Eni
Eni (Ente nazionale idrocarburi) é uma multinacional petrolífera italiana constituída em 1953 por Enrico Mattei[2] e privatizada em 1998.[3] A empresa atua nos setores de petróleo, gás natural, petroquímico e bioquímico, produção e comercialização de energia elétrica a partir de combustíveis fósseis, cogeração e fontes renováveis. A Eni está cotada nas bolsas de Milão e de Nova Iorque e o Estado italiano detém uma participação minoritária no capital social (acima de 30%).[4][5] Em 2023 a Eni está presente em 61 países, tem 33 142 colaboradores e um faturamento de aproximadamente 93 bilhões de euros.[6] Em 2023 Eni ocupa a 61ª posição na lista Fortune Global 500 em termos de faturamento[7] e a 81ª na lista Forbes Global 2000 por capitalização de mercado.[8] Além disso, a Eni está no Top 100 Global Energy Leaders da Thomson Reuters[9] e no Top 25 da Thomson Reuters para o setor de Petróleo e Gás.[10] O presidente da Eni é Giuseppe Zafarana desde 10 de maio de 2023, enquanto Claudio Descalzi é o Diretor Geral desde 9 de maio de 2014.[11] HistóriaEm 1926 nasceu na Itália a empresa Agip com o objetivo de explorar petróleo e gás natural no território nacional. Juntamente com as atividades desenvolvidas na Itália, a Agip negociava contratos para ampliar a exploração na Romênia, Albânia e Iraque.[12] Em 1936 foi fundada a empresa Anic.[13] Em 1941 foi criada a empresa Snam.[14] Em 1945 Enrico Mattei foi nomeado comissário da Agip e em 1953 fundou a Eni.[15] Anos 1950-2000Através da Lei número 136, de 10 de fevereiro de 1953, foi criada a Eni - a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos -, da qual Enrico Mattei se tornou presidente. A lei concedeu à empresa o monopólio da exploração e produção de hidrocarbonetos no Vale do Pó e o controle da Agip, Anic, Snam e outras empresas menores.[16] Em 1957 foi criada a Saipem.[17] Desde seus primeiros anos, a ENI expandiu-se para África, onde, além de concluir acordos para exploração, construiu refinarias e redes de distribuição. Por meio de suas subsidiárias, Snamprogetti e Saipem, a elaboração de projetos e a construção de oleodutos e refinarias foram muitas vezes incluídos como contrapartida nos acordos para a pesquisa e a exploração de campos petrolíferos. Mattei introduziu uma fórmula chamada fifty-fifty nos países produtores, tanto na África quanto além, que permitia às autoridades locais compartilhar os lucros vindos do desenvolvimento da produção de petróleo e gás.[18] Em 1962, Enrico Mattei morreu em um atentado aéreo ao voltar de Catania.[19] Na década de 1970, a Snam inaugurou o gasoduto Transmed que, com mais de 2.500 km de comprimento, liga Hassi R'Mel, no deserto argelino, ao Vale do Pó.[20] Em 1974, a Agip adquiriu a rede de distribuição Shell Italiana, renomeada para IP.[21] Em 1982, a Eni criou a holding EniChimica, posteriormente renomeada como EniChem.[22] Em 1989 a Eni assinou um acordo com a Montedison para reunir parte das empresas químicas de cada grupo com a criação da Enimont. Em 1991, a Eni integrou todas as instalações químicas de Montedison.[23] Em 1992, a Eni foi privatizada e tornou-se uma empresa de capital aberto, tendo como único acionista o Ministério do Tesouro italiano.[24] Em 1995, o Ministério do Tesouro vendeu 15% da Eni através da cotação na Bolsa de Valores de Milão. Entre 1995 e 1998, quatro ofertas públicas (OPVs) colocaram no mercado cerca de 63% do capital.[25] Em 1998, a Eni incorporou a Agip, que se tornou a Divisão Exploration & Production da empresa.[26] Século XXIEm 2001, com a liberalização do mercado de gás, a Eni perdeu o monopólio de importação e distribuição em Itália.[14] Paralelamente à criação da EniPower, a Eni entra no setor elétrico.[27] Em 2002, a EniChem torna-se Polimeri Europa.[28] A Eni adquiriu a British Borneo em 2000 [29] e a Lasmo em 2001.[30] Em 2000, foi descoberto o gigantesco campo de petróleo off-shore de Kashagan no Mar Cáspio.[31] Em 2012, o Polimeri Europa torna-se Versalis.[32] Em julho de 2021, a Eni anunciou a aquisição da Dhamma Energy, um grupo espanhol de produção de eletricidade a partir de energias renováveis. Em agosto de 2021, a Eni anuncia a aquisição da Be Power, empresa especializada em infraestruturas elétricas para veículos elétricos.[33] A 21 de abril de 2022, a subsidiária da Eni no Congo revelou a assinatura de um acordo com a República do Congo para aumentar a produção e exportação de gás. Este acordo inclui o desenvolvimento de um projeto de gás natural liquefeito (GNL) que deverá ter início em 2023 e produzir mais de 3 milhões de toneladas por ano.[34] A Eni é o principal acionista da empresa americana Commonwealth Fusion Systems (CFS).[35] Em colaboração com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o CFS está tentando construir um reator de fusão usando um tokamak, uma câmara toroidal. Este reator, deve ser mais barato do que os projetados em outros projetos internacionais, como o ITER. Em setembro de 2021, a CFS realizou um teste usando super condutores de alta temperatura, que mostrou ser possível criar uma câmara de fusão que imita o processo de fusão de deutério e trítio que ocorre dentro do sol, a fim de produzir energia sustentável.[36] OrganizaçãoA Eni está organizada em três grandes divisões operacionais:
Subsidiárias da ENIO grupo Eni inclui cinco ramos principais:
Acionistas
Os principais acionistas são: Cassa Depositi e Prestiti S.p.A. - 28,5%, Ministério da Economia e Finanças - 1,99%.[37] Presidentes – Comissários
Ver tambémReferências
Bibliografia
Ligações externas |
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