Diplodus sargus
Diplodus sargus Linnaeus, 1758 é uma espécie de peixes marinhos ósseos conhecidos pelo nome comum de sargo. A espécie é originária da costa leste do Atlântico,[1] com uma distribuição que vai desde o Golfo da Biscaia até ao sul da África, incluindo as ilhas da Macaronésia, o Mediterrâneo e, embora rara, o Mar Negro. São ocasionalmente encontrados indivíduos na costa africana do Índico, incluindo as costas da África do Sul, Moçambique e Madagáscar, e muito raramente em outras áreas daquele oceano, como na costa de Omã. É um peixe activo que habita a zona de rebentação das vagas, embora possa ser encontrado até 50 m de profundidade. DescriçãoCorpo oval, elevado e comprimido dorso-ventralmente, com a boca ligeiramente protáctil permitindo a distensão anterior dos maxilares no momento de ingestão da presa, com comprimento em geral 20–30 cm, com uma média de 22 cm. Alguns indivíduos atingem 45 cm de comprimento. A cor dominante é o prateado e, para além de uma mancha no pedúnculo caudal, apresenta faixas verticais escuras, mesmo nos maiores indivíduos.[2] Atinge a maturidade sexual quando atinge por volta dos 17 cm, em geral aos dois anos de vida. O período de reprodução coincide com o final do inverno e a primavera (no caso de D. sargus cadenati nos Açores ocorre entre Março e Junho).[2] A espécie é hermafrodita protândrica, com os indivíduos atingindo a maturidade sexual como machos, com alguns indivíduos mutando para fêmeas num período de vida posterior. O habitat preferencial são as zonas do infralitoral de fundo rochoso ou semiarenoso, sendo frequente a sua concentração em zonas portuárias, independentemente do tipo de fundo, onde se alimentam de restos de peixe rejeitados pelos pescadores. É um peixe omnívoro cuja alimentação preferida são os pequenos moluscos, crustáceos, salpas, algas, poliquetas e equinodermes.[2] Apresentam também comportamento necrófago, reflexo da versatilidade alimentar da espécie, o que lhe permite associação alimentar alimentar com outros peixes, como os salmonetes (Mullus surmuletus). As fortes maxilas e os dentes bem desenvolvidos permitem-lhe esmagar conchas e corais. Ocorrem em geral em cardumes com cerca de uma dezena de indivíduos, muitas vezes incluindo indivíduos de outras espécies, sendo comuns em buracos de média dimensão e nas zonas de rebentação junto à costa.[2] A espécie é alvo de uma pescaria comercial com capturas de 3 713 t no ano de 2008.[1] A espécie é também produzida em aquacultura. A espécie é consumida apenas em fresco, sendo que o seu sabor se altera rapidamente após a morte do animal. SubespéciesA espécie apresenta pelo menos 7 subespécies taxonomicamente validadas com a seguinte distribuição geográfica:
Notas
Ligações externas
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