Dasyprocta leporina
Dasyprocta leporina, popularmente chamada cutia,[4] é uma espécie de mamífero roedor da família dos dasiproctídeos (Dasyproctidae).[2] EtimologiaO nome popular cutia deriva do tupi aku'ti no sentido de "mamífero roedor". O primeiro registro do termo ocorreu em 1557, quando André Thevet citou a forma francesa agoutin. Em seguida, o termo reaparece como cotia em 1576 e então cutia em cerca de 1584. Segundo o Grande Dicionário Houaiss, a oscilação entre -u- e -o- deve-se ao caráter variável da vogal média em posição pretônica. Outras formas mais próximas ao tupi (acuti, acuchi, aguti, acouti) também são conhecidas. Em 1792, o termo foi citado como cutías.[5] Distribuição e habitatDasyprocta leporina pode ser encontrada na América do Sul ao norte da Amazônia e leste do rio Negro, ao sul da Amazônia e ao leste do rio Madeira até o litoral central do Brasil. Ocorre na Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Trindade e Tobago. Foi introduzida em Dominica, Granada e nas Ilhas Virgens Americanas. Seu habitat apresenta todos os tipos de vegetação, mas é encontrado sobretudo em floresta aberta, distante da água e da vegetação densa. É mais comum em manchas fragmentadas do que florestas contínuas e também está presente em floresta secundária degradada.[1] DescriçãoDasyprocta leporina registra comprimento da cabeça e do corpo entre 47 e 65 centímetros, comprimento da cauda de um a três centímetros, e comprimento do retropé de 11,8 a 1,48 centímetros. Pesa entre 2,1 e 5,9 quilos. Geralmente tem cabeça e quartos dianteiros oliváceos finamente grisalhos; garupa vermelho-escuro a laranja-amarelado, coberto por pelos longos e retos, que se projetam na franja, geralmente amarelo-pálido ou alaranjado na base.[6] ComportamentoDasyprocta leporina tem hábitos diurnos e as fêmeas normalmente se reproduzem uma vez ao ano.[1] É frugívoro e alimenta-se principalmente de sementes, polpa, folhas, raízes e frutos. Também se alimenta de larvas de insetos quando os recursos vegetais são baixos.[7] É conhecido por se alimentar e dispersar sementes de brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum),[8] bem como sementes de jatobá (Hymenaea courbaril).[7] ConservaçãoDevido a sua enorme distribuição geográfica e por não haver riscos imediatos à sua preservação, é classificado na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) como menos preocupante. É caçado localmente, mas isso não causa distúrbios à conservação. É sabido que é acometido por parasitismo de endoparasitas.[1] Em 2005, foi listada como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[3] em 2014, como quase ameaçada no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[9] e em 2018, foi designada como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[10][11] Referências
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