David ChingunjiDavid Jonatão "Samwimbila" Chingunji (Angola, 1945 — Cavimbe, Bocoio, 18 de julho de 1970) foi um militar e político angolano.[1] Serviu como um dos principais comandantes das Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), o braço armado da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA),[2] um grupo pró-ocidente durante a Guerra de Independência de Angola (1961-1974).[3] BiografiaSeu pai era Eduardo Jonatão Chingunji, um professor e educador das escolas da Missão da Chissamba, que foi importante líder anticolonial.[4] Seus irmãos eram Kafundanga Chingunji e Tito Chingunji, também lideranças anticoloniais.[4] Seu irmão Tito Chingunji serviu como secretário das relações externas da UNITA nos anos 1980 e início dos 1990.[5] Morte e consequênciasChingunji morreu quando as forças da UNITA tentaram emboscar as forças portuguesas em julho de 1970[6][7] na vila de Cavimbe, no município de Bocoio,[8] na província de Benguela.[9] O jornalista britânico Fred Bridgland, biógrafo do líder da UNITA Jonas Savimbi, afirmou que temendo um concorrente pelo controle da UNITA, ordenou o assassinato de Chingunji supostamente por se opor à esta específica operação militar.[10] Algumas testemunhas afirmam que assassinos não portugueses dispararam em Chingunji pelas costas. David Samwimbila Chingunji havia treinado na República Popular da China e era um dos mais importantes nomes maoístas da UNITA — justamente quando o partido iniciava seu percurso de pagmatização e abandono gradual do maoísmo[11] —, com o governo chinês o nomeando abertamente como um possível sucessor de Savimbi. Grande parte dos seus familiares, com excepção de alguns poucos nomes como seu sobrinho Dinho,[4] morreram em circunstâncias misteriosas.[3] Vinte e um anos depois, Tito Chingunji, à altura o líder da ala de oposição à Savimbi dentro da UNITA, também foi assassinado em 1991 em circunstâncias que ainda não são totalmente compreendidas.[12] Referências
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