Defesa do Reich
A Defesa do Reich (em alemão: Reichsverteidigung) foi a estratégia aérea defensiva, levada a cabo pela Luftwaffe, por todo o espaço aéreo da Europa ocupada pela Alemanha Nazi. O objectivo desta campanha era o de prevenir a destruição das indústrias civis e militares,[7] assim como salvaguardar a vida dos civis e de todo o tipo de sistema de comunicação e transporte. As batalhas aéreas diurnas e nocturnas nos céus da Alemanha durante a guerra envolveram milhares de aeronaves, unidades e combates aéreos, tudo para conseguir impedir a estratégia de bombardeamentos dos aliados e a consequente supremacia aérea. Esta campanha foi uma das mais longas campanhas da história da guerra aérea. Juntamente com a Batalha do Atlântico e o Bloqueio da Alemanha, foi a mais longa campanha da Segunda Guerra Mundial. A força de caça da Luftwaffe, a Jagdwaffe, defendeu o espaço aéreo da Europa ocupada principalmente contra as investidas da Frente Ocidental por parte do Reino Unido e dos Estados Unidos, porém também desempenhou um papel muito importante na Frente Oriental, contra a União Soviética. Nos primeiros anos da guerra, a Luftwaffe conseguiu infligir uma série de danos e derrotas às forças aéreas aliadas. Em 1939, o Comando de Bombardeiros da RAF viu-se forçado a operar apenas durante a noite, dado que as baixas durante o dia eram demasiado altas para suportar. Em 1943, a USAAF sofreu várias baixas e contra-ataques durante operações aéreas diurnas, o que até fez com que em Outubro de 1943 a USAAF cancelasse toda a ofensiva aérea contra a Alemanha. Os britânicos construíram lentamente uma força de bombardeiros e, introduzindo novas tecnologias e usando novas tácticas como o fluxo de bombardeiros, conseguiram criar vagas de ataque cada vez maiores, sofrendo baixas cada vez mais aceitáveis. Em Fevereiro de 1944, a USAAF introduziu o P-51 Mustang,[8] um avião de caça capaz de escoltar os bombardeiros até ao destino e voltar. Com o avanço de Doolittle no combate aéreo, através da Oitava Força Aérea, os Estados Unidos conseguiram começar a construir a supremacia aérea norte-americana sob os nazis na Primavera de 1944. Sendo uma força relâmpago e não uma força para sustentar e defender o espaço aéreo de todo um continente, a Luftwaffe começou a sucumbir. Pelo verão de 1944, a Luftwaffe já estava a sofrer de escassez de combustível e uma grande falta de pilotos treinados.[9] No início de 1945, deixou de ser sequer uma força aérea eficaz para desempenhar uma qualquer campanha.[10] No final da campanha de Defesa do Reich, as forças norte-americanas assumiam ter destruído 35 783 aeronaves, enquanto a RAF assumia ter abatido 21 622, totalizando 57 405 aeronaves alemãs destruídas. A USAAF lançou cerca de 1,46 milhões de toneladas de bombas na Europa ocupada, enquanto a RAF lançou 1,31 milhões, totalizando 2,77 milhões de toneladas, das quais 51,1% caíram dentro das fronteiras do Estado Alemão.[11] A intensificação dos bombardeamentos nocturnos pela RAF e dos ataques diurnos da USAAF, contribuíram imenso para a destruição das indústrias e das cidades alemãs, o que causou um colapso económico no inverno de 1944-45. Por esta altura, os exércitos aliados já haviam alcançado a fronteira da Alemanha e a campanha aérea aliada fundiu-se com as batalhas tácticas levadas a cabo no solo. A campanha aérea continuou até Abril de 1945, quando as últimas missões de bombardeamento estratégico foram realizadas, tendo terminado oficialmente com a rendição alemã em Maio de 1945. Referências
Bibliografia
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