Discussão:Pero CoelhoParcialidadeConsidero que existem vários momentos de parcialidade no artigo, conquanto muitos dos dados apresentados sejam devidamente documentados. Eis uma lista dos momentos de maior parcialidade:
Não é mencionado onde adquiriu o jovem essa educação, nem é claro o que se entende por "educação esmerada".
Não consta que Inês de Castro alguma vez tenha sido presa, mas antes exilada e, posteriormente, sentenciada à morte. A referência a maldições sem que seja mencionada bibliografia que a classifique como superstição deve ser ou retirada ou corrigida.
Sem qualquer tipo de documentação.
Simples apresentação de uma teoria, 'fundamentada' por um drama (portanto obra ficcional) em quatro actos.
Haveriam os argumentos de serem apresentados claramente, talvez com indicação dos que mais aproveitaram à escrita cronística e/ou ficcional.
Independentemente da imagem descrita no artigo ser fiel à imagem que autores de ficção criaram para Pêro Coelho, não creio que seja correcto amalgamar fontes históricas e literárias. Sugeriria, portanto, apresentar a imagem que a literatura traçou da personalidade, deixando em branco o que terão, ou não, sido traços da verdadeira (e impossível de descobrir, hoje em dia) personalidade de Pêro Coelho.
Conquanto muitos autores tenham referenciado a instabilidade emocional do infante e monarca, apenas um ou dois se atreveram a chamá-lo de louco. Embora não possa de momento indicar o nome, um autor houve que analisou as acções de D. Pedro, apresentando-as como sintoma da sua loucura. Posteriormente, foram as suas conclusões desafiadas: não só o autor se baseia em crónicas e notícias aceitando-as como verdade absoluta, como leva ao extremo referências que não podem ser aceitadas como provas irrefutáveis. A questão da homossexualidade e/ou bissexualidade do monarca é uma: vários são os historiadores que consideram excessivo considerar como facto as preferências sexuais de D. Pedro com base na insinuação do cronista Fernão Lopes.
Se no próprio artigo (embora incorrectamente, do meu ponto de vista) se descreve Pêro Coelho ora positivamente, como "arauto do povo português, defendendo a soberania lusitana", ora negativamente, como "um homem invejoso", como pode a conclusão ser de que Pêro Coelho era de facto íntegro e incorruptível? Estes adjectivos são, actualmente, impossíveis de confirmar e/ou negar com certeza.
Uma vez mais, o artigo mistura factos e ficção. As crónicas referem que Pêro Coelho criticou abertamente a quebra do juramento de D. Pedro e que o monarca pedira cebola e azeite para cozinhar o 'Coelho', mas não referem quaisquer outras trocas de palavras.
Este ponto surgiu muito cedo no artigo, e não se tentou de forma estruturada encontrar as fronteiras entre lenda e história. Portanto, este é um artigo que deve ser limpo e re-estruturado, separando-se o trigo do joio.—o comentário precedente não foi assinado por Saraimusic (discussão • contrib.) |
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