria mimetizam as oxidorredutasses, especificamente a classe das peroxidasses[5]. Derivados de Ouro![]() O Ouro (Au) é um metal pesado com baixa reatividade química, sendo muito utilizado na fabricação de joias e produção de eletrônicos. Nos últimos anos diversos estudos vêm sendo realizados visando melhorar a compreensão dos possível usos desse elementos em diferentes materiais. Dentre os estudos realizados estão o desenvolvimento de nanopartículas de ouro que apresentaram a capacidade de catalisar reações de oxidação, sendo assim esses materiais possuem grande similaridade com as enzimas oxidorredutases.[6] Funcionamento[7]As nanoenzimas possuem como característica fundamental a capacidade de mimetizar uma enzima natural. De forma geral, as nanoenzimas são muito menores do que as enzimas naturais, com isso elas apresentam como foco a mimetização da região a qual ocorre a interação da enzima com o seu substrato, ou seja, com o sítio ativo da enzima. Tendo em vista o efeito de mimetização desempenhado pelas nanoenzimas, não há uma um modelo preciso que descreva o funcionamento de todas as nanopartículas que apresentam possibilidade de atuar como uma enzima artificial. No entanto, sabe-se que as nanoenzimas possuem características intrínsecas em sua estruturas que as aproximam das enzimas naturais, ou seja, elas possuem substratos, pH, temperatura de ação e cinética química semelhantes. Com isso, conhecendo a nanoestrutura e a enzima natural que ela está mimetizando é possível prever como será a ação da nanoenzima. Usos e PerspectivasDevido ao baixo custo de produção e a grande estabilidade, as nanoenzimas vêm demonstrado um grande espectro de sistemas com possíveis aplicações[1]. Dentre os usos das nanoenzimas, estão em destaque o auxílio no diagnóstico de doenças (diagnóstico de Ebola[8]), de terapia antitumoral[9], bioanálises[5] e monitoramento ambiental[10]. Diagnóstico de TumoresNos últimos anos, estudos demonstram o potencial uso de nanoenzimas em testes de detecção de genes, alterações em células e em tecidos que estão relacionados ao desenvolvimentos de certos tipos de câncer[11][12]. Com isso, o aprimoramento dessas técnicas auxiliará na criação de novos testes para acelerar na detecção de tumores malignos e consequentemente aumentar as chances de sucesso nos tratamentos. Detecção de Poluentes ambientaisDesde o desenvolvimento inicial das nanoenzimas, elas vêm sendo usados como técnica de detecção de pequenas moléculas orgânicas, e íons metálicos. Com isso, nas últimas décadas diversas nanoenzimas com capacidade de identificar contaminantes ambientais estão sendo desenvolvidas. Dentre elas, destaca-se a nanoenzyme baseada no Fe3O4 que atua detectando Glicose[13] e fosfato orgânico[10]. Referências
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