Death Certificate
Death Certificate (em português: Certidão de óbito), é o segundo álbum de estúdio do rapper Ice Cube, lançado em 29 de outubro de 1991 pela Priority Records. O álbum foi altamente antecipado com mais de um milhão de pedidos avançados,[1] e ganhou certificado de disco de platina em 20 de dezembro de 1991.[2] O álbum estreou no número dois na Billboard 200 e em número 1 na Billboard R&B/Hip-Hop Albums com 105.000 cópias vendidas na primeira semana e acabou vendendo mais de 1.600.134 milhão de cópias.[3][4][5] Também é muito controverso pelo fato de sua venda ser considerada ilegal no Estado do Oregon, devido as letras que lidam com assuntos ofensivos, como venda de drogas, racismo, direito de posse de armas de fogo e ataques ao seu ex-grupo, N.W.A. A MTV o listou como o oitavo melhor álbum de todos os tempos do hip hop.[6] Em 2003, a Priority Records re-lançou o álbum e acrescentou a faixa "How to Survive in South Central", da trilha sonora de Boyz n the Hood. GravaçãoA gravação e composição de Death Certificate começou no início de 1991, e continuou durante quase o ano todo. Enquanto trabalhava no álbum, Ice Cube também estava envolvido em vários outros projetos, incluindo Make Way for the Motherlode de Yo-Yo, I Wish My Brother George Was Here, de seu primo caçula Del the Funky Homosapien, e talvez o mais importante, seu filme de estreia Boyz n the Hood, onde ele atuou ao lado de Cuba Gooding, Jr. e Laurence Fishburne. Assim como em AmeriKKKa's Most Wanted, Ice Cube estava bem ativo na produção do álbum, mas o som geral mudou. Ao contrário de AmeriKKKa's Most Wanted, que apresentou as batidas pesadas do The Bomb Squad, Death Certificate apresentou um som um pouco mais orientado da West Coast em comparação, com uso pesado de samples de Funk e Soul dos anos 70. A maioria das faixas também apresenta samples tirados de grupos como Zapp e Fishbone. ConteúdoEnquanto produzia Death Certificate, Ice Cube se associou à Nação do Islã, que teve um grande impacto na maior parte do conteúdo do álbum. O álbum foi organizado com dois temas, e começa com a explicação de Cube: "O Lado Morte: o mero reflexo de onde estamos hoje, e "O Lado Vida": uma visão de onde precisamos ir." A primeira metade, portanto, é repleta de contos de tráfico de drogas, prostituição e violência, como se é esperado de um álbum de gangsta rap dos anos 90. A segunda metade, possui versos fortes e conscientizadores, uma mistura de gangsta rap com mensagens profundas. Ambos os lados, no entanto, fornecem uma visão mais introspectiva e encorajadora que se encaixa com a concepção comum do gangsta rap. "A Bird In The Hand", do lado da morte, lamenta a vida de um jovem traficante que descobre que não há bom trabalho para alguém que possui pouca educação e incidentes criminais.
Não há escassez de uma postura criminosa em "Black Korea" do lado da vida, que prega a rebelião e incêndio criminoso ao lado de empreendedorismo Negro como uma resposta à predominância das mercearias coreanas nos guetos dos Estados Unidos. A faixa foi vista como uma resposta à morte de Latasha Harlins, a garota Afro-Americana de 15 anos que tinha sido morta com um tiro na cabeça por uma proprietária coreana de uma loja em 16 de março de 1991 porque a dona da loja achou que Harlins estava tentando roubar um suco de laranja. Considerando que o lançamento da faixa incentivou os Distúrbios de Los Angeles, em que muitas das pessoas que foram alvo eram de ascendência coreana, Ice Cube foi acusado de incitar o racismo por parte de alguns críticos. A faixa "Look Who's Burnin ", fala sobre os perigos das doenças sexualmente transmissíveis em bairros de baixa renda, enquanto "Alive on Arrival" conta a história de um jovem que apanhou no fogo cruzado de um tiroteio de gangues e sangra lentamente até a morte, enquanto está na sala de espera de um hospital. "Color Blind" prega a neutralidade e a fraternidade entre as gangues, como os Bloods e os Crips. O álbum é também famoso pelas faixas "True to the Game" e principalmente "No Vaseline", faixas viciantes que atacam os membros do N.W.A. Ao contrário de outros álbuns de Ice Cube, Death Certificate não foi lançado em uma versão censurada. Porém, as faixas "Steady Mobbin'," "True To The Game," e "Givin' Up The Nappy Dug Out," foram gravadas em versões limpas e lançadas para o rádio. Recepção
Death Certificate recebeu uma magra produção de meros $18.000, e nenhum de seus singles recebeu muito airplay, embora os dois singles do álbum, "Steady Mobbin" e "True to the Game", possuem um vídeo-clipe cada.[19] CríticaAllmusic chama Death Certificate de "ainda mais pesado e raivoso do que AmeriKKKa's Most Wanted ... E continua com idéias nítidas e parece inabalável na vida urbana contemporânea enquanto que sua estréia solo é apenas inusitado, em suma, é incondicional, sem qualquer postura gangsta". Eles também o chamam de funkadélico, barulhento e musicalmente mais eficaz do que AmeriKKKa's Most Wanted."
Aclamações
ControvérsiaEm 1992, como resultado da controvérsia do álbum, o estado do Oregon declarou qualquer exibição da imagem de Ice Cube em lojas de varejo ilegal. Este banimento também incluiu comerciais da cerveja St. Ides, que Ice Cube apoiava na época.[25] No Reino Unido, devido as leis contra incitamento racial, foram removidas as faixas Black Korea e No Vaseline. Na edição de setembro de 2006 da FHM, Ice Cube afirmou em uma entrevista que ele não se arrepende das declarações polêmicas feitas no álbum. Quanto à ofensa causada aos coreanos, ele disse: "Se ainda há um problema, é problema deles." Lista das faixas
Créditos
Posição nas paradasÁlbum
Singles
Referências
Ligações externas
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