Duarte de Bragança, Marquês de Frechilla
Duarte de Bragança, (em castelhano: Eduardo de Braganza ou Duarte de Portugal; 12 de setembro de 1569 - 28 de maio de 1627) foi um nobre português pertencendo à Casa de Bragança. Era filho do 6.º Duque de Bragança D. João I e da infanta D. Catarina. Filipe I de Portugal (II de Espanha) outorgou-lhe o título espanhol de Marquês de Frechilla e Senhor de Villarramiel. BiografiaDuarte de Bragança pertencia à Casa de Bragança que em finais do século XVI era a mais poderosa casa senhorial de Portugal. A sua mãe, a infanta Catarina de Portugal, era filha do infante D. D. Duarte, Duque de Guimarães, o mais novo dos filhos do rei D. Manuel I. O seu pai era o sexto duque de Bragança, D. João I. Assim, D. Duarte e o seu irmão mais velho, D. Teodósio[1], eram primos em 2º grau do rei Filipe II / I, monarca que haveria de lhe outorgar o título. Durante o seu primeiro casamento viveu alternadamente em Oropesa e Vila Viçosa; entre a sua primeira viuvez e cerca de de 1620, viveu em Vila Viçosa e Évora; a partir de 1620,viveu em Madrid. Concessão do MarquesadoAo tornar-se rei de Portugal como Filipe I, o novo monarca prometeu aos seus primos, os Duques de Bragança, que faria mercê ao seu segundo varão dum senhorio em Castela que contasse com mil vizinhos e um título de Marquês.[2] As negociações para a formalização desta mercê prolongaram-se durante vários anos, pois se por um lado era complexo valorizar um património, por outro havia em Castela certa desconfiança em relação à Casa de Bragança, pelo que se procurou um lugar sem importância, em terra plana e não próximo de Portugal.[3] Propuseram-se várias localidades e, finalmente, as escolhidas foram Frechilla e Villarramiel de Campos, ambas na Província de Palência, de forma que finalmente o Rei Filipe, pela Real Cédula emitida em Valladolid em 6 de julho de 1592 outorgou o título de Marquês de Frechilla e Filipe II/III elevou à Grandeza, sem que a honra fosse anexada ao título. Foi ainda Senhor de Vila Ramiel (ou Vilarramiel de Campos), Comendador de Castelnovo, Alferes-Mor da Ordem de Alcântara, Gentil-homem da Câmara de Filipe II/III e de Filipe III/IV.[4]. Contudo, em 1595, D. Duarte autodenominava-se Marquês de Frechilla e Villarramiel,[5] e é com este designação que o título se mantém na atualidade. Foi protetor de vários poetas portugueses, que lhe dedicaram algumas das suas obras. Entre eles destaca-se Francisco Rodrigues Lobo, que em 1618 lhe dedicou Corte na Aldeia. Casamentos e descendênciaDuarte casou duas vezes:
Bibliografia/Fontes
Ligações externasReferências
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