Eloisa Biasotto Mano
Eloisa Biasotto Mano (Rio de Janeiro, 24 de outubro de 1924 – Rio de Janeiro, 8 de junho de 2019) foi uma química e professora universitária brasileira. Especialista em polímeros, foi pioneira neste estudo no Brasil. O Instituto de Macromoléculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro leva seu nome.[1] Era professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro, membro da Academia Brasileira de Ciências e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.[2][3] BiografiaEloisa nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1924. Em 1947, formou-se em Química Industrial pela então Universidade do Brasil, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro e em 1955 formou-se em Engenharia Química pela mesma universidade. Entre 1956 e 1957, Eloisa esteve nos Estados Unidos, onde começou a estudar polímeros Universidade de Illinois, onde pode trabalhar com o químico Carl Shipp Marvel.[3][4] De volta ao Brasil, defendeu o doutorado em 1961, ainda pela Universidade do Brasil. Em 1964 esteve na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, onde trabalhou com o químico J.C. Bevington. Seu trabalho no laboratório de Bevington acabou por torná-la uma das maiores especialistas mundiais em polímeros.[3][5] Trabalhou no Laboratório de Borracha e Plásticos, no Instituto Nacional de Tecnologia, no Rio de Janeiro.[6] Em 1961, tornou-se livre-docente na Universidade Federal do Rio de Janeiro e professora catedrática da Escola Nacional de Química, em 1962, depois nomeada para Instituto de Química e do Instituto de Macromoléculas (IMA). Em 1978, foi eleita membro titular da Academia Brasileira de Ciências.[3][4] Em 1969, Eloisa criou o primeiro grupo de pesquisadores em polímeros no Brasil, que deu origem do Instituto de Macromoléculas da UFRJ, em 1976. Em 1994, o instituto foi nomeado para Instituto de Macromoléculas Professora Eloísa Mano.[3] Cinco patentes foram registradas em seu nome. Eloisa coordenou uma equipe de mais de 120 pesquisadores. Foi orientadora de 32 dissertações de mestrado e oito teses de doutorado. Foi a autora de nove livros, tendo escrito vários capítulos para outras publicações. Tem 176 artigos publicados em periódicos nacionais e estrangeiros e apresentou 239 comunicações em congressos nacionais e internacionais. Apresentou 135 conferências no país e no exterior.[3][4] Possui 21 livros publicados e 6 patentes.[7] PrêmiosEm 1998, Eloisa recebeu o prêmio internacional da The Polymer Science, do Japão (SPSJ). Seu nome foi incluído no Dictionary of International Biography e no Who’s Who of the Year em 1995. No ano seguinte, foi membro do Conselho do Polymer Processing and Properties Center da Universidade da Flórida, em Gainesville. Em 1978, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de Grã-Cruz, concedido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).[4] Era bolsista de Produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como pesquisadora 1-A, editora dos principais periódicos internacionais e nacionais de polímeros e professora emérita e livre-docente da UFRJ.[3][5] MorteEloisa morreu em 8 de junho de 2019[8], aos 94 anos, no Rio de Janeiro.[1][2] Publicações parciais
Referências
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